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‘A Filha Perdida’ é mergulho sensível na subjetividade feminina

Adaptação do romance homônimo da italiana Elena Ferrante, 'A Filha Perdida' marca a estreia na direção da atriz Maggie Gyllenhaal. Olivia Colman tem desempenho espetacular como a protagonista.

porPaulo Camargo
4 de janeiro de 2022
em Cinema
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'A Filha Perdida' é mergulho sensível na subjetividade feminina

Imagem: Reprodução.

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A escritora italiana Elena Ferrante, sobre quem se sabe muito pouco, tem um traço recorrente em sua literatura, que se tornou conhecida mundialmente graças à excelente Tetralogia Napolitana: seus livros trazem personagens femininas muito fortes, que se debatem em uma estrutura patriarcal e tentam fazer valer seus desejos e vontades, ainda que para isso tenham de pagar preços muito altos.

A Filha Perdida, adaptação para o cinema de seu romance homônimo, assinada pela também atriz Maggie Gylllenhaal (de Coração Louco), que faz sua estreia como diretora, discute justamente essa dor, capaz de ao mesmo tempo causar tanto sofrimento quanto satisfação. O filme acaba estrear na Netflix.

Olivia Colman (de A Favorita e Meu Pai) é a professora britânica de Literatura Comparada Leda Caruso, mulher de quase 50 anos que vai a uma ilha na Grécia em busca de descanso e alguma solidão para trabalhar em alguns textos, mas acaba se vendo confrontada por fantasmas do passado.

Na mesma localidade onde ela está hospedada, há uma família de norte-americanos de origem grega, também de férias, que lhe traz toda forma de incômodos. Eles falam alto, são invasivos e, quando a filha pequena de Nina (Dakota Johnson, de Suspiria), uma das pessoas do grupo, desaparece na praia, esse incidente acaba tendo em Leda o impacto de um gatilho e faz com que a protagonista olhe para trás e reveja sua vida.

Bem alinhavado, o roteiro, também assinado por Gylllenhaal e premiado no Festival de Veneza, alterna o presente a flashbacks.

Bem alinhavado, o roteiro, também assinado por Gylllenhaal e premiado no Festival de Veneza, alterna o presente a flashbacks nos quais a personagem é vivida por Jessie Buckley (de As Aventuras de Rose). Aos poucos, descobrimos que Leda casou-se muito cedo, teve duas filhas e enfrentou muitas dificuldades em equilibrar sua vida familiar com a acadêmica. A maternidade e o casamento lhe foram um peso, um freio para suas ambições existenciais e profissionais. Ao ponto de fazê-la tomar decisões tão radicais quanto dolorosas.

De certa forma, Leda se vê refletida em Nina, que também enfrenta um casamento complicado e vive a possibilidade de um outro amor na praia grega. A professora assiste a tudo isso, que a faz pensar no que viveu, enquanto sofre vários tipos de assédio masculino por estar viajando sozinha. Ficamos por aqui quanto ao enredo para não estragar a experiência do espectador.

Como a protagonista Elena, dos livros da Tetralogia Napolitana, Leda é uma intelectual, afeita às letras e à literatura, que deseja mais da vida do que ser esposa e mãe, e vai atrás de seus anseios, ainda que com um considerável saldo de sofrimento.

A Filha Perdida, como o livro que o originou, é uma obra intimista, um mergulho profundo na subjetividade de uma personagem que por vezes pode parecer egoísta demais, mas também muito corajosa em suas atitudes. Olivia Colman e Jessie Buckley estão brilhantes no papel, em um filme que marca a estreia de uma promissora cineasta.

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