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‘Plastic Eternity’ é demonstração de sobrevida do grunge – e do Mudhoney

Décimo segundo disco de estúdio do Mudhoney, ‘Plastic Eternity’ é grunge com o mesmo sarcasmo e sujeira de sempre.

porAlejandro Mercado
17 de outubro de 2024
em Música
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Com último disco, Mudhoney mantém a tradição de sujeira e rebeldia. Imagem: Emily Rieman / Divulgação.

Com último disco, Mudhoney mantém a tradição de sujeira e rebeldia. Imagem: Emily Rieman / Divulgação.

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Em um mundo musical que tende a idolatrar a nostalgia e a suavizar os cantos das antigas lendas, o Mudhoney surgiu em 2023 com Plastic Eternity para nos lembrar de que ainda estão firmes em sua missão de fazer o barulho mais desagradável possível – e isso é um elogio. Trinta e cinco anos desde que Mark Arm e Steve Turner empunharam suas guitarras em Seattle, o espírito implacável do grunge persiste neste novo álbum.

Plastic Eternity é uma explosão de distorção, cheia de riffs barulhentos e letras cheias de sarcasmo e crítica social. O título do álbum já entrega uma provocação: estamos presos em uma eternidade plástica, uma era superficial e vazia. Os artistas não apenas se recusam a envelhecer graciosamente – eles zombam da própria ideia de suavidade ou conformidade. Desde a faixa de abertura “Souvenir of My Trip”, com seus riffs arrastados e groove lamacento, fica claro que eles ainda têm o mesmo humor ácido que definiu clássicos como Superfuzz Bigmuff.

As letras de Mark Arm nunca foram sutis, e aqui elas disparam com o mesmo cinismo de sempre.

As letras de Mark Arm nunca foram sutis, e aqui elas disparam com o mesmo cinismo de sempre. Na faixa “Flush the Fascists”, eles destilam raiva política em dois minutos e meio de caos, com a mensagem não deixando dúvidas: a luta contra o ódio e a ignorância está longe de acabar. Há também momentos mais contidos, mas não menos impactantes, como em “Human Stock Capital”, em que a banda disseca a desumanização das pessoas em prol do capital, num rock que ecoa uma sociedade em decadência.

Musicalmente, Plastic Eternity mantém-se fiel ao DNA do Mudhoney, mas com algumas nuances novas que mostram que, mesmo em sua zona de conforto, eles ainda sabem como evoluir. As guitarras carregadas de fuzz de Turner e Arm continuam sendo o centro do universo sonoro, mas há um groove inesperado em faixas como “Cascades of Crap”, em que o baixo de Guy Maddison e a bateria de Dan Peters seguram um ritmo denso, quase psicodélico. O resultado é uma mistura de sujeira e groove que soa tão atual quanto a sujeira de garagem dos anos 1990.

Para quem cresceu com o Mudhoney, Plastic Eternity é como reencontrar um velho amigo que ainda sabe fazer piadas pesadas e encher a casa de fumaça de cigarro. Para os novatos, é uma porta de entrada para um som que se recusa a ser domado. O grunge talvez tenha perdido seu protagonismo no mainstream, mas o Mudhoney está aqui para garantir que ele nunca perca sua relevância – especialmente num mundo que continua tão distorcido quanto seus amplificadores. Lembrando que o grupo se apresenta ano que vem no Brasil.

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Tags: grungeMudhoneyMúsicaPlastic Eternity

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