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A saga das mães Gilmore

'Gilmore Girls' revela a dor e a delícia de ser mãe, filha, avó e amiga. Revival estreia nesta sexta (25/11) na Netflix.

porTaiana Bubniak
25 de novembro de 2016
em Maternamente
A A
A saga das mães Gilmore

Imagem: Reprodução.

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Nesta semana de contagem regressiva para um digníssimo “remember” com uma antiga série querida – Gilmore Girls – acredito que é justo falar sobre a saga. Eu assistia o desenrolar da história de Lorelai (Lauren Graham), Rory (Alexis Bledel) e Emily (Kelly Bishop) quando era adolescente e adorava a saga fantasiosa e açucarada (até demais em alguns momentos).

Eu queria ser jornalista, assim como uma das protagonistas, também amava (amo) café, fast food e estudar. Absorvi algumas das muitas referências culturais citadas na série, aprendi sobre um tipo de humor específico (ainda incompreendido) e sobre cinismo.

Também vivia os meus próprios conflitos sociais, geracionais e, como outros milhões de meninas adolescentes, me identificava com as personagens femininas – que aliás, dominam o enredo (ponto positivo para a série). Na minha pequena cidade do interior, salada não era opcional.

Até um dos motivos para adiar os planos sobre ser mãe veio de uma fala do enredo que me marcou demais. Luke (Scottt Patterson) não gosta muito de crianças e em algum momento lá pela 4ª temporada, se não me engano, argumenta que elas têm “mãos de geleia”, mãozinhas sempre melecadas com algo que não se sabe o que é.

De fato, crianças tem “mãos de geleia” e encostam os dedos sujos nos lugares mais inapropriados, como uma roupa preta (que fica manchada), o rosto de outra pessoa (que geralmente é um estranho), enfim… Por sorte, não levei em conta esse aspecto de maneira séria – embora ele seja absolutamente verdadeiro.

Pensei em quanto esforço nós, mães/pais, fazemos (e fizeram por nós) que em nenhum momento será reconhecido (sim, somos todos ingratos), mas a roda da vida é justamente essa: você faz por alguém o que já fizeram por ti e nunca haverá retribuição suficiente para o amor materno/paterno.

Na contagem regressiva para a estreia de Gilmore Girls – Um Ano para Recordar, quatro episódios lançados hoje (25/11) pela Netflix – revi alguns dos episódios esparsos ao longo das sete temporadas para entrar no clima e matar a saudade dos personagens.

Qual não foi minha surpresa ao perceber que, agora que sou mãe e que estou um pouco mais amadurecida, o enredo me diz muito mais do que quando era adolescente.

Se antes eu via uma “mãe chata”, a Emily, e uma “mãe legal”, a Lorelai, agora vi duas mães que se esforçam ao máximo pelo bem-estar da filha, independente do estilo e da maneira de agir.

Me saltou aos olhos a importância de manter a comunicação com os filhos, quiçá um dos maiores desafios da criação, uma vez que décadas nos separam dos nossos rebentos.

Pensei em quanto esforço nós, mães/pais, fazemos (e fizeram por nós) que em nenhum momento será reconhecido (sim, somos todos ingratos), mas a roda da vida é justamente essa: você faz por alguém o que já fizeram por ti e nunca haverá retribuição suficiente para o amor materno/paterno.

Reafirmei para mim mesma que ter filhos é entender que as coisas saem um pouco (ou muito) do controle, mas que em geral tentar manter o controle é insano demais, então com filhos temos menos tempo e dinheiro, mas muito mais saúde mental.

Acredito que a série, muito mais do que romance ou dramas adolescentes, diz muito sobre a força da mãe, a importância que essa figura representa, a influência indiscutível das nossas mães em todos nós. Importa inclusive os conflitos – pedras no sapato que tornam ambos, pais e filhos, sempre melhores.

Um dia, vou indicar a série para minhas filhas e, quem sabe, assistiremos todas juntas, quem sabe nos primeiros momentos de fossa da adolescência das minhas criaturas (olha a expectativa materna, risos). Gilmore Girls é uma série sobre como é difícil essa jornada, como ser mãe, avó, filha, amiga, gera incompreensões, mas também de como essas imperfeições fazem parte do que a gente é, e o quanto é importante reconhecê-las.

A previsão do tempo para o fim de semana é de chuva e desejo a todos um bom revival de Gilmore Girls, de preferência, regada a café e pizza, para matar a saudade de Stars Hollow e seus habitantes peculiares.

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Tags: avôcriação dos filhoscultura maternagilmore girlsLorelaiMãeMaternidadeNetflixRoryStars Hollow

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