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Quando o cinema de horror americano deixou de dar medo

porRodolfo Stancki
16 de outubro de 2019
em Espanto
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A atriz Kathleen Hughes em uma peça de divulgação do filme 'A ameaça que veio do espaço' (1953). Imagem: Reprodução.

A atriz Kathleen Hughes em uma peça de divulgação do filme 'A ameaça que veio do espaço' (1953). Imagem: Reprodução.

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O historiador Carlos Clarens é um dos primeiros autores a discutir o cinema de horror de uma maneira séria nos Estados Unidos. Seu clássico An Illustrated History Of Horror And Science-fiction Films: The Classic Era, 1895-1967, de 1967, trazia como questionamento um dos grandes dilemas envolvendo o senso comum sobre o gênero: o de que essas narrativas precisam dar medo no público.  

Para o autor, a discussão era superada já naquele período. Afinal, a televisão havia transformado o terror em um programa para crianças. “Isso foi conclusivamente comprovado quando os filmes clássicos do horror americanos da década de 1930 começaram a aparecer na televisão quase uma década atrás. Coisas que nos faziam tremer trinta anos atrás perderam seu poder horrífico e, ainda assim, elas fazem sucesso, poderosas como nunca foram”, escreveu ele. 

Essa percepção de que o horror não dava mais medo começa a mudar a partir de 1960 com a estreia de Psicose, de Alfred Hitchcock.

As sessões de matinê das décadas de 1950 e 1960 eram repletas de garotos, que fugiam de suas famílias para assistirem às histórias de monstros espaciais e criaturas radioativas  na tela grande. O grande maestro desses espetáculos era o cineasta William Castle. Sujeitos como Stephen King, Joe Dante e Steven Spielberg são alguns dos que foram profundamente influenciados por essas experiências na infância.

Essa percepção de que o horror não dava mais medo começa a mudar a partir de 1960 com a estreia de Psicose, de Alfred Hitchcock. Em 1968, ao menos duas produções balançaram de vez os pilares do gênero e alteraram a ideia  de que o horrífico deveria ser feito para crianças nos EUA. 

A primeira delas é O Bebê de Rosemary (1968), de Roman Polanski. O filme dava adeus à atmosfera gótica dos enredos da Hammer e trazia um conto absolutamente contemporâneo sobre um marido que trama com os vizinhos para dar o corpo da mulher em troca de sucesso. Certamente uma temática inapropriada para crianças. 

A Noite dos Mortos-Vivos é a segunda. O crítico de cinema Roger Ebert afirma que uma sessão da obra de George Romero deixou o público mais novo estarrecido, sem saber como lidar com a violência que aparecia diante de seus olhos. Veja um trecho do relato dele (que já citei anteriormente em outro texto): “As crianças na plateia ficaram atordoadas. Estava um silêncio quase completo. O filme havia deixado de ser deliciosamente assustador pela metade e se tornara terrível de uma forma inesperada.”

Com a chegada de títulos como Aniversário Macabro (1972), O Exorcista (1973) e O Massacre da Serra Elétrica (1974), a afirmação de Clarens envelheceu rapidamente e praticamente perdeu sentido. Na primeira metade da década de 1970, o horror havia voltado a dar medo no cinema. Muito medo. Hoje, esses filmes continuam perturbadores e são fortemente desaconselhados para as crianças.

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Tags: A Noite dos Mortos-VivosCarlos ClarensCinema de HorrorHorrorHorror and Science Fiction Moviesnew horrorO Bebê de RosemaryRoger Ebert

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