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Home Literatura

O que há de novo na literatura portuguesa?

A declaração de António Lobo Antunes sobre a literatura atual de Portugal levanta o debate sobre o valor da produção contemporânea.

porJonatan Silva
16 de outubro de 2015
em Literatura
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O que há de novo na literatura portuguesa?

Imagem: Reprodução.

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A declaração recente de António Lobo Antunes, inimigo do peito de Saramago, de que não há nada de interessante na literatura portuguesa levanta a pergunta: o que há de novo entre os patrícios? O veterano, autor de O Meu nome é Legião (2007) e Os Cus dos Judas (1979), não é figura fácil e, desde que seu livro Caminho Como uma Casa em Chamas (2014) encalhou nas livrarias lusitanas, ficou ainda mais difícil. Na Holanda, no entanto, o livro chegou a ter quatro edições, que não foram suficientes para acalmar os ânimos do escritor.

Contra a fama de Fernando Pessoa (1888 – 1935), Lobo Antunes se declarou “aborrecido até a morte” pelo Livro do Desassossego e afirmou que dá de ombros pela produção contemporânea de seu país. Mas como ignorar nomes como Gonçalo M. Tavares, Valter Hugo Mãe e Matilde Campilho? Pois, Lobo Antunes ignora.

Quem sabe desde os anos em que não havia prensa no Brasil e todos os livros eram impressos em Portugal, nunca a literatura de nossos colonizadores esteve tão presente em nosso dia a dia. Hugo Mãe é um habitué tupiniquim. “Nunca se é tão sexy como quando se está no Brasil”, declarou em uma crônica que escreveu para o jornal Público.

Uma parceria entre uma grande rede varejista de livros e o mesmo Público rendeu a reunião de dez autores – parte brasileiros e parte portugueses – para discutir o intercâmbio das letras entre países lusófonos. Mas vale lembrar que a vida vai além dos nomes que despontam nas livrarias daqui.

Invisíveis?

Praticamente um desconhecido no Brasil, António Tavares acaba de levar o Prémio Leya com seu livro O Coro dos Defuntos, que remonta parte da história recente de Portugal. Se a busca for ainda mais longe, é possível incluir na lista a luso-brasileira Andréa Zamorano. Nascida no Rio de Janeiro, mas com um pé na Terrinha, ela é uma das principais vozes da ‘nova geração’. José Luís Peixoto, autor de Morreste-me (2000) e que esteve em Curitiba para o Litercultura, precisou esperar 15 anos para que seu livro de estreia fosse lançado no Brasil. Ainda assim, não conseguiu ter o mesmo alcance que outros conterrâneos.

O saldo é que conhecemos pouco do que é produzido em Portugal. E que diferença faz? Bem, faz muita diferença.

E quem é João Tordo? Adiantou receber em 2009 o Prêmio José Saramago para que fosse reconhecido como uma das mais impressionantes vozes de sua geração? Não. O autor de Ano sabático (2013) ainda está no underground aqui e acolá.

Entre outros invisíveis por aqui estão os vencedores dos Prêmios P.E.N. Club Português: Mário de Carvalho, na categoria Ensaio, e Paulo Vargas Gomes, na Narrativa (romance). E o que sabemos deles aqui? Quase nada. E que levante a mão quem conhece a poesia de Miguel Cardoso. Seu livro mais recente, À Barbárie seguem-se os estendais, é um dos grandes destaques do além-mar. Assim como Gonçalo M. Tavares, Cardoso estreou depois dos 30 anos e tem construído a sua reputação entre os grandes.

O saldo é que conhecemos pouco do que é produzido em Portugal. E que diferença faz? Bem, faz muita diferença.

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Tags: António Lobo AntunesAntónio TavaresBrasilCrítica LiteráriaGonçalo M. TavaresJoão TordoJosé Luís PeixotoLiteraturaliteratura portuguesaMário de CarvalhoMatilde CampilhoMiguel CardosoPaulo Vargas GomesValter Hugo Mãe

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