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‘Amor Sem Escalas’ e o grande sentido que um parêntese pode ter

'Amor Sem Escalas', de Jason Reitman, parece falar de crise econômica, mas é mais uma produção sobre batalhas entre razão e emoção no ambiente corporativo.

porTiago Bubniak
18 de setembro de 2018
em Cinema
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‘Amor Sem Escalas’ e o grande sentido que um parêntese pode ter

Imagem: Divulgação.

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Amor Sem Escalas (2009), de Jason Reitman, busca inspiração em um recorte socioeconômico específico: as consequências da crise de 2008, nos Estados Unidos. Os imóveis receberam um aumento muito superior ao seu valor real e formaram a chamada “bolha imobiliária”. Quando os preços chegaram ao seu limite e a “bolha estourou”, veio o pior: maior desconfiança no mercado, bancos dificultando empréstimos, empresas diminuindo a capacidade de investimento, demissões em massa.

Como consequência, surgiu queda no consumo, menos lucro nas empresas, mais demissões. Estava instalado o caos. É nesse contexto de multidões perdendo o emprego que o filme busca ancorar-se. Mas ele está bem distante de ser datado. O pano de fundo pode até ser particular, específico, mas as reverberações do seu enfoque são universais.

Aparentemente, Amor Sem Escalas lança seus holofotes sobre a frieza do universo corporativo tendo como instrumento para isso a exibição de personagens especializados em demitir. É emblemática a cena na qual Natalie (Anna Kendrick) digita febrilmente um fluxograma com técnicas para mandar funcionários para a rua. A objetividade com que se pretende preparar desempregados para achar um novo espaço no mercado de trabalho e reduzir processos contra a empresa que demite é tanta que chega facilmente a ganhar novo nome: frieza.

Olhares mais aguçados observarão neste trabalho um debruçar-se sobre a humanidade que circula no organismo ‘desumano’ e calculista que pode ser uma grande corporação.

Olhares levemente mais aguçados, no entanto, observarão neste trabalho de Reitman um debruçar-se sobre a humanidade que circula no organismo “desumano” e calculista que é uma grande corporação.

A história está repleta de sentimentos, mesmo que haja uma insistência (calculada e muito bem contextualizada) de ofuscá-los com o comportamento racional que se espera de um profissional respeitável.

Assim, razão e emoção travam uma guerra intensa e, simultaneamente, discreta. Uma das batalhas escancara, de forma magistral, a alta carga de significação que um parêntese pode conter.

O protagonista (Ryan, interpretado por George Clooney) tem como emprego avisar os outros que eles acabaram de ficar sem emprego. Se Ryan é muito bem-sucedido no âmbito profissional, não se pode dizer o mesmo de suas relações de afeto, já que ele é solitário e mantém considerável distância da família.

O título original, Up in the Air (“no ar”, “indeciso”), diz muito sobre o personagem de Clooney, que, inclusive, vive de aeroporto em aeroporto, migrando daqui para lá para “tornar o limbo tolerável”. No caso, seria o limbo criado por ele na vida dos novos desempregados. Mas é tranquilamente possível questionar: não seria o limbo de sua própria existência?

Amor Sem Escalas é um filme que certamente não agrada a muitos. Mas, visto com a merecida atenção, pode entrar para a lista das obras que têm muito a provocar. Principalmente em uma sociedade ultracapitalista e individualista.

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Tags: Amor sem EscalasAnna KendrickCrise de 2008Crítica CinematográficaCrítica de CinemaGeorge ClooneyJason ReitmanMovie ReviewResenhaReviewUp in the Air

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