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Home Literatura

Quando a sinceridade convence – o livro da Jout Jout pode oferecer mais do que aparenta

porWalter Bach
22 de setembro de 2016
em Literatura
A A
jout jout

A sincera Jout Jout. Foto: Reprodução.

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Tá todo mundo mal. Chame como quiser: caça por jobs, decisões importantes e sem alternativa, o dia a dia e suas minúcias pedindo atitudes firmes pra ontem. Em busca de algo que alivie essa tensão por 10 minutos antes de voltar a ela, vale um tempo pelo Facebook lendo qualquer texto mais leve ou assistir a um vídeo despretensioso. Até perceber que o “alívio” pode entregar mais do que isso, e justo em sua aparente falta de seriedade trate de assuntos interessantes pra muitos – até pra gente.

É uma das muitas impressões possíveis após ler Tá Todo Mundo Mal, livro da Jout Jout. Sim, a própria youtuber escrevendo. Plena época de Kéferas, Rezendes, gente fazendo autobiografia da vida fabulosa aos 20 anos e o que mais couber no caça-níqueis da vez (até ser esquecido ou trocado pelo próximo e lembrado apenas pelos compradores mais fervorosos), e a Jout Jout no meio – talvez o único verdadeiro contra dessa publicação.

É uma coleção de conversas sobre pilhas de assuntos, quase no mesmo tom dos vídeos, sinceras acima de tudo. Nada de trabalho rebuscado de linguagem, revolução da forma escrita, papo furado de ambição estética ou qualquer conversa tão comum quanto viciada ao se falar de livros mais “intelectualizados” (você pode trocar essa palavra pelo estereótipo positivo ou negativo que achar melhor).

É uma coleção de conversas sobre pilhas de assuntos, quase no mesmo tom dos vídeos, sinceras acima de tudo. Nada de trabalho rebuscado de linguagem.

Daí vem as preocupações passadas e atuais da autora: aquele trabalho que parecia ser o emprego dos sonhos com um brilho real menor do que o sonho, a disciplina zerada no vestibular e “o que faço da mina vida socorro”, as dúvidas nas etapas de uma graduação e bem, a vida segue né, rumo ao próximo “trampo”. E também algum melodrama, pois é a Jout Jout, com suas maratonas de série regadas a brigadeiro e pijama, receio da influência de seus vídeos, o aprendizado muitas vezes ingrato de quanto e com o que se importar quando alguém fala do canal, viagens e sonhos feitos ou engavetados e a lembrança disso no cotidiano.

Ainda que alguns capítulos possam te irritar se o tema parecer muito juvenil, ou o tratamento for dramático demais (ambas questões subjetivas ao infinito), tem como rir à vontade com o humor nonsense e às vezes autodepreciativo, ou até quando o assunto não te interessar muito. Na minha leitura, alguns prós do livro são quando Jout Jout escreve justo sobre os assuntos “menos” engraçados, como a recusa em se vender e a falta de medidas esperadas pelo mercado (orçamentos e mídia kit inclusos), ambos em tom sincero e de igual pra igual, sem a arrogância do culto à virtude e aos esforços individuais tão cuspida nos Mediuns e similares; e também quando ela escreve sobre o cuidado com o próprio corpo, indiretamente falando muito sobre como mulheres se viam, se veem e se sentem vistas, como se a própria saúde já não incomodasse o bastante.

O “único verdadeiro contra” que comentei antes é justo sua época de publicação. Tá Todo Mundo Mal pode oferecer mais do que aparenta pela sinceridade, independente da leitura ser de alguém fiel ao canal dela, de um curioso ou de alguém de olho nas prateleiras de livros de youtubers – moda passageira necessária aos cofres, em contrapartida a temas atemporais, alguns deles pincelados nesse livro.

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Tags: Companhia das LetrasCrítica LiteráriaJout JoutLiteraturayoutuber

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