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‘Nápoles Velada’ entretém com seu encantamento momentâneo

Alicerçado em estética e trama barrocas, ‘Nápoles Velada’ tende a não permanecer por muito tempo na memória do espectador, mas entretém momentaneamente com uma aura que junta mistério e sensualidade.

porTiago Bubniak
29 de setembro de 2020
em Cinema
A A
Nápoles Velada, de Ferzan Ozpetek

Adriana (Giovanna Mezzogiorno): emocional da protagonista é labirinto no qual o espectador é compulsória e elegantemente convidado a ingressar. Imagem: Reprodução.

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Os segundos iniciais de Nápoles Velada (2017) são bastante importantes para contextualizar tudo o que virá. A câmera gira e sobe devagar, acompanhando uma escadaria em espiral. É uma arquitetura que lembra a escada monumental em espiral de Giuseppe Momo, em um dos museus do Vaticano. A cena que se forma com a união de imagem e movimento passa a sensação de coisa emaranhada, algo hipnótico. O que acontece logo depois que a câmera chega em um ponto específico dessa escadaria espiralada é ainda mais importante para a história. No entanto, a cena inicial só passará a fazer sentido na medida em que a trama flui.

Este suspense policial dirigido pelo turco-italiano Ferzan Ozpetek é assim: um quebra-cabeças cujas peças são lentamente encaixadas pelo roteiro escrito pelo próprio Ozpetek em parceria com Gianni Romoli e Valia Santella. Algo básico para um filme do gênero, mas que nem sempre consegue chamar a atenção do espectador da forma como este Nápoles Velada consegue.

O que se estabelece e consolida-se é uma trama de mistério, envolvendo questões psicológicas, além de policiais. Conforme a sinopse divulga, trata-se de um filme ‘visual e emotivamente barroco’.

A história direciona a atenção para Adriana (Giovanna Mezzogiorno), médica especialista em autópsias que conhece Andrea (Alessandro Borghi) em uma festa. A atração mútua é intensa. E, logo depois de cruzarem e fixarem olhares, Adriana e Andrea protagonizam uma ardente cena de sexo. Adriana fica encantada com os atributos físicos e comportamentais do rapaz e logo marcam um segundo encontro na sala secreta do Museu Arqueológico (o filme pretende ser uma homenagem à cidade do sul da Itália, conforme consta logo nos créditos iniciais e, dessa forma, o roteiro passeia por pontos turísticos do local. O Museu Arqueológico, com uma cena importante dentro dele, é um exemplo disso). O que acontece depois do agendamento do segundo encontro não convém entregar aqui.

O que se estabelece e consolida-se é uma trama de mistério, envolvendo questões psicológicas, além de policiais. Conforme a sinopse divulga, trata-se de um filme “visual e emotivamente barroco”. E assim é. Em vários momentos, percebe-se uma grande quantidade de elementos na mise en scène, ou seja, no conjunto de tudo aquilo que é “colocado em cena” em termos de cenário, figurino, sonoplastia, disposição dos atores etc. São estátuas, quadros e muitos outros objetos de decoração que compõem as cenas.

Além disso, o emocional da protagonista é um labirinto no qual o espectador é compulsória e elegantemente convidado a ingressar na medida em que a história transcorre. Justamente por esse último motivo, é preciso prestar muita atenção na cena inicial que acontece na escadaria espiralada. O que aparenta, de início, ser uma espécie de apêndice, algo descolado do restante, é um prólogo que faz muito sentido depois.

Nápoles Velada não é necessariamente um filme que ficará por anos na memória do espectador. Mas enquanto os fotogramas vão se sucedendo diante dos olhos de quem assiste, configura-se uma narrativa capaz de entreter. É um entretenimento que advém de uma aura constituída por mistério e sensualidade, complementada visualmente por arte espalhada por inúmeros cantos.

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Tags: Alessandro BorghiCinemaCríticaCrítica CinematográficaCrítica de CinemaFerzan OzpetekGiovanna MezzogiornoMovie ReviewNápoles VeladaResenhaReview

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