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Fugir no carnaval

Yuri Al'Hanati por Yuri Al'Hanati
27 de janeiro de 2020
em Yuri Al'Hanati
A A

Imagem: Reprodução.

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Há uma regra não escrita na humanidade brasileira que, de alguma maneira, espalhou por todo o território nacional: é preciso escapar da própria cidade durante o carnaval. Nem que seja para a cidade do lado. Nem que horas de engarrafamento lhe esperem. Nem que passagens aéreas exorbitantes coloquem credores em seu encalço. O imperativo da impermanência é essencialmente carnavalesco.

Foge quem pode, fica quem não tem saída. Nem mesmo cidades historicamente festivas retêm seus citadinos. O interior de Minas fica abarrotado de cariocas ao Sul, goianos a Oeste e baianos ao Norte. Que dirá a população da minha inaudível Curitiba então. Fujam para as colinas, a capital paranaense, seguindo a tradição sulista, tem seu pré-carnaval mais substancioso do que a festa em si. Cinco ou seis fins de semana de bloquinhos para uma meia semana modorrenta de folga, em que a cidade fica jogada às traças que lhe cabem enquanto todos entopem as areias do estreito litoral.

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Há uma regra não escrita na humanidade brasileira que, de alguma maneira, espalhou por todo o território nacional: é preciso escapar da própria cidade durante o carnaval. Nem que seja para a cidade do lado.

É claro, o carnaval é a festa da inversão de valores – não à toa estudos literários cunharam a expressão “carnavalização” para romances de papéis trocados. Tudo o que é preso se solta no ar. O que é fixo, migra. Criar novos problemas em outras cidades, o caos do que não comporta a enxurrada de turistas, o calor que não distribui sombras equânimes, os preços cobrados por quem precisa fazer o pé de meia do ano nesses poucos quatro dias, a fila de carros, o tumulto, as coisas que acabam: cerveja, gelo, almoço, sorvete, água, paciência. Busca-se a tranquilidade na bagunça, o descanso no caos — a catarse coletiva jamais pode acontecer em solo próprio.

Rio de Janeiro: a ideia de caos que encontra seu bucolismo de ocasião em vielas e microbairros da região central. Salvador: o agito violento das massas beligerantes. São Luís do Paraitinga: a ideia bucólica de carnaval atropelada pelo caos da multidão que teve a mesma ideia. Tiradentes: o Brasil colônia imerso em uma enxurrada de universitários. Cada destino, sua manifestação inevitável, transmutada pela necessidade universal de fugir. É preciso escapar. Nem que seja a custa da própria paz de espírito. Fuja no carnaval, fuja sempre.

Tags: caranvalCatarseextasefugaviagem
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