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Home Música Caixa Acústica

O inebriante show de Johnny Hooker

Rodrigo Lorenzi por Rodrigo Lorenzi
1 de junho de 2016
em Caixa Acústica
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Desde antes de Johnny Hooker entrar no Music Hall, por volta da 01h15 da madrugada de um sábado frio em Curitiba, o clima era de embriaguez, não só pelas bebidas, mas porque o público sabia quem estava por vir. Hooker (sim, de prostituta mesmo), vem chamando atenção, seja por suas letras fortes e certeiras, seja por sua presença intensa (leia crítica de seu álbum de estreia aqui). Assim, ao pisar no palco para o show da festa Brasilidades, as pessoas já estavam completamente inebriadas pelo pernambucano.

Com uma segunda pele escura, olhos pintados e adereços ciganos, Johnny Hooker já chega dando o que a plateia quer. Ao começar “Eu Vou Fazer uma Macumba Pra Te Amarrar, Maldito” – também título do seu primeiro disco solo – a audiência grita não apenas pelo impacto do tsunami que entrou no ambiente, mas porque a letra enraivece. Logo, versos como: “E que seja feliz com quem encontrar / Mas nunca mais volte aqui / Profane meu lar” saem da garganta do público com a mesma intensidade com a qual Hooker entoa.

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É como se Hooker estivesse se libertando de fantasmas ao mesmo tempo em que a plateia faz o mesmo exorcismo.

Raiva, aliás, toma conta do show, mas não de forma ruim. É como se Johnny estivesse se libertando de fantasmas ao mesmo tempo em que a plateia faz o mesmo exorcismo. O cantor performa, dramatiza, enlouquece, grita e deixa todo mundo absorto. Tal qual um mantra, uma indireta bem direta, Hooker e público esbravejam: “Acha que a sua indiferença vai acabar comigo? Eu sobrevivo! Eu sobrevivo!”, trecho de “Alma Sebosa”. E não há uma alma viva que não se identifique com um amor não correspondido, uma traição, uma paixão intensa, um rancor que não passa ou uma saudade insolente.

Por isso, é bastante difícil sair incólume do espetáculo. Qualquer um que já tenha sofrido pelo menos um pouco por amor cria um laço direto com as canções e a intensidade do cantor, que não dá descanso para a plateia. E ao mesmo tempo em que se lamenta pelos relacionamentos traumáticos, entoa versos de superação como: “Chega de lágrimas / Eu vou meter o pé na estrada / Me livrar de você / Da sua cara” ou “Agora eu quero ver você olhar pra trás e se humilhar / Já sei porque / Você ainda pensa em mim quando você fode com ele”, presente na poderosa “Você Ainda Pensa?”.

Sem nenhum medo de ser brega ou pedante, Hooker canta músicas que acertam nos sentimentos mais primitivos e utiliza uma linguagem direta, sem floreios (“Volta / Que o caminho dessa dor me atravessa / Que a vida não mais me interessa / Se você vai viver com um outro rapaz”). A fúria de Johnny no palco empodera, faz o público berrar e se imaginar cantando exatamente para quem merece ouvir. Recheado de erotismo, Johnny Hooker faz frevo, axé, merengue e rock com pitadas de exagero que funcionam perfeitamente aos olhos de quem o assiste. E o que poderia gerar estranhamento, na verdade causa uma identificação quase que automática. É permitido libertar os demônios por meio da arte do cantor.

Ainda há tempo para um belo”Fora, Temer” aplaudido pela maioria e um discurso inspirado sobre resistência, algo pertinente em suas letras. O cantor também presenteia a plateia com um ótimo cover de “Garçom”, de Reginaldo Rossi e “Back to Black”, de Amy Winehouse. Homenageando as mulheres, especialmente sua mãe, Hooker vai encerrando como se o show mal tivesse começado.

No final, a plateia sai eufórica, mas o que impressiona mesmo é que a presença de Johnny Hooker continua muito depois dali, como se precisássemos de mais tempo para digerir o furacão que passou. É um show intenso, forte, imagético e poético. Só não é, definitivamente, um show para os fracos de coração.

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Tags: Alma SebosaBrasilidadescobertura showCrítica show johnny hookerEu Vou Fazer Uma Macumba pra Te AmarrarHookerJohnny HookerJohnny Hooker em CuritibamúsicaMusica HallTurnê Macumba
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