• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Música

O Muse ainda tem alguma coisa a oferecer?

porRaphaella Lira
28 de julho de 2018
em Música
A A
Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Talvez o ideal fosse o Muse ter acabado há algum tempo, provavelmente ali depois do álbum Black Holes and Revelations, que já não é seu melhor trabalho, mas que ainda assim possui boas faixas. O que veio depois foi ficando cada vez mais ralo, menos complexo e acabou colocando em evidência que há artistas que definitivamente não sabem a hora de parar.

Antes de olhar com atenção o último single da banda, há que se fazer uma justa volta no tempo. O primeiro álbum da banda foi lançado em 1999. Apesar de ainda estar a milhas do som polido e sofisticado que chegaria a fazer nos álbuns que se seguiram, Showbiz é cru, possui dois hits absolutamente instantâneos, “Sunburn” e “Muscle museum”, que são coincidentemente as duas primeiras faixas do disco, e uma sequência que não soa tão inspirada, mas que definitivamente mostra o potencial da banda.

Misturando harmonizações com vocais agudos e a personalidade de Matt Bellamy, o Muse foi ganhando terreno até se firmar como um dos maiores power trios do início dos ano 2000. Com seus shows que foram ficando cada vez maiores e lotando estádios ao redor do mundo com facilidade, a banda chegou a vir ao Brasil em três momentos diferentes, com produções que foram gradativamente maiores e mais espetaculares.

Chega a ser difícil de associar a balada com toques eletrônicos à banda que ficou famosa por possuir três integrantes que sempre se excederam em seus instrumentos e cuja técnica sempre foi exemplar.

Porém, se Bellamy e companhia foram capazes de gravar o grandioso Origin of Symmetry e o não menos importante Absolution entre 2001 e 2004, além de terem lançado um disco ao vivo nesse meio tempo, todos devidamente acompanhados de faixas de trabalho que atestavam a qualidade indiscutível da banda, era de se esperar que, ao menos, eles soubessem quando o material produzido se encontrava aquém do que ficou caracterizado como sendo o som da banda. Após o lançamento de Black holes e revelations, um álbum já claramente inferior aos seus antecessores, a banda mergulhou num labirinto que parece apenas se aprofundar a cada faixa de trabalho que pipoca na mídia.

Depois de uma trilha sonora melosa e cheia de clichês feita para a série cinematográfica Crepúsculo, a banda começou a produzir um som que, na melhor das hipóteses, soa como um pastiche ruim de si mesma. Os elementos eletrônicos, que passaram a integrar a rotina sonora da banda com cada vez mais intensidade a partir de 2006, hoje soam como se fosse inseridos apenas para distrair da ausência de conteúdo que a banda foi capaz de atingir.

Há alguns dias, a banda lançou mais um single, “Something human”. A música nem de longe lembra o Muse dos anos 2000, cheio de energia e pouca frescura, que não hesita em montar verdadeiras gambiarras no palco para conseguir um resultado que soasse impressionante para o público. Chega a ser difícil de associar a balada com toques eletrônicos à banda que ficou famosa por possuir três integrantes que sempre se excederam em seus instrumentos e cuja técnica sempre foi exemplar.

Infelizmente, nem todas as bandas que um dia foram grandes sabem a hora de parar. É o caso do Muse. É melhor aceitar e fazer uma viagem no tempo ao início dos anos 2000, quando o Muse era, sem dúvida, uma grande banda, e não a sombra que se tornou hoje.

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: AbsolutionCrítica Musicalmatt bellamymuseMúsicaOrigin of SymmetryRevelationsReview

VEJA TAMBÉM

Cantora neozelandesa causou furor com capa de novo álbum. Imagem: Thistle Brown / Divulgação.
Música

Lorde renasce em ‘Virgin’ com pop cru e sem medo da dor

3 de julho de 2025
Músico partiu aos 88 anos, deixando imenso legado à música brasileira. Imagem: Reprodução.
Música

Bira Presidente: o legado de um gigante do samba

16 de junho de 2025
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

Novo 'Superman' questiona premissas antes consolidadas do personagem. Imagem: Warner Bros. / Divulgação.

‘Superman’ quer voltar a ser símbolo — mas de qual “América”?

11 de julho de 2025
'O Amigo' foi o primeiro romance de Sigrid Nunez publicado no Brasil. Imagem: Marion Ettlinger / Divulgação.

Em ‘O Amigo’, Sigrid Nunez conecta as dores do luto e do fazer literário

10 de julho de 2025
Michael Cunningham tornou a publicar após anos sem novos livros. Imagem: Richard Phibbs / Reprodução.

Michael Cunningham e a beleza do que sobra

8 de julho de 2025
Roteiro de Joseph Minion foi sua tese na universidade. Imagem: The Geffen Company / Divulgação.

‘Depois de Horas’: o filme “estranho” na filmografia de Martin Scorsese

8 de julho de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.