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Home Crônicas Paulo Camargo

Vale a pena ver de novo

porPaulo Camargo
6 de junho de 2017
em Paulo Camargo
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"Vale a pena ver de novo", crônica de Paulo Camargo.

"The Sheridan Theater", tela de Edward Hopper: Reprodução.

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Rever um filme não é apenas vê-lo de novo. Pode ser uma espécie de reconexão com experiências estéticas guardadas na memória, mas também a possibilidade de descobrir o que não foi visto, ou descoberto, da primeira vez. O olhar muda, porque nunca somos exatamente a mesma pessoa. De certa forma, é como se a trama ganhasse um novo e inesperado personagem, que está fora mas também dentro da tela, a interferir com uma obra que julga-se conhecer, mas que revela novos sentidos e nos leva a outros lugares. Somos esse intruso coadjuvante.

Toda a vez que tenho uma vivência cinematográfica de alguma forma marcante, percebo em mim um conflito. Há sempre o impulso de repetir a dose, porém, esse desejo vem acompanhado de um certo temor. O medo de talvez não viver o mesmo encantamento, de perceber que o filme não era tão bom assim. Ou o receio de ter embarcado em um entusiasmo fugidio, que estava mais em mim do que na obra vista, fruto de um estado de espírito que se dissipou. Essa constatação pode ser um tanto frustrante, porque nosso senso crítico e subjetividade são colocados à prova. Mas digamos que esse desapontamento também seja um mal necessário. Uma espécie de prova de fogo.

Rever um filme não é apenas vê-lo de novo. Pode ser uma espécie de reconexão com experiências estéticas guardadas na memória, mas também a possibilidade de descobrir o que não foi visto, ou descoberto, da primeira vez. O olhar muda, porque nunca somos exatamente a mesma pessoa.

O contrário, no entanto, também pode ocorrer. Não foram poucas as vezes em que fui surpreendido com o tanto que não somos capazes de enxergar em uma primeira visão, por mais intensa que tenha sido esse primeiro contato com o obra. A tendência, pelo menos para mim, é que, já conhecendo o enredo e seus desdobramentos, o que vai brilhar no escuro sejam os detalhes: olhares e gestos dos personagens, nuances nas interpretações dos atores, o uso de cores e outros elementos visuais, artimanhas do roteiro e da edição.

Daí, o prazer é bem mais do que redobrado. Porque o filme, como as águas de um mar no qual mergulhamos cheios de vontade, nos envolve e acolhe com um abraço afetuoso. Não se trata de uma familiaridade apenas reconfortante, mas uma reconexão capaz de aprofundar sentimentos e sensações, de abrir novas portas de percepção e tornar mais espetaculares a lágrima ou a risada, a tensão ou o espanto. É redescobrir-se.

Tags: CinemaCrônicaestado de espíritofamiliaridadefilmereverRoteirover

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