• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Música

ÍNDIGO – Desvendando o lineup: Bloc Party

Liderada por Kele Okereke, a Bloc Party consolidou no início dos anos 2000 uma fórmula de riffs cortantes, bateria tautológica e letras pessoais que atravessam política, identidade e desejo — e desde então alternou ousadia eletrônica e retorno às guitarras.

porAlejandro Mercado
29 de outubro de 2025
em Música
A A
Nome marcante do indie britânico, Bloc Party vem ao país 13 anos após última passagem. Imagem: Emily Marcovecchio / Divulgação.

Nome marcante do indie britânico, Bloc Party vem ao país 13 anos após última passagem. Imagem: Emily Marcovecchio / Divulgação.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Bloc Party nasceu em Londres no fim dos anos 1990, entre amigos de cena e anúncios no NME, e teve sua formação clássica forjada quando Kele Okereke e Russell Lissack se juntaram a Gordon Moakes e Matt Tong. Essa origem “de botequim e zine” ajudou a definir um som que soava simultaneamente urbano e intelectual — guitarras angularmente rítmicas, uma cozinha percussiva que empurrou as músicas para a pista e uma voz que oscilava entre a contensão e a catarse.

O impacto veio com o álbum de estreia Silent Alarm (2005): produção afiada, canções tautas como “Banquet” e “Helicopter” e uma recepção crítica que transformou o disco em ícone do movimento indie britânico. O álbum foi indicado ao Mercury Prize e consagrou a banda como porta-voz de uma geração urbana inquieta.

Daí em diante, a trajetória do Bloc Party passou por mutações claras. A Weekend in the City (2007) ampliou ambições narrativas e sonoras — temas explícitos sobre vida urbana e política — enquanto Intimacy (2008) mergulhou em texturas eletrônicas e produção fragmentada; já Four (2012) foi lido como um retorno às guitarras, e Hymns (2016) experimentou matizes espirituais e atmosféricos. Em 2022, a banda lançou Alpha Games, álbum que muitos críticos viram como uma síntese entre nervosismo antigo e produção contemporânea.

O que mantém o Bloc Party relevante não é apenas a oscilação estilística, mas a voz — literal e política — de Kele Okereke. Filho de imigrantes nigerianos, Kele trouxe desde cedo uma perspectiva pessoal que atravessa identidade racial, sexualidade e a visibilidade masculina gay no rock, além de uma carreira solo que soma trabalhos eletrônicos e mais íntimos. Essa frontalidade deu às letras uma densidade que, somada à urgência dos arranjos, evita que o grupo se transforme em mera máquina de nostalgia.

Ao vivo, o contraste entre a precisão instrumental e a energia afiada transforma canções aparentemente controladas em momentos de descarga coletiva.

Ao vivo, o contraste entre a precisão instrumental e a energia afiada transforma canções aparentemente controladas em momentos de descarga coletiva — e é esse efeito que justificou, historicamente, a reputação da banda nos palcos desde meados da década passada. Espera-se, portanto, um set que percorra os clássicos de Silent Alarm enquanto circula por faixas mais recentes, numa equação pensada tanto para fãs antigos quanto para plateias de festivais.

Para o público paulistano, o show no Parque Ibirapuera no dia 2 de novembro (durante o festival ÍNDIGO) faz parte da escala latino-americana da banda em 2025 — um lembrete de que, mesmo com linhas de história tão distintas e fases de experimentação, o Bloc Party ocupa um lugar singular entre bandas que souberam transformar a ansiedade contemporânea em canções de grande clareza rítmica e melódica.

ESCOTILHA PRECISA DE AJUDA

Que tal apoiar a Escotilha? Assine nosso financiamento coletivo. Você pode contribuir a partir de R$ 15,00 mensais. Se preferir, pode enviar uma contribuição avulsa por PIX. A chave é pix@escotilha.com.br. Toda contribuição, grande ou pequena, potencializa e ajuda a manter nosso jornalismo.

CLIQUE AQUI E APOIE

Tags: Bloc PartyÍNDIGOMúsica

VEJA TAMBÉM

Show no Brasil integra celebração aos 30 anos de 'The Blue Album'. Imagem: Sean Murphy / Divulgação.
Música

ÍNDIGO – Desvendando o lineup: Weezer

29 de outubro de 2025
Mogwai retorna pela quarta vez ao Brasil. Imagem: Steve Gullick / Divulgação.
Música

ÍNDIGO – Desvendando o lineup: Mogwai

29 de outubro de 2025

FIQUE POR DENTRO

Show no Brasil integra celebração aos 30 anos de 'The Blue Album'. Imagem: Sean Murphy / Divulgação.

ÍNDIGO – Desvendando o lineup: Weezer

29 de outubro de 2025
Nome marcante do indie britânico, Bloc Party vem ao país 13 anos após última passagem. Imagem: Emily Marcovecchio / Divulgação.

ÍNDIGO – Desvendando o lineup: Bloc Party

29 de outubro de 2025
Mogwai retorna pela quarta vez ao Brasil. Imagem: Steve Gullick / Divulgação.

ÍNDIGO – Desvendando o lineup: Mogwai

29 de outubro de 2025
Quarteto japonês mostrará ao público a energia que as catapultou à fama global. Imagem: Mayumi Hirata / Divulgação.

ÍNDIGO – Desvendando o lineup: Otoboke Beaver

29 de outubro de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.