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‘O Mauritano’ grita que a luta contra injustiças deve vencer a apatia

Baseado em fatos, ‘O Mauritano’, dirigida pelo escocês Kevin Macdonald, provoca desconforto ao ver os Estados Unidos mantendo um "Estado paralelo" com práticas próprias de punição capazes de atingir inocentes.

porTiago Bubniak
3 de agosto de 2021
em Cinema
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O Mauritano, de Kevin Macdonald

Mohamedou Ould Slahi (Tahar Rahim): sob a sombra de acusações baseadas em associações, suspeitas, convicções. Imagem: Divulgação.

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O Mauritano (2021) vem somar-se a produções como Código de Honra (2012), dirigido por Adam Kassen e Mark Kassen, e O Preço da Verdade (2019), com direção de Todd Haynes. São ocasiões nas quais o cinema lança poderosamente os seus holofotes para a ideia de que a luta contra injustiças deve sempre vencer a indiferença, a insensibilidade e o silêncio. Todos envolvem advogados e são baseados em histórias verídicas.

É novembro de 2001, na Mauritânia, dois meses depois dos ataques às Torres Gêmeas, nos Estados Unidos. Mohamedou Ould Slahi (Tahar Rahim) é retirado de sua família por policiais. Sua mãe faz uma despedida calorosa, como se o filho não fosse mais voltar. Ele estranha, afinal, não tem nada a temer. Mas logo o espectador vê o protagonista preso pelo governo dos Estados Unidos na prisão de Guantánamo, em Cuba, famosa por ser uma espécie de “Estado paralelo” em termos de cumprimento (ou descumprimento) das leis. Mohamedou é acusado de ser o principal organizador do atentado terrorista de onze de setembro de 2001. Assim começa O Mauritano, com direção do escocês Kevin Macdonald.

O problema é que o governo estadunidense não tem qualquer prova sobre a participação do mauritano do título no atentado terrorista. O que existem são suspeitas. Convicções. Sobretudo a do advogado de acusação, Stuart Couch (Benedict Cumberbatch), que perdeu um amigo piloto no onze de setembro e, por isso, pensa em fazer o diabo para condenar o acusado à pena de morte. Enquanto essa ausência de provas prevalece, prevalece igualmente a injustiça.

O Mauritano tem sua grande força no roteiro que é, ao mesmo tempo, didático e atrativo em sua tarefa de mostrar uma história complexa em detalhes políticos e, sobretudo, jurídicos.

Uma tentativa de revertê-la é a inserção no caso da advogada de defesa Nancy Hollander (Jodie Foster), que desembarca em Guantánamo acompanhada de sua assistente Teri Duncan (Shailene Woodley). Como estão defendendo um terrorista aos olhos de muitos, as personagens protagonizam cenas nas quais há menção a brigas familiares e a abdicação de situações de descanso como, por exemplo, visitar o complexo penitenciário no Natal. São cenas que deixam claro alguns exemplos de quão alto é o preço a ser pago por aqueles que não se calam diante de injustiças.

Baseado no livro de memórias O Diário de Guantánamo, do próprio Mohamedou Ould Slahi, O Mauritano tem sua grande força no roteiro que é, ao mesmo tempo, didático e atrativo em sua tarefa de mostrar uma história complexa em detalhes políticos e, sobretudo, jurídicos. Não fica a impressão de que há cenas ou diálogos sobrando, mas que tudo está onde está justamente para cumprir organicamente o seu papel de denúncia. Fica a sensação de que tudo foi colocado onde está para dar a dimensão do assombro que histórias reais com tendência a serem lançadas à força nas sombras provocam quando seguem o caminho contrário.

Tags: Benedict CumberbatchCinemaCríticaCrítica CinematográficaCrítica de CinemaFilm ReviewJodie FosterKevin MacdonaldMohamedou Ould SlahiMovie ReviewO Diário de GuantánamoO MauritanoResenhaReviewShailene WoodleyTahar Rahim

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