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‘007 contra Spectre’: James Bond no corpo de Daniel Craig

James Bond retorna em '007 contra Spectre', com Daniel Craig no papel do agente secreto, um retrocesso em relação a 'Skyfall'.

porPaulo Camargo
6 de novembro de 2015
em Cinema
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'007 contra Spectre': James Bond no corpo de Daniel Craig

Imagem: Reprodução.

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A grande e inestimável contribuição de Daniel Craig à franquia 007 é ter dado ao agente britânico James Bond um corpo. Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton e Pierce Brosnan, embora atores muito distintos entre si em vários aspectos, de alguma forma reafirmavam traços fundamentais do personagem saído das páginas dos romances de espionagem de Ian Fleming. Eram charmosos, sedutores, irônicos e cheios da fleugma anglo-saxã. Mas pareciam interpretar sobretudo do pescoço para cima, e seus corpos físicos não pareciam fazer parte do pacote. Não é o caso de Craig.

Já em Casino Royale, que apresentou o novo Bond há nove anos, Craig, literalmente, se deslocou da posição de quem olha, deseja e conquista belas mulheres, conhecidas como Bond girls, e, pela primeira vez na história da franquia, encarnou o personagem na posição de objeto de desejo: assim como a suiça Ursula Andress na emblemática cena de 007 contra o Stânico Dr. No (1962), é o personagem do agente que agora surgia na tela de calção de banho, exibindo seus músculos definidos, saindo do mar. Sinal dos tempos?

E esse corpo, já em Casino Royale, também se mostra vulnerável, apesar de mais atlético, flexível, ágil. Bond, com Craig, se tornou humano e, portanto, frágil. Corre, mas cai. Luta com vigor, porém apanha, sangra, se fere, perde a compostura. Muitos atribuem aos filmes da genial trilogia protagonizada pelo agente Jason Bourne (Matt Damon), um agente secreto sem memória e muito potente em toda a sua vulnerabilidade física e psicológica, as mudanças profundas às quais Bond foi submetido até 007 – Operação Skyfall (2012), quando o personagem, para horror de fãs mais ortodoxos do personagem, ganhou até um passado (triste e atormentado), depois de sofrer na carne, e no espírito, sofrimentos antes inimagináveis para o espião fleugmático criado por Fleming.

De certa forma, 007 contra Spectre, em cartaz desde ontem nos cinemas, é um retrocesso em relação a Skyfall, embora seja uma espécie de continuação do longa de 2012, maior sucesso de bilheteria na história da série. Bond ressurge vigoroso e algo distante, na tentativa de desbaratar um grande esquema terrorista internacional, que acaba interligando todos os episódios estrelados por Craig. Lembra mais o personagem em seu formato tradicional, sobretudo quando usa da sedução para conseguir o que deseja.

De certa forma, 007 contra Spectre, em cartaz desde ontem nos cinemas, é um retrocesso em relação a Skyfall.

Mas o corpo de Craig fala. Sua excelente forma física é explorada por Sam Mendes o tempo todo. O diretor luso-britânico de Beleza Americana o explora como atributo do filme, como arma mais importante do protagonista, tanto nas cenas de ação quanto nas de sexo, sempre insinuado, sugerido, jamais explícito. Não precisa: o olhar do ator, que agora deseja abandonar o papel, apesar de ter mais um episódio previsto em contrato, de certa maneira erotiza tudo o que toca.

Spectre, enquanto filme, não é tão bom quanto Skyfall ou mesmo Casino Royale, mas dá de 10 a 0 no fraquíssimo Quantum of Solace. O vilão, interpretado pelo austríaco Christoph Waltz (oscarizado por Bastardos Inglórios e Django Livre), não rende tanto quanto se esperava. Também vem do passado obscuro de Bond, mas parece algo forçado, pouco orgânico dentro do enredo.

O melhor de Spectre é a espetacular sequência de abertura, rodada durante o Dia dos Mortos na Cidade do México. Mendes prova seu talento criativo emprestando às cenas, ao mesmo tempo frenéticas e fantasmagóricas, grande magia, não apenas por conta dos efeitos visuais e da edição. Bond, o personagem no corpo de Craig, nunca pareceu tão vigoroso, viril. Pena que o resto do filme não está à altura.

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Tags: 007007 Contra SpectreChristoph WaltzCinemacorpoCrítica de CinemaDaniel CraigespionagemJames BondmasculinidadeSam MendesSkyfall

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