• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Literatura

‘Amora’, vencedor do prêmio Jabuti, fala sem pudores sobre o universo lésbico

Livro de Natália Borges Polesso, 'Amora' passeia por estilos de escrita, indo da literatura realista à mais abstrata.

porHeloise Auer
25 de agosto de 2018
em Literatura
A A
‘Amora’, vencedor do prêmio Jabuti, fala sem pudores sobre o universo lésbico

Imagem: Reprodução.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

O livro Amora, que deixou para trás nomes como o de Luis Fernando Veríssimo e foi vencedor do prêmio Jabuti 2016 de contos, é uma coletânea composta por 33 narrativas a respeito do amor feminino e de relacionamentos lésbicos.

A autora Natália Borges Polesso deixa explícito que ser homossexual não é o ponto, pois estas são histórias de pessoas. E ainda que a obra possua mais de 50 personagens lésbicas, o que poderia se tornar repetitivo, prova-se rapidamente muito mais que isso.

São mulheres jovens e velhas, que desfilam em frente aos nossos olhos histórias de ciúmes, preconceito, términos, traições, envelhecimento, depressão e amor. São histórias de mulheres. E ponto.

Amora. Feminino de amor.

Da literatura realista à mais abstrata. O estilo de escrita de Polesso passeia pelos gêneros e assume muitas formas, sem perder o traço poético e o rumo da narrativa que está sendo contada.

Em Amora, Natália Borges Polesso traz brilhantemente a figura feminina para o primeiro plano.

A divisão do livro em duas partes delineia ainda mais a separação entre prosa e poesia. Na primeira parte, “Grandes e sumarentas”, encontramos textos extensos, repletos de ironia, lirismo, deboche e humor.

Já na segunda parte, “Pequenas e ácidas”, são textos sucintos, apresentados em um tom quase confessional, muito semelhante àquele presente na obra de estreia de Natália, Recortes para álbum de fotografia sem gente, vencedora do Prêmio Açorianos de Literatura 2013, na categoria Contos.

De mulher pra mulher

Em Um Teto Todo Seu, a escritora Virginia Woolf já falava sobre a diferença entre obras escritas por mulheres e obras escritas por homens, no que diz respeito ao universo feminino. As escritas por mulheres geralmente apresentavam uma relação positiva e complexa entre duas personagens femininas, enquanto as escritas por homens retratavam a mulher a partir do referencial masculino, em suas relações com os homens; as poucas relações entre mulheres que podiam ser encontradas eram negativas e de competição.

Em Amora, Natália Borges Polesso traz brilhantemente a figura feminina para o primeiro plano. Em poucas páginas, a autora constrói personagens complexas, com personalidades profundas e que passam ao leitor um amplo espectro de sentimentos. Cada uma das histórias contém todo um microcosmo envolvente.

Confira abaixo um trecho do conto “Dramaturga hermética”:

“Tenho me pensado como lugar, sabe? Um corpo é um lugar? O corpo como metáfora de lugar, percorrido, uma cartografia de vida, com suas marcas, sinais, ilhas. Não uma correspondência exata, como se o cérebro fosse uma parte cultural da cidade e o estômago uma parte gastronômica, mas um mapa caótico, sem fronteiras, onde as ruas vão dar em becos escuros e estreitos como nossos dedos e em lugares úmidos e com cheiros ocres. Como nossos olhos.” (pág. 106).

AMORA | Natalia Borges Polesso

Editora: Não Editora;
Tamanho: 256 págs.;
Lançamento: Outubro, 2015.

COMPRE O LIVRO E AJUDE A ESCOTILHA

Tags: amorabookBook ReviewcontosCrítica LiteráriaLiteraturaNão Editoranatalia borges polessoPrêmio JabutiResenhaReview

VEJA TAMBÉM

Francês virou sensação no Brasil com suas obras autobiográficas. Imagem: Laura Stevens / Modds / Reprodução.
Literatura

Édouard Louis e a escrita como forma de fuga e enfrentamento

23 de outubro de 2025
'Frankito em Chamas' é a primeira obra do autor publicada pela Todavia. Imagem: Carolina Vicentini / Divulgação.
Literatura

‘Frankito em Chamas’: o romance inesperado de Matheus Borges que flerta com David Lynch

20 de outubro de 2025

FIQUE POR DENTRO

Charlie Sheen hoje, aos 60 anos. Imagem: Boardwalk Pictures / Divulgação.

‘Aka Charlie Sheen’ é um contundente relato sobre a decadência de uma estrela

24 de outubro de 2025
Francês virou sensação no Brasil com suas obras autobiográficas. Imagem: Laura Stevens / Modds / Reprodução.

Édouard Louis e a escrita como forma de fuga e enfrentamento

23 de outubro de 2025
Ellen Pompeo protagoniza minissérie produzida pelo Hulu. Imagem: Disney / Divulgação.

Inquietante, ‘Uma Família Perfeita’ evidencia o abismo entre aparência e verdade

22 de outubro de 2025
'Frankito em Chamas' é a primeira obra do autor publicada pela Todavia. Imagem: Carolina Vicentini / Divulgação.

‘Frankito em Chamas’: o romance inesperado de Matheus Borges que flerta com David Lynch

20 de outubro de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.