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Home Literatura Ponto e Vírgula

Salinger e a revolução do romance moderno

Jonatan Silva por Jonatan Silva
18 de setembro de 2019
em Ponto e Vírgula
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Uma das poucas fotos autorizadas de Salinger

Uma das poucas fotos autorizadas de Salinger. Imagem: Reprodução.

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Quando J. D. Salinger publicou O apanhador no campo de centeio, em 1951, rompia com todas as estruturas do que se entendia como literatura até aquele momento. Resumindo todas as angústias da juventude, e atravessando temas que faziam parte do cotidiano pós-guerra, o livro se transformaria em um marco ao colocar, pela primeira vez, um adolescente como protagonista.

Holden Caulfield, ao decidir fugir de casa para morar com o irmão em Nova York após ser expulso da escola, encarna a complexa relação entre a inocência e o desejo de liberdade. Salinger fez do garoto um porta-voz do espírito livro e da rebeldia, algo que iria muito bem naquela com o surgimento do rock and roll e as figuras de Elvis Presley e James Dean. O apanhador no campo de centeio significava os gritos de uma geração que crescia traumatizada pelos horrores do holocausto, mas que caminhada para um novo massacre com a Guerra do Vietnã.

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Até O apanhador no campo de centeio era como se a inquietude juvenil fosse alguém escondido por detrás das cortinas e cujos pés aparecem embaixo na bainha.

Estava ali, no campo do conteúdo, a primeira revolução. Holden emoldurava o arquétipo de uma juventude transviada, que não se escondia atrás do bom-mocismo vigente. Até O apanhador no campo de centeio era como se a inquietude juvenil fosse alguém escondido por detrás das cortinas e cujos pés aparecem embaixo na bainha.

Nessa viagem, temporal e psicológica, Holden encontra figuras que serão como portais para o seu amadurecimento. É nesses encontros – com prostitutas, outros garotos e tantos outros sujeitos insólitos – que se percebe o estado de alienação e superproteção que vivia em casa. Para compor esse retrato – que daria o pontapé nos romances de formação –, Salinger não abre mão de uma linguagem crua, informal, cheia de gírias e palavrões. Se Shakespeare ajudaria a dar o tom do inglês de hoje, Caulfield seria o responsável por popularizar, e dicionarizar, a gíria screw up, algo como estragar ou melar. A ressignificação no campo formal era ainda mais ousada e polêmica. Salinger se tornava um pária.

Silêncio

A despeito de tudo o que está no exterior, que acontece na cidade, O apanhador no campo de centeio é um romance sobre autoconhecimento e a respeito de descobrir os próprios limites. Tentar encontrar respostas é como segurar a correnteza com as mãos. Salinger oferece pistas, mas cabe ao leitor trazê-la para si. Somos, nós leitores, todos Holden. Para esquivar-se de tantas perguntas, por certo que o autor preferiu que a sua literatura dissesse o que precisava ser dito.

Essa possibilidade de interpretação pessoal, talvez, seja uma das causas de o livro estar entre os preferidos de tanta gente, inclusive de Mark Chapman, assassino de John Lennon, e de John Hinckley, que atirou em Ronald Reagan no começo dos anos 1980.

Muito mais que um livro, O apanhador no campo de centeio é um manual de conduta diante do impreciso e do tempo fechado.

O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO | J. D. Salinger

Editora: Todavia;
Tradução: Caetano Galindo;
Tamanho: 256 págs.;
Lançamento: Junho, 2019 (atual edição).

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Tags: CríticaHolden Caulfieldliteraturaliteratura norte-americanaO Apanhador no Campo de Centeioromance de formaçãoTodavia
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