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Home Literatura

‘Opisanie Swiata’: Veronica Stigger e o romance-colagem

Em 'Opisanie Swiata', Veronica Stigger volta a Valêncio Xavier para subverter as regras da literatura.

porJonatan Silva
26 de junho de 2020
em Literatura
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'Opisanie Swiata': Veronica Stigger e o romance-colagem

Imagem: Reprodução.

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O escritor Valêncio Xavier (1933 – 2008), que esta às raias de ter seu clássico O mez da grippe relançado, praticamente criou um gênero: o romance-colagem, cujas histórias misturam a prosa literária a recortes de jornais, informes publicitários, trechos de outros livros e qualquer outro recurso narrativo que possa dar corpo ao livro. Muitos escritores beberam da fonte, mas foi a gaúcha Veronica Stigger que melhor sintetizou as ideias e o ideal de Valêncio.

A partir de uma construção fragmentada, Opisanie Swiata, publicado pela Cosac Naify e, desde 2018, parte do catálogo da SESI-SP Editora, expande a ideia de literatura, expande a ideia da Pasárgada de Bandeira (1886 – 1968). Se, para o poeta, o paraíso é o resgate do passado – uma criação nostálgica modernista –, para Stigger, esse mesmo paraíso é o encontro de histórias coletivas que se fundem em uma única narrativa.

O romance – que parte da busca de um pai polonês por um filho brasileiro que nem sabia que tinha – parece construir um mundo em paralelo. Como em Europa, filme que encerra a primeira trilogia de Lars von Trier, Veronica Stigger usa o trem como elemento de aproximação e estranhamento entre seus personagens.

O romance – que parte da busca de um pai polonês por um filho brasileiro que nem sabia que tinha – parece construir um mundo em paralelo.

É dentro da locomotiva que Raul Bopp (1898 – 1984), o autor de Cobra norato (1931), encontra Opalka, o polonês perdido em um jogo da vida, o casal Andrade – uma referência a Oswald de Andrade (1890 – 1954) e Tarsila do Amaral (1896 – 1973) –, as meninas Olivinhas – as Lolitas do veículos –, um alemão cujo melhor amigo é um uruguaio e outras criaturas que formam uma grande metáfora sobre a civilização do começo do século XX.

Descrição de mundo

Dessas colagens, literais e simbólicas, Veronica Stigger extrai a essência do livro, sobretudo, na relação da sua literatura com as artes visuais. Seja pela iconografia que percorre todo o romance – e que é parte fundamental da história em si – ou pela relação com a obra do artista polonês Roman Opalka (1931 – 2011). Opisanie Swiata, que é também uma das obras de Opalka, significa “descrição de mundo”, justamente, aquilo que a escritora tenta fazer em todo os seus livros.

E quem sabe não seja exatamente esse o objetivo da literatura: descrever para construir um mundo? E, por isso, de forma lógica, metodológica até, Opisanie Swiata subverte as relações intrínsecas à construção de uma literatura pura. Stigger usa as regras academicistas para romper com o formalismo e com superficialidade da literatura. Não por menos, seu romance é uma das obras mais interessante e intrigantes dos anos 2010: um mundo verdadeiro em seus vícios e suas virtudes.

OPISANIE SWIATA | Veronica Stigger

Editora: SESI-SP Editora;
Tamanho: 160 págs.;
Lançamento: Agosto, 2013.

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Tags: Book ReviewCosac NaifyCríticaCrítica LiteráriaLiteraturaLiteratura BrasileiraO Mez da grippeOpsanie swiataResenhaSesi-SP EDITORAValêncio XavierVerônica Stigger

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