• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Literatura

Manoel Carlos Karam: uma literatura de libertação

Editora Arte & Letra relança 'Sexta-feira da semana passada', primeira investida literária de Manoel Carlos Karam.

porJonatan Silva
20 de julho de 2018
em Literatura
A A
Manoel Carlos Karam: uma literatura de libertação

Imagem: Reprodução.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Manoel Carlos Karam (1947 – 2007) é um monumento da literatura brasileira – ou, como afirmaria Carlos Henrique Schroeder, “um movimento literário”. Qualquer tentativa de enquadrá-lo em um rótulo pronto e academicista é limitá-lo, algo que o próprio Karam jamais permitiria. Sexta-feira da semana passada, a verdadeira estreia do escritor, foi publicado pela primeira vez – em uma edição limitadíssima a amigos – em 1972 e somente em 2018 ganhou o mundo como realmente merece.

Livro preciso, Sexta-feira da semana passada já deixa claro os passos de seu autor ao longo da carreira: uma literatura inventiva, não linear e metamorfoseada. Carlos Mel, uma espécie de antiprotagonista, é um sujeito ordinário, que vai ao bar, paga a conta e deixa o troco como sinal de gentileza. Karam estilhaça as noções de tempo e espaço, de história e narrativa. Se existe um caminho a seguir, o autor de Encrenca vai pelo lado contrário.

Com ilustrações de Frede Tizzot, Sexta-feira da semana passada coloca o leitor contra a parede, intimando-o à leitura, como alguém à espreita em uma emboscada. Carlos Mel caminha por Curitiba e Curitiba também caminha por Carlos Mel que, por meio de pensamentos fugitivos, tenta alcançar Alzira. Karam cria uma cidade intrincada nos seus personagens, desbravam os relacionados e as vicissitudes da metrópole. Nada está claro, justamente porque existe a justaposição de vozes, frases, lembranças.

Se existe um caminho a seguir, Manoel Carlos Karam vai pelo lado contrário.

Lacração

Em tempos de uma literatura cada vez mais atrelada à “lacração” e à necessidade de oferecer ao leitor uma “moral da história”, ler Manoel Carlos Karam relembra que é preciso ser libertário. Sexta-feira da semana passada, ainda que renegada por seu criador, vai na contramão de tudo aquilo que se espera de uma nova contemporânea. Ainda bem.

O legado de Karam, parafraseando seu debut, arrasta-se com tanta força que levanta poeira e deixa sulcos. Para a professora Dirce Waltrick do Amarante, o autor de Cebola e Jornal da guerra contra os taedos é um dos poucos representantes do nonsense no Brasil. Segundo Reginaldo Pujol Filho, em Karam, “o estranho é real”. Em outras palavras: não há camadas de proteção contra aquilo que pode nos ferir. E aí está um dos grandes valores da obra karaniana: é impossível maquiar a bestialidade e o incômodo, tudo fica à vista.

Para “rivalizar” com Karam, talvez somente outro curitibano – também por adoção, já que MCK nasceu em Rio do Sul (SC) –: Valêncio Xavier (nascido em São Paulo), que escreveu o magistral O Mez da Grippe, esgotado e vendido a preços extorsivos na Estante Virtual. Ambos, amigos e admiradores mútuos, mostraram que é possível fazer literatura com o absurdo e com o surreal do cotidiano.

SEXTA-FEIRA DA SEMANA PASSADA | Manoel Carlos Karam

Editora: Arte & Letras;
Tamanho: 52 págs.;
Lançamento: Março, 2018.

Compre na Amazon

Tags: Arte & LetraBook ReviewCarlos Henrique SchroederCríticaDirce Waltrick do AmaranteLiteraturaLiteratura CuritibanaLiteratura de InvençãoManoel Carlos KaramReginaldo Pujol FilhoResenhaResenha de LivrosReviewSexta-feira da semana passada

VEJA TAMBÉM

Chico Buarque usa suas memórias para construir obra. Imagem: Fe Pinheiro / Divulgação.
Literatura

‘Bambino a Roma’: entre memória e ficção, o menino de Roma

29 de maio de 2025
Nascido em Fortaleza, o escritor Pedro Jucá vive em Curitiba. Imagem: Reprodução.
Literatura

‘Amanhã Tardará’ emociona ao narrar o confronto de um homem com seu passado

28 de maio de 2025
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

Calçadão de Copacabana. Imagem: Sebastião Marinho / Agência O Globo / Reprodução.

Rastros de tempo e mar

30 de maio de 2025
Banda carioca completou um ano de atividade recentemente. Imagem: Divulgação.

Partido da Classe Perigosa: um grupo essencialmente contra-hegemônico

29 de maio de 2025
Chico Buarque usa suas memórias para construir obra. Imagem: Fe Pinheiro / Divulgação.

‘Bambino a Roma’: entre memória e ficção, o menino de Roma

29 de maio de 2025
Rob Lowe e Andrew McCarthy, membros do "Brat Pack". Imagem: ABC Studios / Divulgação.

‘Brats’ é uma deliciosa homenagem aos filmes adolescentes dos anos 1980

29 de maio de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.