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Home Música

David Byrne volta a Curitiba depois de 28 anos

porFernanda Maldonado
16 de fevereiro de 2018
em Música
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american utopia - david byrne em curitiba

Byrne retoma carreira solo após um hiato de 14 anos com o lançamento de “America Utopia”, álbum com lançamento previsto para 9 de março. Parte do novo trabalho será apresentado dia 26 de março, em Curitiba. Foto: Divulgação.

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“Infelizmente, Curitiba ainda é para mim uma cidade bastante chata”, escreveu David Byrne em seu Diários de Bicicleta, livro que reúne diversos ensaios que o fundador da icônica banda nova-iorquina Talking Heads produziu durante suas viagens pelo mundo, em turnês e sozinho, mas sempre acompanhado de sua bicicleta dobrável que usa para explorar cada cidade por onde passa. No trecho em que cita Curitiba, apesar de expor sua pessoal impressão um tanto quanto negativa das dinâmicas sociais da capital, Byrne destaca todas as qualidades de desenvolvimento urbano pelas quais nossa cidade ficou mundialmente famosa – principalmente pelo modelo de transporte público implementado por Jaime Lerner na década de 1970, referência global em urbanismo.

Quase trinta anos depois da sua última passagem por Curitiba, a produção do Lollapalooza Brasil confirmou na última semana uma apresentação do músico e produtor no Teatro Positivo, no dia 26 de maio. Sua última passagem por aqui foi em 1990, no antigo ginásio do Círculo Militar de Curitiba, local que naquele mesmo ano também recebeu uma lendária apresentação dos escoceses do The Jesus and Mary Chain (na época, em turnê do álbum Automatic).

Quem sabe nessa segunda visita Byrne possa conhecer uma Curitiba um pouco menos provinciana (mas, por outro lado, talvez um pouco ultrapassada em suas soluções urbanísticas). Desta vez o cultuado artista apresenta a turnê promocional do seu novo álbum solo, American Utopia, que será lançado oficialmente no próximo dia 09 de março. O primeiro single já foi lançado e você pode conferir abaixo:

Em comunicado divulgado à imprensa, Byrne explica a “inspiração” desse novo trabalho: “Essas músicas não descrevem um lugar imaginário ou possivelmente impossível, mas sim tentam retratar o mundo em que vivemos. Muitos de nós, eu suspeito, não estão satisfeitos com esse mundo – o mundo que fizemos por nós mesmos. Olhamos ao redor e nós nos perguntamos – bem, tem que ser assim? Existe uma outra maneira? Essas músicas são sobre essa procura e esses questionamentos”.

“Razões Para Ser Alegre” segundo David Byrne

American Utopia, seu novo trabalho, faz parte de um projeto maior batizado Reasons To Be Cheerful (“Razões Para Ser Alegre”, em tradução livre). Tudo começou com uma constante sensação de impotência e depressão que David Byrne sentia todos os dias, ao abrir os jornais e ler as manchetes, passando a acreditar que o mundo estava muito parecido com um inferno de más notícias. Reasons To Be Cheerful iniciou como uma coleção quase terapêutica de “boas notícias”, buscando lembrá-lo (e lembrar todas as pessoas que têm contato com o projeto, de uma forma geral) de que há coisas legais rolando por aí. Hospedado em um site (acesse aqui), seu projeto multimidiático é um tipo de observatório de melhorias mundiais em diversos campos.

Mas que tipo de coisas positivas Byrne encontrou? Divido entre tópicos como Engajamento Cívico, Clima/Energia, Ciência/Tecnologia, Cultura, Economia, Urbanismo/Transportes, Educação e Saúde, o site do projeto engloba uma série de iniciativas locais, vindas de cidades ou pequenas regiões que se organizaram para tentar oferecer soluções melhores das que já existem para diversos tipos de problemas. “Esses ajustes para a condição humana tendem a se desenvolver ‘de baixo para cima’, de comunidades e até individualmente conduzidas, eles acontecem em todo o mundo, mas podem potencialmente funcionar em qualquer cultura, todos foram tentados e provados para serem bem sucedidos e podem ser copiados e ampliados”, diz o músico em entrevista ao portal Open Culture.

Falando assim, Reasons To Be Cheerful se parece muito com uma propaganda de governo ou medidas políticas tomadas por alguma gestão em qualquer cidade do mundo. Ou talvez uma amostra do que os governos deveriam fazer. Mas é apenas uma prova de que David Byrne é um artista fundamental, porque muito além de ser uma das peças-chave de um dos movimentos mais criativos e históricos da cena musical de Nova York dos anos 70, também é um admirável observador do funcionamento das sociedades e dos espaços urbanos e exímio crítico de todos os cenários pelos quais ele tem a oportunidade de conhecer. Essa habilidade de observar é provada em seus livros Diários de Bicicleta (que em sua edição brasileira traz um prefácio assinado por Tom Zé) e Como Funciona a Música (um verdadeiro guia para apaixonados por todos os desdobramentos que a música gera, desde a criação, históricos da música de todas as partes do mundo, formas de consumo até a comercialização).

The Beautiful Shitholes

Depois de Donald Trump chamar países pobres, especialmente os africanos, de “shitholes” (“buracos de merda”), uma série de protestos e represálias à infeliz colocação do presidente dos Estados Unidos pipocou não só por lá, mas no mundo todo. Recentemente, Byrne também se posicionou em protesto contra o comentário de Trump com uma carta pública e uma playlist criada sob sua curadoria. Com The Beautiful Shitholes, Byrne se posiciona com uma fina ironia através da ferramenta que mais domina: a música. Abaixo você confere a carta do músico sobre seu protesto e ao final você acessa o link da incrível mixtape da David Byrne:

“Aqui está uma lista de reprodução que fornece apenas a menor amostra da profundidade e variedade de criatividade que continua a derramar fora dos países da África e do Caribe. É inegável. A música pode nos ajudar a simpatizar com seus criadores?

Para mim, Trump não é o problema. Sabemos e sabemos há muito tempo que ele é racista. Isso é um fato, confirmado por muitas provas. Não é notícia – sabemos o que é.

O que é realmente perturbador são os republicanos que acompanham essa pessoa. Seu comportamento os torna cúmplices e o mesmo que ele é … exatamente o mesmo, sem diferença. Lembre-se que vem o tempo de votação.

Os inundações em Davos também – que estão felizes em ficar ricos com as políticas de Trump e são mais do que bem, apoiando um racista. Nenhum deles levantou-se para condenar seu racismo e dizer que esse homem não representa nossos valores como seres humanos.

Tirando isso do meu peito, agora talvez eu possa ouvir alguma música.

Apreciem.

David Byrne”

Ouça a playlist The Beautiful Shitholes

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SERVIÇO | David Byrne em side show do Lollapalooza Brasil 2018

Onde: Teatro Positivo | R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido;
Quando: 26 de março de 2018;
Quanto: Ingressos entre R$ 170 (meia-entrada) e R$ 480, à venda pelo site Disk Ingressos na bilheteria oficial do Teatro Positivo e pontos de venda espalhados pela cidade.

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Tags: American UtopiaDavid ByrneLollapaloozaLollapalooza BrasilMúsicaShowTalking HeadsTeatro Positivo

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