• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Música

Somos um fluxo d’água nas canções de Beto Cupertino

porLucas Paraizo
23 de fevereiro de 2017
em Música
A A
Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

“Não há mérito algum num dom, não há céu algum sobre o sol, não há critério algum de bom. É tudo arbitrário, e não contém glúten”. Um certo ceticismo, uma descrença nos discursos e nos exageros do dia a dia. A vida é arbitrária e “o ocaso não falha”. Esses sentimentos que estiveram presentes de alguma forma em toda a discografia da banda goiana Violins (2001 – 2011) estão vivos novamente nas canções de Beto Cupertino, o compositor e vocalista da banda que acaba de lançar seu primeiro disco solo: Tudo Arbitrário.

Se o Violins foi uma das melhores bandas de rock alternativo do Brasil na década passada (ouso dizer que, talvez, a melhor – ao lado do Ludovic), foi pelo timbre das guitarras e as grandes letras de Beto. Textos inteligentes, ácidos e analíticos sobre a condição humana criados de forma, acima de tudo, bela. Das traições de Grandes Infiéis (2005) aos temas pesados e violentos de Tribunal Surdo (2007), Beto sempre soube escrever grandes letras e as cantar em belo e suave tom. O mesmo ocorreu depois do fim da banda no projeto paralelo dos membros, a Tonto, que trazia algumas letras mais esperançosas e outros toques às melodias.

As letras têm a exposição impiedosa dos traços humanos, o ceticismo com a sociedade e um sentimento recorrente de incômodo com o show de opiniões que é o mundo atualmente.

Toda essa trajetória de quase 20 anos na música reflete agora em Tudo Arbitrário (Independente, 2017), um disco lançado de forma independente e com download gratuito na internet, financiado em parte através de um crowdfunding, tudo no melhor estilo lado B que sempre acompanhou o Violins. Beto traz as guitarras já conhecidas e músicas com estética muito parecidas com as da banda, com letras com a marca da sua composição. A exposição impiedosa dos traços humanos, o ceticismo com a sociedade e um sentimento recorrente de incômodo com o show de opiniões que é o mundo atualmente. A necessidade de opinar sobre qualquer coisa nas redes sociais é o tema logo da faixa que inicia o disco, a ótima “Meme”, que abre caminho para duas canções que vão para um lado mais intimista e nostálgico do músico: “Todas as Coisas” e “Casa da Fazenda”.

Mas é o ser humano o assunto das canções de Beto. É o traço pessoal, a intimidade, o pensamento mais obscuro. As análises lá do disco Redenção dos Corpos (2009) estão presentes aqui novamente, mas voltadas para a primeira pessoa e misturadas ao sentimento do narrador em meio aos fatos atuais. Tudo isso ao lado do ceticismo que falo no começo do texto e que está claro no trecho da canção que dá nome ao disco e que abre essa resenha. Se tudo é arbitrário, é porque temos bem menos controle sobre a vida do que imaginamos. “A verdade da tristeza passa / e a verdade da alegria também passa / a gente é um fluxo d´água”, canta em “Todas as Coisas”.

Quem conheceu o Violins vai se sentir em casa na obra de Beto Cupertino. Quem nunca ouviu a banda, tem aqui uma bela mostra das composições do músico goiano que inspiraram muita gente na década passada. É música feita com sinceridade e letras feitas para martelarem a sua cabeça por dias, pensando sobre cada frase dita. Tudo isso com belos arranjos e rock alternativo de qualidade.

Tags: bandas brasileirasBeto Cupertinocantores brasileirosCrítica MusicalMúsicamúsica nacionalResenhaRockTudo ArbitrárioViolins

VEJA TAMBÉM

Músico partiu aos 88 anos, deixando imenso legado à música brasileira. Imagem: Reprodução.
Música

Bira Presidente: o legado de um gigante do samba

16 de junho de 2025
Retrato da edição 2024 da FIMS. Imagem: Oruê Brasileiro.
Música

Feira Internacional da Música do Sul impulsiona a profissionalização musical na região e no país

4 de junho de 2025
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

A escritora francesa Anne Pauly. Imagem:  Édition Verdier / Divulgação.

‘Antes Que Eu Esqueça’ traz uma abordagem leve e tocante sobre o luto

30 de junho de 2025
Jon Hamm volta à boa forma com Coop. Imagem: Apple TV+ / Divulgação.

‘Seus Amigos e Vizinhos’ trata o privilégio com cinismo e humor ácido

30 de junho de 2025
Longa de Babenco foi indicado em quatro categorias no Oscar, levando a de melhor ator. Imagem: HB Filmes / Divulgação.

‘O Beijo da Mulher Aranha’, de Hector Babenco, completa 40 anos como marco do cinema latino-americano

27 de junho de 2025
Assinada por George Moura e Sergio Goldenberg, produção é nova aposta da Globo. Imagem: Globoplay / Divulgação.

‘Guerreiros do Sol’ e a reinvenção do cangaço na dramaturgia brasileira contemporânea

26 de junho de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.