• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Música

A voz e as mensagens de Diego Perin

porAlejandro Mercado
28 de março de 2018
em Música
A A
Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Diego Perin escolheu marcar seu retorno à cena musical curitibana com um olhar mais sério e crítico do que fazia na Banda Gentileza. Cabresto, seu primeiro EP, lançado no último dia 19, conta com quatro faixas que discorrem a visão do compositor sobre diferentes temas urgentes da contemporaneidade. Com uma veia forte para um discurso provocativo, o ex-baixista da Gentileza assume um risco calculado no álbum.

Mas afinal, o que podemos chamar de ser provocador na música contemporânea brasileira? Vivemos momentos conturbados de nossa história, o que leva a que muitos artistas optem por seguir a trilha de um discurso mais politizado, engajado. Se por um lado esta é uma opção necessária – todo artista precisa marcar posição ciente do peso de seu posicionamento e sua colocação na vida como um ator político -, por outro nos vemos saturados por discursos rasos, criados com o único propósito de ir ao encontro do que um grupo pensa – ao que convencionou-se chamar de “lacração”.

Esse cenário cria um difícil exercício de saber separar o joio do trigo, analisar cada discurso e cada proposta com um filtro capaz de identificar ideias e falas condizentes com as atitudes e comportamentos, campo tão (ou mais) importante que o das palavras – que valem pouco se não levarem à ação.

Não é tarefa fácil criar e expor sua visão sobre temas tão latentes e tão caros a certos grupos de pessoas. Perin cria um jogo metafórico, ora explícito, ora implícito, para tocar nestes temas que circundam nosso cotidiano. Seu grande mérito é escolher um eu-lírico razoavelmente delineado, que se não trafega exclusivamente sob uma única voz, ao menos não força associações limitadas sobre o que vivemos, tampouco se manifesta fazendo uso de senso comum.

Seu grande mérito é escolher um eu-lírico razoavelmente delineado, que se não trafega exclusivamente sob uma única voz, ao menos não força associações limitadas sobre o que vivemos, tampouco se manifesta fazendo uso de senso comum.

Mas se a arte reflete o mundo que habitamos, de que forma conseguimos com que o mundo reflita a arte que fazemos? Diego Perin se esforça em responder esta pergunta mergulhando nos sentimentos alheios, disposto a encontrar algo do outro em si (Nesse corpo moído pode conter traços de mim / “A Dor dos Outros”). Ao mesmo tempo, descortina as idiossincrasias que se aglutinam nas selvas de pedra modernas (Você e eu / somos o sumo da cidade / espremem nossa liberdade / querem nos fazer sangrar / “Tapeçaria de Asfalto”).

A seriedade dos argumentos trazidos à luz em Cabresto encontra um equilíbrio na transposição de ritmos, uma mescla harmoniosa entre rock, brega e mesmo afrobeat, mostrando que Perin compreende que o mesmo público em quem ele pretende encontrar eco com suas composições é tão plural quanto possível, concreto e humano, par e ímpar.

Cabresto tem o traço do artista conectado à realidade que precisamos, mesmo que sonoramente ofereça pouco de novo quando colocado em perspectiva aos lançamentos da geração de artistas à qual pertence. Por último e não menos importante, o registro carrega o DNA de Rodrigo Lemos, que além de produzir e mixar o disco, toca baixo, bateria guitarra e sintetizador.

Por sinal, o que não falta a Cabresto são nomes expressivos da cena local, como Vinicius Nisi (A Banda Mais Bonita da Cidade), Douglas Vicente (Charme Chulo), João Taborda (Trombone de Frutas) e o duo Estrela Leminski e Téo Ruiz. Diego Perin quis dizer (e cantar) a que veio e não o fez sozinho. Certo ele.

Ouça ‘Cabresto’ na íntegra no Spotify

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: Banda GentilezaBandas CuritibanasBandas ParanaensesCabrestoCrítica MusicalDiego PerinMusic ReviewMúsicamúsicos curitibanosResenhaReview

VEJA TAMBÉM

Músico partiu aos 88 anos, deixando imenso legado à música brasileira. Imagem: Reprodução.
Música

Bira Presidente: o legado de um gigante do samba

16 de junho de 2025
Retrato da edição 2024 da FIMS. Imagem: Oruê Brasileiro.
Música

Feira Internacional da Música do Sul impulsiona a profissionalização musical na região e no país

4 de junho de 2025
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

Longa de Babenco foi indicado em quatro categorias no Oscar, levando a de melhor ator. Imagem: HB Filmes / Divulgação.

‘O Beijo da Mulher Aranha’, de Hector Babenco, completa 40 anos como marco do cinema latino-americano

27 de junho de 2025
Assinada por George Moura e Sergio Goldenberg, produção é nova aposta da Globo. Imagem: Globoplay / Divulgação.

‘Guerreiros do Sol’ e a reinvenção do cangaço na dramaturgia brasileira contemporânea

26 de junho de 2025
12ª edição começa nesta quarta-feira. Imagem: Divulgação.

8 ½ Festa do Cinema Italiano reúne produções de ontem e hoje

25 de junho de 2025
Imagem de Andy Warhol diante de suas serigrafias. Imagem: Autoral Filmes / Divulgação.

‘Andy Warhol – Um Sonho Americano’ desvenda a origem da genialidade do famoso artista

25 de junho de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.