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Home Música Caixa Acústica

‘Galanga Livre’: a poesia do empoderamento negro

Felipa Pinheiro por Felipa Pinheiro
1 de julho de 2018
em Caixa Acústica
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Rincon Sapiência, vulgo Manicongo, veio com tudo no seu primeiro álbum, o Galanga Livre (2017), para mostrar que se “a coisa tá preta, a coisa tá boa”, e que o preconceito racial deve minar. O disco é carregado de referências da cultura afro e de misturas musicais — rock, blues, R&B, afrobeat, funk, trap -, o que dá uma sonoridade única ao disco e inova o rap.

O artista paulista atua desde 2000 como MC e traz suas rimas ao público, que se tornaram mais engajadas quanto ao empoderamento negro desde o lançamento de “Ponta de Lança” (2016). O single alavancou sua carreira, que já havia ganhado visibilidade com “Elegância”, em 2009. O nome Manicongo é utilizado pelo rapper para mostrar que o povo negro também descende de reis e rainhas, já que este título era dado aos governantes do Reino do Congo, que existiu na África entre os séculos XIV e XIX.

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“Ponta de Lança”, que alcançou mais de 13 milhões de visualizações do clipe no YouTube, é feita em um verso só, um verso livre “tipo Mandela saindo da cela”. Com uma mistura entre o funk, o trap e o rap, Rincon faz uma provocação quanto à cultura do MC, que vem sendo valorizada mais pelo status do rapper do que pelo encaixe e o conteúdo das rimas.

Ele prova neste álbum que, ao contrário do que diziam, é um MC acima da média e sua rima é latente. Mas tomando liberdade para parafraseá-lo: não é quente que nem a chapinha do crespo, porque os crespos estão se armando e se amando, e aquele orgulho que já foi roubado, vem sendo recuperado.

Ouvir o disco completo é uma verdadeira aula dançante sobre a história negra e a desigualdade social brasileira. São versos políticos, de coragem e de reconhecimento.

Nesta música, Rincon diz já ter sido hostilizado por utilizar da sonoridade do funk dentro do rap. Ele aposta nesse gênero como ferramenta de comunicação social, como também faz uma referência à negritude, já que o funk tem origem preta. Assim, o artista em seu texto traz referências aos funks atuais e, o que era meramente sexualizado, vira combate à violência: “Vários homem bomba, pela quebrada / Tentando ser certo na linha errada / Vários homem bomba, bumbum granada / Se tem permissão, tamo dando sarrada”.

Saindo da música mais famosa do álbum, ouvir o disco completo é uma verdadeira aula dançante sobre a história negra e a desigualdade social brasileira. São versos políticos, de coragem e de reconhecimento.

Ao abrir os trabalhos, na faixa “Intro”, ao som de “Dor e Dor” de Tom Zé, Sapiência explica brevemente a sua versão da história do escravo Galanga, o Chico Rei — contada na faixa seguinte (“Crime Bárbaro”) e base para o conceito do disco. Com um ritmo acelerado, a música mistura a instrumentalidade de Tom Zé e o som da guitarra de William Magalhães, o que consegue nos transportar para a fuga de Galanga depois de assassinar seu senhor de engenho. O refrão é afinado: “Canela fina é pra correr / Se me pegarem vai doer / Mesmo estando em desvantagem / A sensação é de poder / Eu sou nego fujão / Pega nego fujão / Corre nego fujão / (Vou-me embora daqui!)”.

O blues de Mississipi também é o canto de resistência negro de Rincon Sapiência, que ganha forma a partir de seu coração de Griot e assim, mais uma vez, repercute a sua história e de seus descendentes para quem o ouve, como crítica ao pensamento conservador na política brasileira e à opressão da polícia nas favelas.

O artista ainda se mostra um cronista da classe trabalhadora. Com “Volta Pra Casa”, aponta o que é comum para os trabalhadores das metrópoles brasileiras: a demora do trajeto do trabalho para casa, o ônibus lotado e a vulnerabilidade maior da mulher ante o perigo das ruas por conta de uma sociedade machista. E, em “Meu Bloco”, Rincon consegue ainda surpreender com uma mistura pesada entre o trap e o samba.

E, claro, no álbum de Manicongo, tinha que ter espaço para embalar o amor. Começa com “Moça Namoradeira”, brincando com o sample da cirandeira mais famosa do Brasil, a pernambucana Lia de Itamaracá; passa pela balada de soul “A Noite é Nossa”, e encerra com “Amores às Escuras” e o recado: “O amor é incolor, porém não ignore / Vejo grande beleza quando o preto colore”.

Além disso, o artista, com uma das faixas mais políticas do disco, consegue dar voz ao que está acontecendo no Brasil: “Eu não vou bater panela na varanda / Rua nóis vamos ocupar”. E o aviso é direto: “Vamo atacar / Pra se proteger / Pra se destacar / Não temos que se esconder / É perder o pudor / Pra ganhar o poder / Sem deixar o amor”.

Ouça ‘Galanga Livre’ na íntegra no Spotify

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Tags: Afrobeatalbum reviewblueschico reicrítica musicaldesigualdadeempoderamento negrofunkGalanga Livregriothistória negramanicongomusic reviewmúsicanegritudeR&BRapresenhareviewRincon SapiênciarockTom Zétrap
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