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Home Crônicas Paulo Camargo

Os doces sonhos de Marília e Patsy

porPaulo Camargo
9 de novembro de 2021
em Paulo Camargo
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"Os doces sonhos de Marília e Patsy", crônica de Paulo Camargo.

Patsy Cline é um dos maiores nomes da música country de todos os tempos. Imagem: Reprodução.

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Em 5 de março de 1963, o avião monomotor em que viajava a cantora norte-americana Patsy Cline caiu na cidade norte-americana de Camden, estado do Tennessee, nos Estados Unidos. O acidente tirou a vida da artista, um dos maiores nomes da música country de todos os tempos, deixando seu país em choque. Ela tinha apenas 30 anos e deixou dois filhos pequenos, um de 5 e outro de 3 anos.

Dona de uma personalidade forte, independente, Patsy trouxe esse temperamento para sua forma apaixonada e também bastante moderna de cantar para os padrões de época. Tanto que foi uma das poucas intérpretes country de sua geração a ter o que chamam de apelo crossover e a ultrapassar os limites de seu gênero musical, para tornar-se popular também entre o público das grandes cidades, ouvintes de jazz, soul, rock e pop.

Como teve apenas três álbuns de estúdio gravados, todos bem-sucedidos, e sua morte trágica e prematura deixou seus fãs no vazio, muitas das canções de seu repertório, como “Crazy” (composta por Willie Nelson), tornaram-se clássicos do cancioneiro americano.

Eu conheci Patsy Cline na adolescência, quando assisti a O Destino Mudou Sua Vida (1980), cinebiografia de outra lenda feminina do country, a cantora Loretta Lynn, papel que deu a Sissy Spacek o Oscar de melhor atriz. As duas cantoras eram muito amigas e, no filme, Patsy é vivida por Beverly D’Angelo (de Hair). Para mim, foi amor à primeira audição: fiquei apaixonado por sua voz potente, profunda e cheia de verdade.

Cinco anos mais foi a vez da grande Jessica Lange viver Patsy nas telas, em Um Sonho, uma Lenda, título no Brasil de Sweet Dreams, nome de um dos maiores sucessos da cantora, primeira mulher na história a ser conduzida ao Country Music Hall of Fame.

Quase 60 anos separam as mortes muito semelhantes de Patsy Cline e Marília Mendonça, que dedicaram as suas breves, porém definitivas carreiras a canções de amor e dor demais, com suas raízes fincadas no interior profundo de seus respectivos países.

Conto tudo isso porque, desde que ouvi Marília Mendonça pela primeira vez, isso lá por 2015, 2016, graças a alunas que cantavam suas canções nos intervalos das aulas, Patsy sempre me veio à cabeça, apesar de a norte-americana, natural do estado da Virginia, não ser compositora como a goiana. Em um gênero no qual artistas são quase todos muito genéricos, fabricados em escala industrial, Marília era original, talentosa como intérprete e compositora. A sofrência de suas canções tinha verdade e sua voz forte me emocionava, provocando arrepios, como a de Patsy.

Quase 60 anos separam as mortes muito semelhantes de Patsy Cline e Marília Mendonça, que dedicaram as suas breves, porém definitivas carreiras, a canções de amor e dor demais, com suas raízes fincadas no interior profundo de seus respectivos países.

Quando soube do triste desaparecimento de Marília, foi inevitável pensar em Patsy e em versos de “Sweet Dreams”, aquela canção que deu nome ao filme sobre ela: “Por que eu não consigo te esquecer/ e começar minha vida de novo?/ Em vez de ter doces sonhos sobre você”. Que dueto entre Marília e Patsy, essa canção que fala de amor, dor e superação, não renderia!

Tags: acidentecountry musicCrônicaMarília MendonçamortePatsy Clinesertanejosofrência

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