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‘A Caça’ e sua denúncia do perigo das suposições

Em 'A Caça', Thomas Vinterberg faz retrato assustador da prontidão com a qual muitas vezes o ser humano coleta pedras para lançar contra seus semelhantes.

porTiago Bubniak
8 de maio de 2018
em Cinema
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‘A Caça’ e sua denúncia do perigo das suposições

Imagem: Reprodução.

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De tempos em tempos, fatos policiais polêmicos e misteriosos “explodem” na imprensa. Algo comum em todos eles não está em meio aos diretamente envolvidos, sejam suspeitos, vítimas ou investigadores; está no lado de cá da tela ou da página, em quem acompanha de longe. Muitos observadores apressam-se em ocupar a posição de juízes ou até mesmo de justiceiros com base no que veem, ouvem ou leem. A Caça (2012), do diretor dinamarquês Thomas Vinterberg, é um filme soberbo que flerta com essa situação.

No caso, não há nada referente à imprensa, mas a uma “notícia” que se espalha de boca em boca em uma pequena comunidade. A única mediação no fluxo da informação, portanto, é a do vizinho, do amigo, do colega de trabalho. Pela gravidade do assunto, o relato se espalha rapidamente, ganha proporções maiores do que deveria e gera consequências desastrosas para muitos. A origem de tudo está na crença de que crianças não mentem. Jamais.

Mads Mikkelsen se encaixa com perfeição no papel de Lucas, professor de uma creche que, de repente, vira alvo da paixão de uma garotinha, Clara (Annika Wedderkopp). Como é de se esperar, essa paixão não é correspondida. Contrariada, a pequena inventa que foi abusada sexualmente. O filme é cuidadoso nos detalhes e, portanto, evidencia de onde ela tirou inspiração para arquitetar sua história.

Mads Mikkelsen se encaixa com perfeição no papel de Lucas, professor de uma creche que, de repente, vira alvo da paixão de uma garotinha, Clara.

Não é nenhum spoiler deixar claro a inocência do protagonista, já que o roteiro privilegia o ponto de vista do professor e, com isso, concentra forças em nos indignar em razão da covardia. Acompanhamos Lucas e sabemos que ele é inocente, mas o mesmo não acontece com os demais personagens, que veem nascer em si a incerteza e/ou a raiva.

Situações e reações são agregadas ao fato inicial de forma gradativa. Graças à naturalidade com a qual o roteiro faz esse trabalho, o espectador é progressivamente envolvido em uma espiral de complexidade, injustiça e indignação. Essa é a grande força do filme. Mas não só. Em seu recorte de uma situação ficcional particular (centrada na pedofilia, assunto delicado), A Caça revela-se universal por retratar a assustadora prontidão com a qual muitas vezes o ser humano enche as mãos de pedras para lançá-las contra os outros.

A qualidade do roteiro é diretamente proporcional ao esmero dos atores. Destaque especial para Mads Mikkelsen e Annika Wedderkopp. Ele chegou a ganhar o prêmio de melhor ator em Cannes, em 2012, por sua atuação em A Caça. Ela está bem convincente no papel da menininha de imaginação fértil, confusa e, por vezes, medrosa e arrependida. O capricho não decai em momento algum. O final do filme, aliás, é bastante sugestivo.

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Tags: A CaçaAnnika WedderkoppCinemaCrítica CinematográficaMas MikkelsenMovie ReviewResenhaReviewThomas Vinterberg

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