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‘O Menino do Pijama Listrado’: quando o horror e a inocência dão-se as mãos

‘O Menino do Pijama Listrado’ usa e abusa da inocência infantil, que só vê os absurdos do nazismo por meio de frestas nas entrelinhas do relato.

porTiago Bubniak
25 de setembro de 2018
em Cinema
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‘O Menino do Pijama Listrado’: quando o horror e a inocência dão-se as mãos

Imagem: Divulgação.

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Filmes como A Vida é Bela (1997) e O Menino do Pijama Listrado (2008) chocam. Chocam mais pela sugestão do que pela exposição clara. Chocam pelo contraste entre a inocência infantil e a sociedade mergulhada no caos da intolerância.

Carentes de maturidade para compreender como os adultos a realidade que as rodeia, as crianças podem ser, mesmo sem saber e sem querer, fontes de questionamentos sobre os pilares dessa mesma realidade.

No caso específico de O Menino do Pijama Listrado, filme dirigido por Mark Herman e baseado no livro homônimo de John Boyne, o horror e a inocência dão-se as mãos e compõem uma ciranda cujo efeito para o espectador é um misto de encanto e repulsa. Isso fica explícito logo nos primeiros minutos de exibição quando as crianças, absortas em suas brincadeiras, correm pelas ruas.

Em O Menino do Pijama Listrado, o horror e a inocência dão-se as mãos e compõem uma ciranda cujo efeito para o espectador é um misto de encanto e repulsa. A inocência é reforçada pela trilha sonora que evoca relaxamento.

O cineasta espalhou estrategicamente nas cenas elementos como soldados, cães, bandeiras com suásticas (algo semelhante com o que se vê, aliás, em A Menina que Roubava Livros). Já nos primeiros minutos acontece a contextualização do período histórico retratado. A inocência é reforçada pela trilha sonora que evoca relaxamento. O que virá, no entanto, é o horror. Um horror implícito, mas, talvez justamente por isso, intenso.

Ao ser promovido dentro do regime de Hitler, um comandante (David Thewlis) muda-se com a família para o interior. O impacto da mudança é maior para o filho Bruno (Asa Butterfield), que se vê diante de uma casa imensa, mas sem amigos. Um dia, ele encontra um estranho menino em uma estranha fazenda habitada por pessoas vestindo estranhos “pijamas” listrados.

Uma cerca os separa. Ou quase. Bruno e o amigo Shmuel (Jack Scanlon) amenizam a separação física com diálogos que os aproximam, eles que são de mundos tão opostos. Um ingressa no universo do outro e a amizade que se estabelece é encantadora. Enquanto a relação aprofunda-se e consolida-se, o espectador é convidado a recuperar o que sabe do nazismo e a encaixar as peças do painel de terror que contextualiza essa aproximação das duas crianças.

O Menino do Pijama Listrado é um caso em que a adaptação cinematográfica de uma obra literária acaba sendo tão ou mais envolvente que o próprio livro. A transposição para a tela grande procurou ter o maior grau possível de fidelidade ao trabalho original, mas ganhou algumas complementações que enriqueceram o relato. É o caso de detalhes nas cenas finais e sobre o processo de amadurecimento da irmã de Bruno. Por suas muitas qualidades e importância história, O Menino do Pijama Listrado revela-se um filme para a posteridade!

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Tags: A Menina que Roubava LivrosA Vida é BelaAsa ButterfieldCinemaCríticaCrítica CinematográficaCrítica de CinemaDavid ThewlisJack ScanlonJohn BoyneMark HermanO Menino do Pijama ListradoResenha

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