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O cinema de horror brasileiro em 2019

Coluna faz um balanço sobre como foi o ano do horror no cinema brasileiro. Ao menos uma dezena de títulos do gênero chegou às salas comerciais do país.

porRodolfo Stancki
18 de dezembro de 2019
em Espanto
A A
Cena do filme 'Morto Não Fala', de Dennison Ramalho. Imagem: Reprodução.

Cena do filme 'Morto Não Fala', de Dennison Ramalho. Imagem: Reprodução.

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Há um velho ditado entre consumidores de cinema de horror que diz que tempos sombrios rendem filmes sombrios. Diante de um cenário político-cultural de ascensão de movimentos autoritários e de censura, parece natural que a arte responda à conjuntura social – mesmo que de forma inconsciente – com produções repletas de alegorias e imagens de violência.

A associação entre o momento em que vivemos e o que se produz e se consome nas telas pode parecer forçada a alguns. De qualquer forma, estamos passando por uma “Era de Ouro” do horror no cinema brasileiro durante um período muito difícil para nossa democracia.

A instabilidade política e o favorecimento às classes sociais mais altas, por exemplo, aparecem fortemente em títulos como Bacurau (2019), de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, e O Clube dos Canibais (2018), de Guto Parente. No primeiro, uma cidade do sertão nordestino está prestes a ser dizimada por ricos caçadores norte-americanos. No segundo, membros da alta sociedade cearense devoram seus empregados em rituais de luxúria.

O paternalismo da sociedade brasileira é certamente colocado em xeque por títulos como A Sombra do Pai (2019), de Gabriela Amaral Almeida, que retrata uma família em que a criança assume as responsabilidades do pai doente e da mãe morta; e Morto Não Fala (2018), de Dennison Ramalho, uma obra sobre um homem que mata a própria esposa usando informações repassadas por defuntos em um necrotério e precisa lidar com o espírito vingativo da mulher.

O futuro da indústria cinematográfica nacional, diante dos ataques ao financiamento estatal por parte do governo, ainda é bastante incerto.

Podemos pensar que as imagens dos adolescentes sem essência espiritual de A Noite Amarela (2019), de Ramon Porto Mota, funcionem como uma metáfora para a juventude brasileira, que vive sem perspectivas de um futuro melhor. Da mesma forma, é possível interpretar que a maldição do escravo vivido por Criolo contra a linhagem de uma família branca no filme O Juízo (2019), de Andrucha Waddington, ecoa o modo como nossa sociedade foi construída sobre a violenta exploração de mão de obra negra.

A política é inerente ao cinema de horror (leia mais). Se o gênero funciona como um mapa dos nossos medos, este 2019 rendeu um prato cheio de obras que nos ajudam a entender os temores do Brasil contemporâneo. Um levantamento feito pela coluna, ao lado dos jornalista Marcelo Miranda, do podcast Saco de Ossos, e Carlos Primati, da Filmoteca do Horror Brasileiro, mostrou que foram lançados comercialmente ao menos 14 produções de horror nas salas brasileiras este ano. Isso sem contar os títulos independentes e/ou que circularam somente em festivais. Confira a lista abaixo:

– Albatroz (2019), de Daniel Augusto;
– Bacurau (2019), de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles;
– Clube dos Canibais (2019), de Guto Parente;
– A Fera na Selva (2017), de Paulo Betti e Eliane Giardini;
– Histórias Estranhas (2017), de Marcos DeBrito, Ricardo Ghiorzi; Rodrigo Brandão, Kapel Furman, Taísa Ennes Marques, Paulo Biscaia Filho, Claudio Ellovitch e Filipe Ferreira;
– Intruso (2019), de Paulo Fontenelle;
– Os Jovens Baumann (2018), de Bruna Carvalho Almeida;
– O Juízo (2019), de Andrucha Waddington;
– Mal Nosso (2017), de Samuel Galli;
– Mormaço (2019), de Marina Meliande;
– Morto Não Fala (2018), de Dennison de Oliveira;
– A Noite Amarela (2019), de Ramon Porto Mota;
– Recife Assombrado (2019), de Adriano Portela;
– A Sombra do Pai (2019), de Gabriela Amaral Almeida.

O futuro da indústria cinematográfica nacional, diante dos ataques ao financiamento estatal por parte do governo, ainda é bastante incerto. De qualquer forma, muitas produções já despontam no horizonte mostrando que os artistas do horror brasileiro estão dispostos a manter o ritmo de produção. Para o próximo ano, podemos esperar pelas estreias de O Cemitério das Almas Perdidas (2020), um épico de vampiros do cineasta Rodrigo Aragão; o drama de horror Sem Seu Sangue (20190), de Alice Furtado; e o suspense Macabro (2019), de Marcos Prado; entre outros.

Nosso cinema vai resistir o quanto puder.

Fizemos um vídeo para celebrar o filmes lançados em 2019. Confira abaixo:

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Tags: A sombra do paiBacurauCinema NacionalClube dos CanibaisDennison Ramalhohorror brasileiro em 2019Morto Não Falaretrospectiva do horror brasileiro

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