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‘Procurando Dory’: adulto mimado dá mais trabalho que criança

Estreia da animação 'Procurando Dory' no Brasil, ontem, alvoroçou alguns jovens adultos que erraram a mão na brincadeira e ofenderam pais e filhos.

porTaiana Bubniak
1 de julho de 2016
em Maternamente
A A
Adulto mimado dá mais trabalho que criança

Imagem: Pixar/Reprodução.

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Há uma linha tênue e controversa entre humor e grosseria. A discussão renderia volumes enciclopédicos de argumentos pró e contra o considerado “politicamente correto” e à “liberdade de expressão”.

Sempre haverá discordância porque é uma posição bastante pessoal e, sendo bastante pessoal, vamos então defender que todos podemos expor nossos pontos de vista. Aqui vai o meu sobre um “fato de internet” que por acaso acompanhei nessa semana e que diz respeito ao (nem sempre) maravilhoso mundo da maternidade.

Uma página do Facebook que publica conteúdo informativo sobre filmes da Disney resolveu traduzir uma piadinha que já estava rolando na comunidade 9GAG sobre a estreia do filme Procurando Dory, continuação esperada de Procurando Nemo (Pixar, 2003).

Em linhas gerais, o texto diz que os pais não devem levar os filhos pequenos ao cinema para ver o filme, afinal, há quem espere pela continuação da história há 13 anos e que as crianças não vão entender a história. Por isso, se necessário, vão “empurrar” as crianças (!!!!). Além disso, afirma que pais podem esperar e comprar o DVD quando sair, para assistir em casa.

(…)

Ok. Pode ter graça para alguém. Mas a graça deve acabar e fica indefensável quando envolve incitação à violência. Principalmente porque, em geral, crianças são bem menores e indefesas. Defendo a liberdade e a piada deve ser feita – afinal, todo mundo quer uma sessão de cinema tranquila, independente se o obstáculo para isso seja uma criança chorando ou um adulto atendendo o celular, jogando pipoca no chão, conversando alto, filmando e tirando fotos, etc (a lista de problemas que um adulto pode criar é gigantesca) -, inclusive foi realizada de forma muito mais suave e até aceitável, pelo Sensacionalista.

Mas o fato mostra a ponta de um iceberg frequentemente ignorado que é a exclusão social das crianças – e por consequência, dos pais. Há quem defenda abertamente que não quer conviver com crianças, há donos de estabelecimentos que proíbem a entrada de crianças, há quem exclua do convívio quem tem filhos.

Mas o fato mostra a ponta de um iceberg frequentemente ignorado que é a exclusão social das crianças – e por consequência, dos pais.

Você pode dizer que “não é nada”, pode dizer que é “mimimi”. Mas é um preconceito como qualquer outro: todos, em sociedade, temos que conviver com pessoas diferentes de nós, de variadas idades, raças, religiões. A comparação extrema e ridícula para ver se fica claro: você não tem mais avós, mas não é uma escolha conviver com idosos na sociedade.

Não é compulsório ter filhos (ufa), mas é obrigatório saber conviver e entender que as crianças fazem parte da sociedade, precisam ser respeitados como indivíduos e aceitos com empatia. Essa necessidade de convívio fica ainda mais evidente quando se trata de uma atração voltada para o público infantil, como o filme Procurando Dory, que tem indicação etária livre.

As “crianças dos anos 90” que pedem para assistir ao filme “em paz”, infelizmente, refletem uma geração de adultos mimados, que não aceitam se as coisas não acontecem exatamente do jeito que esperam e que ainda não aprenderam a conviver socialmente: ainda acreditam que estão no colégio e precisam reafirmar suas panelinhas.

Pais de todo o mundo, levem seus filhos onde for adequado e onde eles estiverem felizes e satisfeitos e, por favor, não se intimidem com as ameaças dos adultos mimados, ou melhor, marmanjos opressores. Os ambientes já não viabilizam a presença de crianças (espaços inadequados, inseguros), então contamos com a empatia da sociedade. Não queremos que todos interajam com nossos filhos e os façam sorrir. Apenas respeitar.

Recomendo às “crianças dos anos 90” um bom terapeuta para resolver os problemas com a sua própria infância. Porque essa ojeriza às crianças, acho que nem Freud, mas talvez terapia de choque, quem sabe… Mas olha, levem na brincadeira, tá?

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Tags: convíviocriançascultura e maternidadeexclusão socialmãespaisProcurando Dorysociedade

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