• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Música

A poesia absorvida na obra de Troy Rossilho

porAlejandro Mercado
24 de fevereiro de 2016
em Música
A A
Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Em 1968, Jorge Luis Borges proferiu uma série de conferências em Harvard, que posteriormente foram compiladas no livro Esse Ofício do Verso. Para Borges, forma e substância são indissociáveis na música. A música brotaria de emoções e nos conduziria a estas mesmas emoções. Seria esta a razão, segundo Borges, para o crítico e ensaísta literário Walter Pater ter afirmado que toda arte aspira à condição da música.

E sobre a poesia Borges fala: “Porém ainda assim tem um sentido – não para a razão, mas para a imaginação.” Podemos buscar inúmeras maneiras de definirmos o “fazer poesia”. Seja uma forma de utilizar palavras ditas “comuns” e extrair-lhes mágica, ressignificá-las perante a orquestração linguística, representando coisas mundanas ou verdades profundas, ou, ainda, não significando absolutamente nada à razão, mas dotadas de sentido estético.

No fim das contas, o que nos importa é se as palavras estão vivas ou mortas, se elas conversam com as emoções do autor, se lhe dizem respeito, se são pertencidas por ele, e por quem dele se furta, posto que a poesia é feita para o roubo, nunca pertencendo na imobilidade de seu autor.

Assim se esconde (ou se escancara) a poesia na obra de Troy Rossilho. De dedos ágeis e dedilhado suave, a voz grave penetra as mentes e corações nesta chuva em forma de cidade que é Curitiba. Parceiro constante do onipresente Luiz Felipe Leprevost, Troy flexiona versos e acordes, vagando entre a simetria e a assimetria propositadamente contraditória dessa solapada música popular brasileira.

De dedos ágeis e dedilhado suave, a voz grave penetra as mentes e corações nesta chuva em forma de cidade que é Curitiba.

Ao apresentar suas linhas poéticas, Troy Rossilho abusa da condição básica da arte, de nos resgatar frente às condições sufocadas da selva de pedra de nossa Curitiba. Homem de cinco discos, o último com Os Calvos, Rossilho galgou o petit-pavé subversivamente, gentilmente pedindo licença para entrar, mas arrebatando no caminho os corações solitários com suas interpretações intensas, artísticas, porém, humanas, demasiadamente humanas.

Seu novo mergulho, o projeto Uma por Mês, funciona como homeopatia, fazendo chover em parcelas as suas novas canções. A primeira, “Partitura em Silêncio”, uma doce parceria com Bia de Luna, mora desde janeiro num canto particular, em silêncio, como Troy quase sussurra na canção. Saí da audição crente que era uma partitura, um dos versos, uma poesia completa, quiçá uma antologia. É sempre assim, na contradição do ser e não ser.

Troy sobe com Os Calvos no Festival Ruído nas Ruínas, no sábado, às 14h. Afirmo: poeticamente imperdível.

fb-post-cta

Tags: Bandas CuritibanasMúsicamúsicos curitibanosTroy Rossilho

VEJA TAMBÉM

Cantora neozelandesa causou furor com capa de novo álbum. Imagem: Thistle Brown / Divulgação.
Música

Lorde renasce em ‘Virgin’ com pop cru e sem medo da dor

3 de julho de 2025
Músico partiu aos 88 anos, deixando imenso legado à música brasileira. Imagem: Reprodução.
Música

Bira Presidente: o legado de um gigante do samba

16 de junho de 2025
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

'O Último Episódio': angústia adolescente. Imagem: Filmes de Plástico / Divulgação.

‘O Último Episódio’ aposta na nostalgia para falar sobre as dores do crescimento

9 de outubro de 2025
Autor húngaro recebeu a premiação da Academia Sueca em 2025. Imagem: Niklas Elmehed / Reprodução.

László Krasznahorkai vence o Prêmio Nobel de Literatura de 2025

9 de outubro de 2025
Gael García Bernal interpreta Octavio em 'Amores Brutos', filme que catapultou a carreira de 
Alejandro G. Iñárritu. Imagem: Zeta Films / DIvulgação.

‘Amores Brutos’ revela o instinto e a ferocidade do humano

7 de outubro de 2025
Festival do Rio começa nesta quinta-feira. Imagem: Divulgação.

Festival do Rio 2025 começa nova edição celebrando o cinema brasileiro em sua diversidade máxima

1 de outubro de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.