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‘Uma História de Amor e Fúria’ é animação adulta sobre o Brasil

Ácido, ‘Uma História de Amor e Fúria’, de Luiz Bolognesi, provoca: “Meus heróis nunca viraram estátua; morreram lutando contra os caras que viraram”.

porTiago Bubniak
14 de agosto de 2018
em Cinema
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‘Uma História de Amor e Fúria’ é animação adulta sobre o Brasil

Imagem: Reprodução.

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“Viver sem conhecer o passado é andar no escuro”. Em vários momentos, essa verdade, tão incômoda para os brasileiros porque tão negligenciada, ecoa durante a exibição de Uma História de Amor e Fúria. O filme provoca, sim. E já começa pela proposta inovadora: uma animação tupiniquim falando de História do Brasil. Mas com uma ótica distinta daquela com a qual os pequenos estão habituados a se deparar nos livros didáticos. Este trabalho, aliás, que conta com direção e roteiro de Luiz Bolognesi, é mais voltado aos adultos. Se os traços dos desenhos e toda a bela direção de arte são convidativos para o público infantil, a acidez e o conteúdo da trama restringem a faixa etária.

A história tem início na Guanabara, em 1566. Janaína e Abeguar, um casal de índios tupinambás, são os protagonistas. Quem empresta a voz aos personagens são, respectivamente, Camila Pitanga e Selton Mello. Rodrigo Santoro também participa em momentos distintos. Esse “primeiro capítulo” da trama mostra a fundação do Estado do Rio de Janeiro. Ao assumir a forma de um pássaro, Abeguar consegue pular no calendário e, com ele, leva os espectadores. São seiscentos anos de narrativa, com o casal se reencontrando em épocas e contextos diferentes.

Os traços dos desenhos e toda a bela direção de arte podem até ser convidativos para o público infantil, mas a acidez e o conteúdo da trama restringem a faixa etária.

O segundo recorte histórico retratado é a Balaiada, no Maranhão, em 1825. É nesse momento que se mostra um lado nada oficial do Duque de Caxias, “Patrono do Exército Brasileiro”. O “terceiro capítulo” acontece no Rio de Janeiro, em 1968, e enfoca a ditadura militar, com uma rápida passagem por 1980.

A animação termina em 2096, retratando um Rio de Janeiro marcado pela escassez de água potável. Mesmo sendo uma viagem por períodos e contextos distintos, há um consenso evidenciado pela conclusão antológica do protagonista: “Meus heróis nunca viraram estátua. Morreram lutando contra os caras que viraram”.

Além da crítica histórica, merece destaque o cuidadoso trabalho da equipe de direção de arte, que conseguiu um resultado louvável na construção de cenários, personagens, objetos de cena e, também, no emprego das cores. Além disso, a canção “No Olimpo”, do grupo Nação Zumbi, é uma escolha extremamente oportuna para concluir a animação: “Todos os dias nascem deuses, alguns maiores e outros menores do que você”.

O DVD contém um extra chamado Só para educadores. Apesar do título, é imperdível para todos. Em 13 minutos, Luiz Bolognesi faz um retrato sociológico e histórico bastante crítico do Brasil. Sem dúvida, é um estimulante para quem já defendeu com paixão que “o Gigante acordou”. Uma História de Amor e Fúria, em si, já é um antídoto contra os soníferos, constantemente borrifados de tudo quanto é lado.

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Tags: Camila PitangaCinemaCrítica CinematográficaCrítica de CinemaFilm ReviewLuiz BolognesiMovie ReviewNação ZumbiResenhaSelton MelloUma História de Amor e Fúria

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