Começa hoje, com a exibição do longa-metragem norte-americano Operação Avalanche, de Matt Johnson, a quinta edição do Festival Olhar de Cinema, que neste ano reúne 90 filmes, de 30 países. Desse total, 29, quase um terço, são produções nacionais.
Com ingressos a R$ 8 e R$ 4 (meia-entrada). O evento já consolidado como um dos mais importantes do calendário do audiovisual no país, por conta de sua assumida opção por obras mais autorais e ousadas do ponto de vista estético, vai até 16 de junho.
Fora de competição, Operação Avalanche é o segundo longa de Johnson, também presente no elenco como ator. Irreverente, o cineasta brinca com fogo: coloca em questão a veracidade da missão Apolo 11, que levou o homem à Lua, em 1969. Agentes da CIA, disfarçados de documentaristas, são enviados à agência espacial e descobrem que um dos maiores feitos dos americanos não teria passado, talvez, de um engodo, de pura encenação, em uma ode à teoria da conspiração.
No dia 16, encerra o festival A Comunidade, de Thomas Vinterberg, dos premiados Festa de Família (1998), produzido dentro do movimento Dogma 95, e A Caça (2012). O filme retrata os atribulados anos 70, tempos de contracultura e ebulição, numa pequena cidade do interior da Dinamarca. O longa deu a Trine Dyrholm o prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim deste ano.
A mostra Olhar Retrospectivo, outro ponto alto do Olhar de Cinema, deste ano terá como homenageado o cineasta paulista Luiz Sérgio Person, que faleceu em 1976, aos 39 anos, em um acidente automobilístico. Serão exibidos seus cinco longas-metragens, entre eles os clássicos São Paulo S/A (1965) e O Caso dos Irmãos Naves (1967), considerados por muitos críticos dois dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos.
Na Mostra Olhares Clássicos, sempre um dos chamarizes de público do festival, destacam-se Amarcord, de Federico Fellini; Como Era Verde Meu Vale, de John Ford; Ninotchka, de Ernst Lubitsch,.e Mouchette, a Virgem Possuída, de Robert Bresson, entre outros.
VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI, QUE TAL CONSIDERAR SER NOSSO APOIADOR?
Jornalismo de qualidade tem preço, mas não pode ter limitações. Diferente de outros veículos, nosso conteúdo está disponível para leitura gratuita e sem restrições. Fazemos isso porque acreditamos que a informação deva ser livre.
Para continuar a existir, Escotilha precisa do seu incentivo através de nossa campanha de financiamento via assinatura recorrente. Você pode contribuir a partir de R$ 8,00 mensais. Toda contribuição, grande ou pequena, potencializa e ajuda a manter nosso jornalismo.
Se preferir, faça uma contribuição pontual através de nosso PIX: [email protected] Você pode fazer uma contribuição de qualquer valor – uma forma rápida e simples de demonstrar seu apoio ao nosso trabalho. Impulsione o trabalho de quem impulsiona a cultura. Muito obrigado.