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‘Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo’ é uma exaltação ao grupo e às quebradas

Dirigido por Juliana Vicente, documentário ‘Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo’, da Netflix, celebra a trajetória de um dos maiores grupos da história da música brasileira, enquanto o apresenta a uma nova geração.

porAlejandro Mercado
9 de dezembro de 2022
em Cinema
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‘Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo’ é uma exaltação ao grupo e às quebradas

Grupo ganhou olhar atento da diretora Juliana Vicente. Imagem: Netflix/Divulgação.

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Não é tarefa difícil compreender a importância dos Racionais MC’s para a música brasileira. Contudo, para fãs, mas especialmente para leigos, a Netflix lançou o majestoso documentário Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo.

O filme é fruto de uma facilmente inteligível obsessão da diretora Juliana Vicente com a banda, como a própria contou em entrevista ao Nós, Mulheres da Periferia. “Fiquei sete anos obcecada, construindo esse roteiro, fazendo mil ligações e somando com uma série de outras experiências que me atravessaram nesse tempo”, contou à jornalista Beatriz de Oliveira.

O documentário atravessa toda a carreira do grupo de rap mais importante da América Latina, radiografando, também, uma parcela importante do Brasil periférico pós-ditadura. Coincidência ou não, o contexto em que os Racionais emerge é carregando da energia negativa que permaneceu no país que anistiou os militares.

A periferia brasileira sempre foi a antítese do país imaginado pela ditadura.

A periferia brasileira sempre foi a antítese do país imaginado pela ditadura. Não por acaso, o método de agir das polícias militares é muito característico do período de exceção pelo qual passamos. A perseguição, as ameaças, o medo, tudo temperado com a pior dose possível de um país racista que não enfrentou, até hoje, seu passado escravocrata.

As imagens de arquivo utilizadas pela diretora do longa-metragem ajudam a enriquecer a narrativa. Se tudo está em disputa nesse Brasil do avesso, Juliana Vicente capta bem a importância de abrir os porões da memória.

Claro que nada seria tão impactante sem a presença dos quatro rappers. Mano Brown, KL Jay, Edi Rock e Ice Blue preenchem a colcha de retalhos com suas recordações, em uma espécie de convite a um mergulho nas entranhas de um Brasil à margem. E essas histórias são simples de serem assimiladas. Como canta o grupo Código Fatal em “É o Respeito que Prevalece”, “Qualquer quebrada é quebrada em qualquer lugar”.

A fotografia do filme, a cargo do trio Flávio Rebouças, Rodrigo Machado e Carlos Firmino, e a direção de arte, comandada por Isabel Xavier, parecem simples, à primeira vista. No entanto, Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo tem um plano.

Rádios, livrarias, universidades e, agora, cinema. Racionais MC's parece desconhecer limites
Rádios, livrarias, universidades e, agora, cinema. Racionais MC’s parece desconhecer limites. Imagem: Netflix/Divulgação.

Isolados, os entrevistados ficam à meia-luz, situação que se modifica quando os quatro músicos ficam juntos, sentados em cadeiras ao redor de uma mesa. Bebem, fumam, conversam e riem, representando o direito à liberdade da periferia negra. Não há espaço para negação no documentário de Vicente, apenas os quatro pês. Poder para o povo preto.

Mas sua lente, tão acostumada às temáticas preta, indígena e LGBTQIA+, também dá atenção às mulheres. A diretora recupera um olhar que já havia traçado no curta As Minas do Rap, de 2015. Suas personagens recebem, quase todas, iluminação e enquadramento diferentes. O filme é sobre elas também, que narram, a partir de suas perspectivas, como os quatro homens negros se tornaram um espírito coletivo de luz.

Os Racionais MC’s subvertem as possibilidade de Brasil. O filme de Juliana é o testemunho disso. Uma justa perpetuação da garra das periferias brasileiras. É como se estivéssemos diante de um gol de Pelé, de um livro de Maria Carolina de Jesus ou Luiz Gama, da voz única de Elza Soares.

Os rappers paulistas merecem a exaltação de todo o país, além do recorte à margem que já os colocou de onde ninguém pode tirar. O Brasil é um país melhor pela existência deles, e o fim de ano pela audiência deste filme.

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Tags: CinemaCrítica CinematográficaDocumentárioEdi RockHip-HopIce BlueJuliana VicenteKl JayMano BrownNetflixRacionais McsRacionais: das ruas de São Paulo pro mundoRapResenha

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