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‘Loucas de Alegria’ revela-se estupendo tributo à amizade

'Loucas de Alegria', de Paolo Virzì, convida espectador a tomar consciência da insensibilidade que é desrespeitar a história oculta de cada um.

porTiago Bubniak
28 de agosto de 2018
em Cinema
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‘Loucas de Alegria’ revela-se estupendo tributo à amizade

Imagem: Reprodução.

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Loucas de Alegria (2016) nem chega aos dez minutos de exibição e Beatrice (Valeria Bruni Tedeschi), interna de um manicômio judiciário, já leva bronca: ela se intromete muito na vida dos outros e não cuida da própria. Mas parece que Beatrice não se importa muito com isso. Prossegue elegante. E falante. Praticamente uma metralhadora de palavras pronunciadas na inconfundível e eloquente sonoridade italiana. E as características de “importar-se muito com a vida dos outros” e ser verborrágica colabora para demonstrar que estamos diante de uma personagem que leva o público facilmente aos risos. Afinal, Loucas de Alegria é, apesar dos momentos trágicos e reflexivos, uma memorável comédia. A própria cena da bronca é carregada de humor.

O filme, dirigido por Paolo Virzì, baseia-se na aproximação de Beatrice e Donatella (Micaela Ramazzotti). Ambas são internadas para resolver problemas psiquiátricos e acabam fugindo da instituição, uma referência óbvia a Thelma e Louise (1991), de Ridley Scott (com direito a uma pitada de metalinguagem). Enquanto acontecem as aventuras decorrentes da fuga, o roteiro trata de encaixar as peças das circunstâncias que permitiram o encontro das duas. Somente aos poucos, camada por camada, fotograma por fotograma, é que o espectador vai desvendando a trajetória de cada uma e sendo convidado a abdicar de pré-julgamentos descuidados.

Em meio aos incontáveis convites ao riso, torna-se quase inevitável deixar de recorrer ao velho e clássico questionamento sobre os limites que separam normalidade e loucura.

A dupla de protagonistas é formada por personagens muito bem delineadas e entregues à interpretação de atrizes talentosas. Enquanto Beatrice é um furacão cômico, Donatella é um intenso contraponto: deprimida e excessivamente econômica nas palavras. Outra oposição acontece na relação entre mundo externo e ambiente manicomial, espaços de liberdade e o seu contrário.

O manicômio judiciário tende a funcionar em torno da doença, tende a estereotipar, rotular, marcar  e classificar as pessoas como seres doentes, seres em busca de uma cura e não mais que isso. É um ambiente de clausura, de tolhimento das ações, de dor e tentativa de formatação de comportamentos.

As situações cômicas vêm para equilibrar, tornar tudo mais leve e mágico, tanto para os personagens quanto para o espectador. Em meio aos incontáveis convites ao riso, torna-se quase inevitável deixar de recorrer ao velho e clássico questionamento sobre os limites que separam normalidade e loucura. Além disso, esta comédia dramática tem seu quê de reflexão e provocação ao mostrar a insensibilidade que é desrespeitar a história oculta de cada um. Não bastasse esse “tapa na cara” do espectador, Loucas de Alegria desemboca em uma estupenda homenagem às amizades. Àquelas sinceras, transformadoras e, justamente por isso, inesquecíveis. Como este filme tende a ser.

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Tags: CinemaCríticaCrítica CinematográficaLoucas de AlegriaMicaela RamazzottiMovie ReviewPaolo VirzìResenhaReviewValeria Bruni Tedeschi

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