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‘O Destino de uma Nação’ busca Winston Churchill humanizado

'O Destino de uma Nação' busca humanizar Winston Churchill em um filme ufanista, marcado por Gary Oldman, mas sem se desvencilhar dos clichês históricos.

porPaulo Camargo
8 de fevereiro de 2018
em Cinema
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Gary Oldman deve vencer o Oscar de melhor ator por seu desempenho como Churchill. Imagem: Divulgação.

Gary Oldman deve vencer o Oscar de melhor ator por seu desempenho como Churchill. Imagem: Divulgação.

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Winston Churchill, por conta de obras televisivas e cinematográficas lançadas nos últimos dois anos, saiu dos livros de História para tornar-se uma espécie de super-herói improvável, resgatado para representar valores que andam em baixa no turbulento cenário geopolítico contemporâneo, como pulso forte, resiliência e capacidade de inspirar o povo. Só para se ter uma ideia, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha protagoniza, de maneira bastante distinta, dois dos nove títulos indicados ao Oscar de melhor filme.

Em Dunkirk, de Christopher Nolan (A Origem), que disputa oito estatuetas, o premiê é uma força tão onipresente quanto invisível, inspirando a população civil do Reino Unido a arregaçar as mangas e ajudar no resgate de 330 mil homens encurralados pelas forças alemãs no litoral norte da França em 1940. Já em O Destino de uma Nação, de Joe Wright (Desejo e Reparação), Churchill é a própria razão de ser do filme, que concorre a seis Oscar e deve dar a Gary Oldman (O Espião Que Sabia Demais) o prêmio de melhor ator por seu desempenho nuançado, cuja árdua missão é humanizar um personagem histórico ímpar, mas por vezes retratado de forma caricata, unidimensional.

O Destino de uma Nação se passa nas primeiras semanas da Segunda Guerra Mundial, quando Churchill chega ao posto de primeiro-ministro e, a despeito do intimidador poderio militar nazista, endurece seu discurso: recusa-se a fazer qualquer tipo de acordo com Hitler. Negociar com fascistas? Jamais.

Como falamos aqui de uma produção britânica, no momento em que o Reino Unido deixa a União Européia, em uma decisão por voto popular, porém bastante controversa, é inevitável constatar que Joe Wright fez um filme com evidente proposta exaltar o espírito nacional.

Assim como Dunkirk, O Destino de uma Nação tem certo caráter ufanista, ainda que disfarçado. Para isso, é inteligente trazer à tela uma visão mais complexa de Churchill, algo que a série The Crown (Netflix), em sua primeira temporada, já havia feito com um magnífico e premiado desempenho de John Lithgow (Interestelar).

Assim como Dunkirk, O Destino de uma Nação tem certo caráter ufanista, ainda que disfarçado.

Na pele de Gary Oldman, vamos o estadista aqui no âmbito privado, principalmente em sua relação de cumplicidade com a mulher, Clemmie (Kristin Scott Thomas, de O Paciente Inglês). Mas, também, como hábil estrategista, em negociações com o rei George VI (Ben Mendelsohn, de Rogue One: Uma História Star Wars) e todo o comando militar. Mas é no bunker montado como o gabinete de guerra – hoje transformado num espetacular museu em Londres – que a sagacidade e o brilhantismo de Churchill, segundo a versão do longa-metragem, florescem.

Produção requintada, muito bem realizada do ponto de vista técnico, O Destino de uma Nação marca pontos ao se preocupar em não idealizar Churchill. Oldman, um ator que sempre evitou personagens heroicos e com frequência opta por um tom mais sombrio em suas interpretações, tem a coragem que encarnar o lado mais odiável do primeiro-ministro, sujeito por vezes desprovido de empatia. Há, no entanto, o esforço de também revelá-lo como alguém sensível, como na sequência impactante em que ele embarca, como um cidadão qualquer, no metrô de Londres, para perceber o que a população estava a sentir sob a ameaça da Guerra.

Mas talvez porque é muito difícil descolar um personagem célebre do conhecimento acumulado sobre ele, O Destino de uma Nação fica no meio do caminho entre um estudo de personagem, o que talvez tivesse sido uma escolha mais ousada do roteiro, e o drama histórico, com a obrigação de não apenas ser fiel aos fatos, mas também de contextualizá-los, em sequências de batalha, negociações políticas, todas calcadas em acontecimentos verídicos. Essa dicotomia o engessa, de certa forma, e chega a incomodar uma certa insistência em mostrar o virtuosismo da interpretação de Oldman. Fica parecendo que o filme foi realizado com o intuito de lhe dar, finalmente, um Oscar. Pode não ser o caso, mas que parece, parece.

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Tags: Christopher NolanCinemaCrítica CinematográficaGary OldmanJoe WrightKristin Scott-ThomasO Destino de uma NaçãoOscarOscar 2018ResenhaWinston Churchill

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