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‘Nada Ortodoxa’ revela a misoginia na religião e a coragem para enfrentá-la

'Nada Ortodoxa' reflete sobre como os homens ainda exercem poder sobre a vida das mulheres através da religião.

Thais Porsch por Thais Porsch
15 de abril de 2021
em Olhar em Série
A A
Cena de 'Nada Ortodoxa'

Após se casar, Esty e as mulheres ortodoxas precisam raspar o cabelo e usar perucas. A principal razão desse costume é proteger a mulher dos olhares de outros homens. Imagem: Reprodução.

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Esther Shapiro, conhecida como Esty (Shira Haas), é uma garota de 19 anos criada na comunidade ortodoxa Satmar Hasidic, no Brooklyn, em Nova York. Vivendo dentro de costumes judaicos extremamente rígidos, ela tem uma casamento arranjado, pouco conhecimento sobre seu corpo e identidade e tem de conviver com a pressão de engravidar já no primeiro ano de casada. Não aguentando mais viver de forma cerceada, Esty decide fugir – com a ajuda de sua mãe e uma professora de piano – para Berlim, onde ela vive um grande choque cultural.

As vivências de Esther Shapiro, na série da Netflix Nada Ortodoxa, são baseadas na história verídica de Deborah Feldman, que escreveu o best-seller autobiográfico de mesmo nome sobre sua renúncia à religião e costumes judaicos. Tanto Esty como Deborah enfrentaram a privação e a falta de conhecimento do mundo exterior, revelando a história com uma perspectiva essencialmente feminina das limitações impostas pela crença.

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Na série, a vida da protagonista gira em torno da necessidade de procriação e servir ao marido, sendo treinada para esse momento durante a juventude. Caso não consiga êxito, é isolada da comunidade e o homem pode procurar outra esposa que o satisfaça.  Em uma das cenas mais emblemáticas de Nada Ortodoxa, Esty, em meio a pressão para agradar o marido, chora de dor durante a relação sexual, enquanto seu marido goza de prazer.

Não querendo mais ser um peso na relação matrimonial, a personagem decide comandar sua própria vida. Há um renascimento interior e um nascimento para o mundo exterior. Suas descobertas de uma nova realidade e autoconhecimento acontecem através principalmente da arte: Esty planeja entrar para uma escola de música em Berlim, o que ressalta o poder das artes e da cultura para a criação do intelecto e, sobretudo, do senso crítico. A descoberta do prazer, do medo e da liberdade acontecem quando a religião e os costumes são desafiados, seja usando um batom ou não querendo que Deus espere nada dela. Esty passa a viver, e não apenas existir.

Nada Ortodoxa foge de estereótipos e enredos simplistas do judaísmo, indo além de sua representação na Segunda Guerra – embora a série aborde o Holocausto nas diversas referências da cidade de Berlim. Igualmente, todos os atores são judeus e, com intuito de seguir fielmente a história, boa parte da série é falada em iídiche (língua oficial da religião).

Por fim, o segredo e a leveza da série está no equilíbrio: a religião não é vista como algo nocivo, mas seu uso para perpetuação de poder, misoginia e restrições de liberdades individuais, sim. A falha de uma mulher pesa muito mais que o erro de um homem em Nada Ortodoxa, mostrando que toda renúncia feminina requer coragem.

Tags: BerlimCrítica de sérieDeborah FeldmanEstyJudaísmoJudeus OrtodoxosminissériemisoginiamulherNada OrtodoxaNetflixreviewShira HaasUnorthodox
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