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‘Mogli: o Menino Lobo’ supera o original

Dirigido por Jon Favreau, 'Mogli: o Menino Lobo' é um encantador espetáculo audiovisual, que, além de primoroso, se beneficia de roteiro muito consistente.

porPaulo Camargo
18 de abril de 2016
em Cinema
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'Mogli: o Menino Lobo' supera o original

Imagem: Reprodução.

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O personagem-título de Mogli: o Menino Lobo é chamado, durante todo o filme, de filhote de homem. Baseado nos clássicos infantis do escritor indiano de origem britânica Rudyard Kipling (de Kim), Os Livros da Selva, o espetacular remake da animação homônima dos Estúdios Walt Disney, lançada em 1967, discute, de forma encantadora, os limites que tanto aproximam quanto afastam os humanos de outros seres da natureza, e o protagonista, um vivaz e adorável garoto criado nas florestas da Índia por uma alcateia de lobos, representa essa tensão que nos faz ao mesmo tempo integrantes e algozes do mundo natural.

Com direção do ator e cineasta Jon Favreau (de Homem de Ferro), o longa-metragem é um dos raros casos de refilmagem de grandes títulos da história de animação que superam a versão original. Além de extraordinário do ponto de vista técnico, em uma engenhosa, e harmoniosa utilização dos recursos tecnológicos hoje disponíveis, Mogli: o Menino Lobo não se sustenta, contudo, apenas em sua exuberância visual: o roteiro de Justin Marks, fiel à obra de Kipling, mas também uma homenagem ao filme de 1967, constrói a trama com todo o cuidado, sem pressa. É dramaticamente sólido, delicado e comovente.

O único ator de carne e osso do longa é o norte-americano, descendente de indianos, Neel Sethi, que dá ao protagonista todo o carisma que o personagem pede. Mogli não conhece sua origem humana: seu pai foi morto pelo tigre Shere Khan (dublado pelo ator britânico Idris Elba, de Beasts of No Nation) e o garoto, ainda bebê, é resgatado pela pantera Bagheera (voz de Bem Kingsley, de Gandhi), que o deixa sob os cuidados do casal de lobos Akela (Giancarlo Esposito, da série Breaking Bad) e Raksha (Lupita Nyong’o, de 12 Anos de Escravidão), que o criam como se fosse seu filhote.

Bem mais intenso do ponto de vista dramático do que o desenho animado de 1967, o longa de Favreau não o rejeita.

Mogli cresce como um bicho, livre, compassivo e solidário, seguindo os valores recebidos no mundo selvagem, sem ter muita ideia que sua espécie é temida, porque representa constante ameaça aos seres da floresta, a seu equilíbrio. Ele é protegido por todos, apesar de sua origem. Mas quando Shere Khan descobre que o menino, filho do homem que matou, sua permanência torna-se um risco e Bagheera conclui que é melhor devolvê-lo ao convívio com outros seres humanos.

Bem mais intenso do ponto de vista dramático do que o desenho animado de 1967, o longa de Favreau não o rejeita. Pelo contrário: continua impagável o encontro de Mogli com o bonachão (e irresistível) urso Baloo (dublado por Bill Murray, de Encontros e Desencontros), que se torna o seu melhor amigo, e foi mantida a canção “Bare Necessities”, indicada ao Oscar.

Embora seja um filme teoricamente dirigido ao público infantil, Mogli: o Menino Lobo, como O Rei Leão, tem a transcendência de uma obra que fala para diversos públicos, tem subtextos, e permite múltiplas leituras. Um dos melhores filmes com a marca Disney dos últimos anos.

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Tags: Ben KingsleyBill MurrayCinemaCrítica CinematográficaCrítica de CinemaFilm ReviewÍndiaJon FavreauMogli: o Menino LoboMovie ReviewnaturezaResenhaRudyard Kipling

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