Chegou o tempo do tédio

Na minha recente – porém intensa – experiência na maternidade, creio que cheguei a um marco: as primeiras férias escolares. Minha filha tem um ano e meio e há quatro meses vai, por meio período, para um berçário em uma escola municipal (depois que percebi que aliar o cuidado com a pequena com as atividades cotidianas do trabalho estava ficando muito cansativo e estressante – para ambas). O início da vida escolar foi tranquilo e agradável. A pequena mal terminava de almoçar e já começava a dizer “cola, cola, cola, cola” (escola no idioma local…). No fim da tarde, sempre encontrei uma criança sorridente e com ares de satisfação.

Pois, eis que chegou o último dia de aula e agora me vejo diante de um dilema: explicar que agora não tem escola e equilibrar as doses necessárias de passatempos e atividades. Tenho apenas uma certeza. Ela vai se entediar. Não acredito que isso seja um problema, afinal, precisamos aprender a lidar com o tédio e os momentos de silêncio ou sem nada para fazer, a médio e longo prazo, são essenciais. C’est la vie, filhota!!!

No entanto, sei que esse tempo de férias demandará um esforço da parte adulta da relação: teremos de inventar atividades, brincadeiras e passeios para que ela se distraia, brinque com ouras crianças e tenha contato com o mundo lá fora. Nada forçado, nada programado milimetricamente, nada previsto. Apenas tenho em mente que terei de recorrer a alguns artifícios que vão além da tevê (que sim, é o jeito mais fácil de distrair uma criança; porém o mais assustador – pelo poder de deixá-las vidradas e imóveis).

Esse tempo de férias demandará um esforço da parte adulta da relação: teremos de inventar atividades, brincadeiras e passeios para que ela se distraia, brinque com ouras crianças e tenha contato com o mundo lá fora.

Acredito no meio termo: um pouco de desenho, um pouco de brincadeiras no quintal, um pouco de nada para fazer – apenas acompanhar a vida adulta transcorrendo, um pouco de parquinho na praça, adicione uma visitas em casas de parentes e amigos… A expectativa mais otimista é que todos sobreviveremos, mesmo com alguns dias de choro constante e mau humor (não só por parte da criança…).

Tem um ditado antigo que diz que é preciso uma vila para criar crianças: ninguém cria filhos sozinhos e a sabedoria popular vem do tempo em que tios, primos, avós e vizinhos da rua estavam conectados de fato com a vida alheia e os cuidados e preocupações eram realmente partilhados. Embora eu conte com avós próximos, recorro sempre à “vila virtual” e, no mundo online, alguns endereços e perfis são muito úteis na hora de pensar atividades e brincadeiras para os filhotes.

Sim, para mim, uma adulta que passou muito tempo sendo apenas adulta (inclusive enquanto era criança), é difícil se desprender dos rótulos e brincar naturalmente. Ainda é um processo e eu preciso de apoio, risos. Então, vamos distrair as crianças e, além de colocar DVDs e ligar a Netflix, segura a criançada um tempinho e dá uma olhada nessas brincadeiras todas que você pode achar nesses endereços:

Tempo junto: Talvez meu endereço favorito nesse tempo como mãe. Muitas dicas de brincadeiras e atividades, daquelas que você pensa “mas como é que eu não pensei nisso antes”, porque a maioria envolve utensílios domésticos, coisas fáceis que estão sempre à mão.

Brincadeirices: perfil no Instagram com várias brincadeiras, alimentado por uma mãe de dois, que apresenta o mundo de atividades lúdicas dos filhos. Também reúne ideias fáceis e baratas.

Sem pilhas: Inspiração para deixar a preguiça de lado e sair com a cria de casa para viver ao ar livre, de preferência sem celular. Também um perfil no Instagram, com dicas e informações sobre brincadeiras.

Mamãe cria e brinca: Sim, é o site de uma loja virtual, mas o blog reúne boas seções de brincadeiras e de formas de incentivar os pequenos nas atividades que exigem mais do corpo, como andar, pular, correr, entre outras.

Curtindo com crianças: O endereço traz dicas e inspirações sobre viagens e passeios com crianças. A autora divide as experiências que teve com os filhos e escreve bastante sobre viajar e passear com os pequenos.