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Home Cinema & TV Espanto

Os homens-morcegos lunares do jornal ‘The Sun’

Rodolfo Stancki por Rodolfo Stancki
20 de novembro de 2019
em Espanto
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Imagem publicada pelo jornal 'The Sun', com os homens-morcegos lunares

Imagem publicada pelo jornal 'The Sun', com os homens-morcegos lunares. Imagem: Reprodução.

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Em 1835, um repórter The Sun, chamado Richard Adams Locke, decidiu explorar a seção de curiosidades astronômicas do jornal novaiorquino. Aproveitando o interesse dos leitores por histórias espaciais, estimuladas também pela então recente passagem do Cometa Halley, o jornalista redigiu uma matéria sobre as supostas novas descobertas científicas envolvendo o satélite lunar e a vendeu ao editor Benjamin Day. Na reportagem, ele citava a existências de homens-morcegos alienígenas que viviam no satélite.

Os pesquisadores Robert Bartholomew e Benjamin Radford, no livro The Martians Have Landed!: A History of Media-Driven Panics and Hoaxes (2012), afirmam que essa matéria acabou se tornando o início de uma série chamada “descobertas celestiais”. Os textos eram sempre recheados de detalhes científicos falsos.

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Locke descrevia suas narrativas como se fossem relatórios de astronomia, emulando uma retórica jornalística de veracidade. As informações teriam sido obtidas por astrônomos sul-africanos, de uma base que ficava no Cabo da Boa Esperança, o que dificultava o trabalho de quem queria desmentir as reportagens.

Os textos descreviam a raça de habitantes da lua como seres extraordinários com asas e também dava detalhes sobre a fauna e a flora local. As matérias foram tão bem-sucedidas que o jornal decidiu produzir uma versão das reportagens em um livreto ilustrado. Na primeira edição do suplemento, havia uma ilustração que seguia as descrições das matérias anteriores e apresentava o excêntrico e estranho mundo da lua que estava reportado pelo The Sun.

Ilustração com os homens-morcegos lunares publicada pelo jornal 'The Sun'
Ilustração com os homens-morcegos lunares publicada pelo jornal ‘The Sun’. Imagem: Reprodução.

O caso se tornou uma influência para as atrações bizarras do circo de horrores do empresário P. T. Barnum e fonte direta para outra farsa famosa da época, a viagem de balão à lua criada pelo escritor Edgar Allan Poe.

As vendas do livreto ocorreram bem acima da expectativa dos editores, juntamente com as do próprio jornal, que alavancaram depois que a série celestial começou a ser publicada. Bartholomew e Radford relatam que outros veículos acabaram comprando a história para não ficarem para trás, o que atribuiu mais credibilidade à farsa.

Meses depois de as primeiras matérias saírem na imprensa, um jornal concorrente publicou que os habitantes da lua eram uma invenção do The Sun, atribuindo Day e Locke como os responsáveis pela criação. Por causa da popularidade, a história continuou com um sentido de verdade por um bom tempo. Anos depois do desmentido, o livreto ilustrado com as histórias das descobertas celestiais ainda circulava pela Europa como se fosse um tratado científico.

A repercussão do caso rendeu frutos. Tornou-se uma influência direta para as atrações bizarras do circo de horrores do empresário P. T. Barnum e fonte para outra farsa famosa da época: a viagem de balão à lua criada pelo escritor Edgar Allan Poe. O episódio todo também ficou conhecido por marcar o início do jornalismo de tabloide nos Estados Unidos.

***

O caso dos homens-morcegos da lua do The Sun está presente na minha exposição Casos da Zona Crepuscular, que fica aberta a visitação na Sala Leituras do Brasil, no UniBrasil Centro Universitário, em Curitiba, até o dia 20 de dezembro.

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: Benjamin Radfordfake newsHomens-morcegos da luaimaginárioThe Martians Have Landed!: A History of Media-Driven Panics and Hoaxesthe sunThe Sun and the Moonzona crepuscular
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