• Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
26 de junho de 2022
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Home Crônicas Yuri Al'Hanati

Balancete

Yuri Al'Hanati por Yuri Al'Hanati
26 de março de 2018
em Yuri Al'Hanati
A A
"Balancete", crônica de Yuri Al'Hanati.

Imagem: Reprodução.

Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no Facebook

Para Paulo Henriques Britto

É um estado mental que não se resolve, muito menos se explica. Os dias passam deixando que o passado se acumule impunemente às costas, erguendo uma pilha de horas inúteis e mal pensadas. Zanzar pela casa é a rotina do prisioneiro da mente, e enjoa como o excesso de açúcar na sobremesa. O coração se inquieta, brada perguntas retóricas ao universo, recebe silêncio sepulcral na réplica que nunca vem. O universo se agiganta, se expandindo para os limites do corpo, esmagando a presença física do meu eu.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

De um lado, a vontade de pertencer. Do outro, a necessidade de não pertencer. A possibilidade de ser uma ilha cai por terra, a resolução racionalizada da noite se desmancha em sentimentos matutinos tal qual um Raskolnikov cheio de razão após cometer um assassinato. A vida não é como imaginamos quando o que imaginamos é apenas a tentativa infrutífera de ser o que não se é. Falha-se em tudo, o ressentimento cresce e a análise ulterior dos fatos comprova que o problema não é outro senão nós mesmos. Pensamos nas outras pessoas, para as quais julgamos ter tudo fácil na vida. Qual o segredo da leveza, que abnegações são necessárias para atingir um estado de iluminação, e que garantia temos que as renúncias não nos comerão o fígado eternamente? Esse desejo irracional por certezas, sempre ele, a nos dinamitar o caminho pavimentado da alegria do presente – a única possível de existir, em verdadeiro. Então preferimos esquecer que vivemos a modernidade líquida, ou apenas desejamos em nosso íntimo não vive-la, mesmo fazendo o exato oposto para esse fim?

A vida não é como imaginamos quando o que imaginamos é apenas a tentativa infrutífera de ser o que não se é.

Tentamos de tudo, tateando as possibilidades. Desejamos ser únicos, e depois não há o que nos demova da ideia de sermos banais, nos dissolver como cadáver putrefato entre a massa social que nos engole. Bebemos de um trago só o esterco do ridículo e constatamos que tem gosto de mel, como diria o poeta. Fazemos o que for para postergar o momento de nos reconhecer no espelho. Como as crianças travessas que nunca deixamos de ser, temos vergonha e preferimos falar, pensar, fazer outra coisa. Difícil é ser honesto consigo mesmo. Difícil é aceitar as coisas como elas são. Difícil é ser.

Tags: balancetebanalidadecrônicaestado mentalpaulo henriques brittopertencimentoreflexõesrenúnciasvidaviver
Post Anterior

“Marielle, Presente”: quando a televisão explicou as fake news

Próximo Post

‘Céus’ aborda o terrorismo como metáfora da destruição

Posts Relacionados

James Gandolfini em Família Soprano

O mistério da morte

5 de abril de 2021
Wood Naipaul

Aprender a ser Biswas

29 de março de 2021

Das crônicas que não escrevi

22 de março de 2021

De volta ao lockdown

15 de março de 2021

Assassinato planejado

8 de março de 2021

O tribunal da crise

1 de março de 2021

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

  • O primeiro episódio de WandaVision nos leva a uma sitcom da década de 1950.

    4 coisas que você precisa saber para entender ‘WandaVision’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • De quem é a casa do ‘É de Casa’?

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Ilusões Perdidas’ é brilhante adaptação do clássico de Balzac, mais atual do que nunca

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Vida Secreta de Zoe’ fica entre o apelo erótico e a prestação de serviço

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
Instagram Twitter Facebook YouTube
Escotilha

  • Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Colunas
    • Cultura Crítica
    • Vale um Like
  • Crônicas
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In