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‘O Segredo do Comissário’: uma sequência de reviravoltas do primeiro ao último minuto

porDavid Ehrlich
11 de fevereiro de 2019
em Televisão
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O segredo do comissário

Trama da série é cheia de mistérios, que nunca seguem caminhos óbvios. Imagem: Divulgação.

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Caso tenham lido minha crítica de BÖRÜ, escrevi lá que a série, apesar de suas falhas, poderia ser uma porta de entrada para outras séries turcas disponíveis na Netflix. O problema é que eu não imaginava que atrás dessa porta havia um longo corredor não muito promissor: dramalhões, séries históricas com cara de novela, as poucas que pareciam boas eram longas demais… Enfim, nada que realmente me impelisse a seguir em frente.

Aí achei escondida esta minissérie, O Segredo do Comissário. A princípio nem achei que era turca devido ao título brasileiro (que possui nada a ver com o título original Masum, “Inocente” em turco), mas duas coisas me levaram a seguir em frente. Primeiro, a série toda possui menos de 8 horas de duração – com apenas uma semana para assisti-la, não queria ter que gastar 3 horas por dia em uma série correndo o risco de ao final me tocar que ela é ruim. E segundo, quando fui pesquisar sobre ela, vi que a série possui uma avaliação média de 8,8 no IMDb. Para quem não está acostumado a pesquisar séries lá, 8,8 é uma nota excepcionalmente alta, especialmente para séries com mais de 5 mil votos (como é o caso desta), algo na escala de Narcos ou House of Cards. Confesso que fiquei então tentado. E logo de início a história me pegou.

Yusuf (Ali Atay), o policial próximo da família encarregado de investigá-la. Imagem: Divulgação.

O Segredo do Comissário é contado em dois tempos, que se alternam ao longo da série. No primeiro, acompanhamos o policial Yusuf (interpretado por Ali Atay), que viaja à sua cidadezinha natal por motivos aparentemente banais, e lá reencontra seu antigo chefe, o comissário Cevdet (Haluk Bilginer), agora aposentado e vivendo junto com sua esposa, Nermin (Nur Sürer), e seu filho mais novo, o recém-enviuvado Tarık (Okan Yalabık); não demora, porém, para a família perceber que Yusuf está na verdade investigando o bastante suspeito acidente que supostamente tirou as vidas da esposa de Tarık, Emel (Tülin Özel), e do irmão mais velho dele, Taner (Serkan Keskin). No segundo tempo, a história volta para alguns meses antes, mostrando os eventos que levaram ao suposto acidente, em uma série de segredos, mentiras e traições que pouco a pouco minam psicologicamente a toda a família.

Há séries de mistério melhores na Neflix? Talvez, mas elas teriam que fazer um trabalho realmente especial para superá-la.

Com seu tom sombrio, personagens moralmente ambíguos, e uma mistura perfeitamente equilibrada e sem grandes exageros de suspense e drama, a impressão que se tem é a de se estar assistindo a um filme de Alfred Hitchcock, ou então um noir nórdico ao estilo de Os Homens que Não Amavam as Mulheres, em uma jornada na qual as reviravoltas começam antes mesmo dos créditos iniciais e seguem até o último minuto do último episódio, te agarrando e não te largando até o final, não até você dizer “não é possível, isso não aconteceu!”.

Reviravoltas dramáticas mantêm o espectador querendo constantemente saber o que acontecerá em seguida. Imagem: Divulgação.

A escrita da série é acompanhada por uma direção muito bem pensada e por uma edição cuidadosa, que usam diversos recursos para prender a atenção do espectador, sem cair naquilo ao que já estamos acostumados em séries na TV. A fotografia é dinâmica, sem tomadas longas que não sejam necessárias; cenas não são recapituladas se não for para lhes dar um novo propósito; e é impossível não falar da trilha sonora, que inclui diversos exemplos excelentes da música popular turca, mas sempre com a preocupação de colocá-las de forma que se integrem ao roteiro. O fluxo da narrativa foi a principal preocupação, e tudo foi pensado de tal forma a não quebrá-lo.

Também ajuda o fato de ser uma série de Web-TV, o que permite que o ritmo dos episódios não seja quebrado por comerciais ou por cortes necessários para se ajustar à programação, e sem que isso seja utilizado pra desgastar o público com episódios de mais de uma hora de duração. Curiosamente, porém, O Segredo do Comissário não é uma produção original da Netflix, mas sim da BluTV, plataforma de streaming turca criada em 2016 e que rapidamente desbancou a gigante como a plataforma mais acessada em seu país de origem. O fato de ser um canal novato torna ainda mais surpreendente a qualidade da produção da série, principalmente a qualidade do elenco, com muitos de seus atores entre os principais da TV e do cinema na Turquia. Quem se destaca especialmente é Haluk Bilginer, que consegue expressar todo o drama de Cevdet de uma forma que vai além de quaisquer barreiras linguísticas.

Haruk Bilginer brilha como o comissário aposentado Cevdet. Imagem: Divulgação.

Lógico que há falhas a serem encontradas, mas como eu já disse antes, em que série não há? De fato, há detalhes que ficam confusos, e O Segredo do Comissário ao final acaba prometendo um pouco mais do que consegue cumprir, com alguns subenredos, como o drama de Yusuf com sua própria família, acabando parcialmente esquecidos e indo a nenhum lugar que realmente satisfaça o espectador.

Ainda assim, esta continua sendo uma gema, um mistério cuja narrativa não para de surpreender o público e fazê-lo exclamar “uau!”. Os personagens, as cenas, o roteiro no geral, tudo intriga e perturba o espectador de imediato e faz com que este não sossegue até ver a resolução. Há séries de mistério melhores na Neflix? Talvez, mas elas teriam que fazer um trabalho realmente especial para superá-la.

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Tags: Netflixo segredo do comissárioResenhaSériesérie turcaTV Review

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