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‘Veep’ chega ao seu quarto ano se reinventado a cada temporada

Repleta de situações que envolvem muita vergonha alheia, 'Veep' da HBO retorna para seu quarto ano com uma de suas melhores premieres.

porJosé Picelli
23 de abril de 2015
em Televisão
A A
'Veep' chega ao seu quarto ano se reinventado a cada temporada

Imagem: Reprodução.

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No início de 2011, quando foi anunciado que Julia Louis-Dreyfus retornaria à TV, os amantes de comédia entraram em pane. A eterna Elaine de Seinfeld estaria finalmente de volta às telinhas e, dessa vez, não apenas em qualquer emissora, era na HBO. Foi um longo ano de espera até a estreia de Veep, que compensou toda a ansiedade gerada com a falta de fotos e vídeos de divulgação. Tudo o que sabíamos era que Julia interpretaria a vice presidente dos Estados Unidos e que a comédia seria uma sátira política, seguindo os moldes da britânica The Thick of It. O resultado: um agradável relato do tedioso porém sempre divertido dia-a-dia da “VP” da nação norte-americana.

Séries políticas costumam ter como premissa os jogos do poder, focando nas manipulações, no duelo de egos e nos limites do ser humano para saciar suas mais doentias ambições, geralmente retratadas de forma intensa e, muitas vezes, chegando a embrulhar o estômago dos telespectadores mais fracos. Mas com Veep é diferente. Comandada por Armando Iannucci, mesmo criador da produção britânica, a série também foca nas ambições dos grandes nomes da nação, porém a partir de uma visão nada convencional: a entediante agenda de compromissos de Selina Meyer, que não se conforma com o fato de sua carreira política sempre acabar sendo ofuscada por outro figurão da Casa Branca, nesse caso,  nada mais nada menos que o presidente dos EUA.

Selina não é nenhuma heroína. Cercada por uma equipe de incompetentes (palavras dela), a protagonista está sempre em busca de um novo projeto de extrema relevância à população. Não para o bem do povo, mas para seu próprio benefício. Selina gosta de status e tudo o que mais deseja é ser reconhecida simplesmente pelo cargo que exerce. Algo difícil de acontecer já que está constantemente envolvida em projetos rejeitados pelo presidente, de visibilidade quase nula. Frustrante para vice-líder, mas um prato cheio para os telespectadores. Seu temperamento forte e sua postura desbocada faz de sua torturante agenda algo prazeroso de se assistir. E a rica interpretação da atriz só intensifica essa experiência. Sua expressão corporal (principalmente a facial) é invejável, capaz de transitar de um sorriso de surpresa a um tom de compaixão com toques de cinismo em segundos, quando, em determinado momento da primeira temporada, a protagonista é convocada para substituir o presidente em uma reunião devido a problemas de saúde.

Mas uma comédia não é feita apenas de xingamentos. A cada temporada, Veep acrescenta algo novo a sua temática, possibilitando assim manter sempre o tom de ineditismo em seu universo.

Mas engana-se quem pensa que Louis-Dreyfus carrega a série nas costas. Todo o elenco tem seus momentos de destaque em praticamente todos os episódios – seja com breves aparições, como é o caso do personagem Jonah, correspondente interno responsável pela ponte entre presidente-VP e alvo constante de bullying corporativo, e Sue, a secretária carrancuda e de língua afiada de Selina. Destaque para Gary (Tony Hale, de Arrested Development), fiel assistente pessoal da VP que está sempre a postos com uma bolsa cheia de utilitários que ela possa precisar (como lenços umedecidos para as mãos ou assumindo o papel de ponto eletrônico ambulante para salvá-la de alguma saia justa). Talvez a grande surpresa no elenco seja Anna Chlumsky, a garotinha dos filmes Meu Primeiro Amor. Aqui a jovem interpreta Amy, a competente (e muito workaholic) chefe do staff e braço direito de Selina. Assim como a protagonista, a atriz apresenta uma invejável habilidade de conseguir vomitar um discurso altamente ofensivo, repleto de palavrões, sem nunca parecer forçado ou exagerado.

Mas uma comédia não é feita apenas de xingamentos. A cada temporada, Veep acrescenta algo novo a sua temática, possibilitando assim manter sempre o tom de ineditismo em seu universo. No início costumávamos acompanhar as dores das frustrações de Selina ao se dar conta de que o cargo de vice não lhe dá as mesmas regalias e status do real líder da nação americana. Na segunda temporada, sai a Selina esperançosa (saudades de “Sue, o presidente me ligou?”) e entra em cena uma Selina ciente de que, para conquistar um espaço na mídia, é necessário lutar por projetos mais humanitários. O que não dá muito acerto,  mas a sorte bate à sua porta quando o presidente a informa que não irá se candidatar a reeleição, fazendo com que o terceiro ano da série seja marcado pelos preparativos do início da campanha “Selina 2016”.

Atualmente em sua quarta temporada, Selina se vê exatamente onde desejava estar: na Sala Oval da Casa Branca. Com o afastamento do presidente no final da temporada anterior, a ex-veep encontra-se na difícil missão de assumir o tão almejado cargo antes do previsto. Se ela (e toda sua equipe) mal conseguia contornar os imprevistos do cotidiano da vice-presidência, é possível imaginar a loucura que será o breve mandato de Selina, que terá o desafio de se desdobrar entre comandar o país e tocar sua campanha (que, sim, continua de pé). Logo na premiere já tivemos um gostinho do que será essa passagem por esse novo lado da Casa Branca – vide o festival de vergonha alheia causado por Selina e sua equipe com o incidente do teleprompter. Certamente um dos momentos mais hilários da série, com a POTUS usando sua incrível habilidade de improvisação para sair da interminável saia justa.

Mas é inegável o quão artificial seria assistir a uma líder completamente perdida assumindo um cargo tão importante por um mandato completo. Então, para o próprio bem da série, talvez seja melhor torcer para que a campanha “Selina 2016” seja um fracasso e, no final, ela não seja eleita. O que não deve ser tão difícil de acontecer, já que agora que todas as câmeras estão ao seu redor, está cada vez mais complicado para a protagonista esconder os deslizes de sua equipe. Mas ainda é cedo para se preocupar, afinal, se em quatro anos a série conseguiu se reinventar a cada temporada, por que dessa vez seria diferente, não é mesmo?

Tags: comédiasCríticaCrítica de SeriadosHBOselina meyerSeriadosSérieveep

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