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Os jogos teatrais de poder em ‘A Pele de Vênus’

Em 'A Pele de Vênus', Roman Polanski cria um fascinante embate de poder que envolve sexo, mentiras e intensa teatralidade, sem escoar no artificialismo.

porPaulo Camargo
2 de outubro de 2015
em Cinema
A A
A Pele de Venus

Imagem: Divulgação.

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O cineasta franco-polonês Roman Polanski ama os atores e brincar com eles em tramas conduzidas pelos personagens e suas complexas subjetividades. Embora seja uma grande produção de época, O Pianista (2002), filme que lhe deu o Oscar de melhor direção, é no fundo um longo dissecar do corpo e da mente do protagonista, o instrumentista judeu Waldyslaw Spzpilman (Adrien Brody), que sobrevive ao Holocausto por manter-se escondido no Polônia durante um longo período, enfrentando os fantasmas da morte, da fome e, sobretudo, da solidão mais profunda.

Em muitos dos longas-metragens de Polanski, como O Bebê de Rosemary (1968) e Deus da Carnificina (2011), o número de personagens centrais é limitado, pois o diretor, ele mesmo um sobrevivente da Segunda Guerra Mundial e de outras tragédias pessoais, tem verdadeiro fascínio pelos jogos que se estabelecem entre eles, envolvendo amor, sedução, dependência emocional e, em muitos casos, o controle pelo poder de uns sobre os outros, do corpo físico ao discurso, passando pela alma.

No ótimo A Pele de Vênus, há apenas dois protagonistas e a ação se passa quase toda no interior de um teatro, que aqui, além de espaço cênico, serve de metáfora para falar sobre o jogo da vida. O escritor-diretor Thomas (Mathieu Amalric, de O Escafandro e a Borboleta) está a testar candidatas para encabeçar o elenco da peça A Pele de Vênus. Quando uma delas, Vanda (Emmanuelle Seigner, a mulher de Polanski), chega atrasada para o teste, ele se irrita: ela tem a aparência vulgar e parece inadequada para o papel, mas insiste em fazer o teste. E acaba por transformar-se em uma atraente dama do século XIX, surpreendendo Thomas.

No ótimo A Pele de Vênus, há apenas dois protagonistas e a ação se passa quase toda no interior de um teatro, que aqui, além de espaço cênico, serve de metáfora para falar sobre o jogo da vida.

Ele, que dava sinais claros de tirania e autoritarismo, aos poucos se vê enredado pela atriz, que de presa se torna caçadora. Ela assume as rédeas do jogo, o subjugando, humilhando e o fazendo questionar seu talento como encenador e amante.

Há muito em jogo em A Pele de Vênus – não à toa em inglês (play) e em francês (jouer), idioma em que o longa é falado -, o verbo que se utiliza para interpretar no teatro tem o mesmo significado de jogar, ou brincar.

E é o que Vanda faz com Thomas e Polanski faz com o espectador, confundindo suas expectativas, em um fascinante quebra-cabeças, que nos desafia e seduz. Em uma atmosfera teatral, mas que não abre mão da linguagem cinematográfica, Polanski discute fetichismo e travestimento, como marcadores de sexualidade, mas também de poder.

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Tags: A Pele de VênusCinemaCrítica de CinemaEmmanuelle SeignerMathieu AlmaricpoderRoman Polanskisexo

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