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Mistério, amor e guerra se entrelaçam em ‘Frantz’

Mistério, amor e guerra entrelaçam-se com maestria em 'Frantz', uma obra emocionante de François Ozon, repleta de sutileza e profundidade.

porPaulo Camargo
3 de agosto de 2017
em Cinema
A A
Frantz

Pierre Niney e Paula Beer: mistério. Imagem: Reprodução.

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O diretor François Ozon é um cineasta que não costuma errar e vem construindo ao longo dos anos uma das filmografias mais interessantes no cinema contemporâneo. O comovente Frantz, em cartaz no circuito brasileiro, é mais um dos muitos acertos do diretor francês de Sob a Areia (2001) e Amor em 5 Tempos (2004), com os quais o longa-metragem compartilha um traço recorrente na obra do cineasta: uma aura de mistério, que se insinua com sutileza, mas sempre como um dos elementos essenciais da trama, muitas vezes construída em torno de personagens femininas fortes.

A trama de Frantz se inicia em uma pequena cidade alemã, depois do término da Primeira Guerra Mundial. Logo na primeira cena, vemos jovem Anna (a revelação Paula Beer) em visita o túmulo do noivo. No cemitério, ela se dá conta de que não é a única a depositar flores sobre a lápide, e a chorar o morto. A presença de Adrien (Pierre Niney, excelente), um rapaz francês, a intriga. Qual seria a ligação dele com Frantz Hoffmeister (Anton von Lucke), personagem que dá título ao longa-metragem e uma espécie de ausente onipresente no enredo.

Refilmagem de Não Matarás (1932), produção norte-americana dirigida pelo alemão Ernst Lubitsch, Frantz é também uma releitura de um texto de teatral do francês Maurice Rostand. A novidade está no fato de Ozon mudar a perspectiva tanto da peça quanto do longa de Lubitsch. Vemos a história através dos olhos de Anna, e não dos de Adrien, que continua desempenhando papel central, mas não é o condutor na narrativa.

Refilmagem de Não Matarás (1932), produção norte-americana dirigida pelo alemão Ernst Lubitsch, Frantz é também uma releitura de um texto de teatral do francês Maurice Rostand.

Um belíssimo filme que fala tanto de amor quanto de guerra, Frantz aborda os dois temas, e os intersecciona, com sutileza. À medida em que se desenha entre Anna, Adrien e Frantz um improvável triângulo amoroso, o roteiro também toca nas feridas ainda abertas pelo confronto entre França e Alemanha. Há muita dor em ambos os lados.

Adrien é visto pelos alemães, derrotados pelas forças aliadas, como inimigo. Ele é hostilizado por quase todos, mas insiste em permanecer na cidadezinha, ao ponto de estabelecer laços com a família de Frantz. Como e por que não cabe aqui revelar. Sua relação com Anna também é ambígua e, durante o filme, se transforma. Essas mudanças são representadas pelas mudanças na fotografia, em preto e branco durante quase toda a trama, simbolizando o clima de pesar e luto pós-Guerra. Em alguns momentos, no entanto, as imagens ganham cor, sugerindo sensualidade, afetividade, que se anunciam, mas não conseguem se estabelecer por completo.

Esse jogo cromático é fascinante e deu a Frantz o César (Oscar do cinema francês) de melhor fotografia, além de ter sido indicado em outras dez categorias, incluindo melhor filme e direção. Paula Beer, por sua atuação recebeu, no Festival de Veneza (2016), o prêmio de atriz revelação.

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Tags: AlemanhaCésarCinemaCrítica de CinemaErnst LubitschFrançaFrancois OzonFrantzmistérioNão MatarásPaula BeerPierre NineyPrimeira guerra mundialResenhaReview

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