No dia 17 de janeiro, às 19 horas, abriu no SESC Paço da Liberdade, em Curitiba, a exposição Como habitar territórios estranhos.
A mostra conta com 10 artistas. Ela faz parte do Projeto Permanente de Desenvolvimento e Experimentação em Artes Visuais do SESC, que é uma espécie de laboratório onde artistas, por meio de edital, se reúnem para discutir, pensar e amadurecer sua produção.
Na exposição, os artistas apresentam o resultado de tudo que foi desenvolvido durante o projeto, que durou cerca de 10 meses e contou com encontros, cursos, conversas e envolvimento em diferentes momentos da realização.
Construindo juntos
Para os visitantes, as exposições nos espaços públicos são sempre, no mínimo, oportunidades para ver produções interessantes, que instiguem o olhar e a consciência.
Já para os artistas que concebem uma exposição do zero, o exercício é muito mais complexo. Quando vários artistas produzem tendo como objetivo final uma exposição, tendo trocas e diálogos no meio do caminho, o resultado como um todo é bastante vantajoso para a evolução profissional de todos os envolvidos.
No caso da exposição Como habitar territórios estranhos, o que se vê no espaço expositivo é fruto do trabalho de todos os envolvidos. Da concepção individual dos trabalhos, passando pela curadoria e expografia, o projeto contou com participação de múltiplas opiniões dos artistas. Assim, é possível ver a exposição como um todo sendo de responsabilidade de todos, não apenas de um curador ou um pequeno grupo de responsáveis.
A mostra conta com 10 artistas. Ela faz parte do Projeto Permanente de Desenvolvimento e Experimentação em Artes Visuais do SESC, que é uma espécie de laboratório onde artistas, por meio de edital, se reúnem para discutir, pensar e amadurecer sua produção.
A própria “amarração” destes trabalhos para poder conceber uma espécie de fio condutor para a exposição e sua temática foi um grande exercício proposto, importante e desafiador para os artistas.
O artista Eduardo Barbosa, que participa da mostra, falou em entrevista: “O edital tinha essa proposta de reunir diversos artistas, com discussões muito diferentes entre si. O desafio mesmo foi ‘costurar’ essas poéticas que estão em lugares muito distintos dentro do campo da arte”.
Segundo Lucas Alameda, outro artista que participa da exposição, pensar onde as obras seriam colocadas no espaço expositivo e que relações fariam entre si foi um processo que demandou tempo e várias discussões. Os artistas foram estimulados a pensar que tipo de reação o seu trabalho criava no do outro dentro do espaço.
Lucas comenta que, para exercitar esta relação de alteridade, foram utilizados inclusives jogos de tabuleiro que serviram como metáforas para as ações que estavam sendo desenvolvidas no projeto.
Assim, resultando de diversas etapas de realização e exibindo produções de universos bastante distintos, a exposição Como habitar territórios estranhos é uma oportunidade de conhecer o resultado do trabalhos de jovens artistas em contato com o mundo profissional da arte.
A exposição abre no dia 17 de janeiro e fica em exposição até 17 de março. Participam dela os artistas Diego Cortes, Dr.Anti-fun96, Eduardo Barbosa Feitosa Junior, Fernando Moleta, Isabela Picheth, João John, Lucas Alameda, Matheus Tangerino, Thallyta Piovezan, Val Grzyb.
SERVIÇO | Exposição Como habitar territórios estranhos
Quando: de 17 de janeiro a 17 de março;
Onde: SESC Paço da Liberdade, Praça Generoso Marques, 189 – Curitiba/PR;
Quanto: Gratuito.