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Home Crônicas Alejandro Mercado

Eu tive uma banda

porAlejandro Mercado
10 de julho de 2015
em Alejandro Mercado
A A
"Eu tive uma banda", crônica de Alejandro Mercado

Imagem: Reprodução.

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Aprendi a tocar violão com 11 anos de idade. A primeira música que aprendi foi “Pra não dizer que não falei das flores”, sucesso na voz de Geraldo Vandré. Tá certo que não era das canções mais complicadas, mas ao conseguir chegar ao fim de sua execução me senti tal qual Hendrix, apenas não botei fogo em meu violão Del Vecchio.

Dos primeiros mis e dós para a primeira banda não demorou muito. Tinha a criado antes mesmo de dominar o instrumento. Mentalmente, dividi o palco com meus grupos preferidos, virei um grande astro do rock and roll e protagonizei momentos ímpares na história da música.

Aos quinze anos montei a primeira com pessoas reais, de carne e osso, assim como eu. Dei o nome de Krusty, o palhaço dos Simpsons. Curiosamente, no início fiquei como baterista, quando o máximo que conseguia fazer era um “tu-tu-pá tu-tu-pá” completamente fora de ritmo. Obviamente o grupo não foi adiante.

“Mentalmente, dividi o palco com meus grupos preferidos, virei um grande astro do rock and roll e protagonizei momentos ímpares na história da música.”

Minha próxima tentativa foi mais promissora. Com 16 pra 17 anos estava envolvido com diversas leituras. À época tinha me apaixonado por Goethe e pelo início do romantismo alemão, o sturm und drang. Havia encontrado na literatura o nome da banda.

A Tempestade e Ímpeto (tradução para o português da expressão acima) era formada por Bruno, Sérgio e eu. Nos reuníamos semanalmente na casa da árvore dentro do Bosque dos Italianos para ensaiar, beber vinho barato e apresentar as novas composições. Realmente tinha em mim, como disse Pessoa, todos os sonhos do mundo. As letras deixavam isso claro.

Olhando hoje para as vinte, talvez trinta músicas que compusemos, algumas causam riso tamanha juventude e imaturidade impressas naqueles versos e acordes. Outras apenas me recordam de como sonhar com conquistas e acreditar que seria capaz de criar um mundo melhor com aquelas canções tornava mais fácil enfrentar os obstáculos do dia a dia.

Havia em nós três uma confiança imensa de que aquelas canções falariam ao coração das pessoas, enchendo-os de força e sonhos, novos sonhos. Ao gravá-las pela primeira vez, repeti a todos que nosso objetivo era mudar a vida de alguém, nem que fosse a nossa própria vida. Posso dizer a vocês, missão cumprida.

Tags: bandacançõesCrônicaJuventudeMúsica

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