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Sly Stone, auxiliado por Mandela e Denys Arcand, pode dizer algo aos brasileiros em 2018

Álbum 'There’s a Riot Goin’ On', de Sly Stone, é um poderoso discurso à nação (qualquer nação).

porAngelo Stroparo
10 de maio de 2018
em Música
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Sly Stone, auxiliado por Mandela e Denys Arcand, pode dizer algo aos brasileiros em 2018

Imagem: Reprodução.

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Hoje é o aniversário de 24 anos da posse de Nelson Mandela como primeiro presidente eleito por meios democráticos na história da África do Sul. Mandela teve destaque como ativista contra o Apartheid e, como preso político durante 27 anos antes da presidência, da prisão, articulou o planejamento da resistência armada ao regime opressor. A despeito do fato de que nações aliadas o consideravam um líder terrorista, tornou-se a figura central na luta pela igualdade e o fim da segregação racial naquele país.

A data fez recordar da cena inicial de O declínio do Império Americano (Le déclin de l’empire américain, 1986, Canadá), dirigido por Denys Arcand, e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 1987. Nela, o professor Rémy, oito anos antes do líder sul-africano chegar ao poder, durante uma aula, explica que há três coisas importantes em História: a primeira é o número.

A segunda, o número e, a terceira, o número. “Isso quer dizer, por exemplo”, prossegue Rémy, “que os negros da África do Sul, certamente, acabarão vencendo enquanto os negros norte-americanos, possivelmente, jamais se libertarão”. A explicação é concluída com a afirmação da personagem de que a História não se trata de uma ciência moral e, portanto, os direitos, a compaixão e a justiça são noções estranhas à mesma.

E tudo isso me levou à lembrança de que, há quase 47 anos, em novembro de 1971, era lançado o álbum There’s a Riot Goin’ On, de Sly and The Family Stone. A obra se tornaria um dos maiores sucessos do grupo liderado pelo multi-instrumentista Sly Stone e composto, também, por Freddie Stone (guitarra e vocais), Rose (teclados e voz), o excelente e mitológico baixista Larry Graham, Greg Errico (bateria), Cynthia Robinson (trompete) e Jerry Martini (sax).

Esse disco é um marco na carreira do grupo: as músicas adquiriram atmosferas pesadas em relação aos trabalhos anteriores, e Sly já não esconde o amargor do discurso gerado à medida que a realidade se impôs aos poucos após a euforia do final dos anos 1960, já no início dos anos 1970. Os distúrbios raciais em Watts, a desordem civil e o conflito no Vietnã feriram a alma de Stone, que se afundou no consumo de cocaína.

Tal reflexão, aplicada ao contexto sociopolítico brasileiro atual, pode ajudar a compreender um pouco melhor todo o ódio, cinismo e hipocrisia que temos sentido diariamente nas ruas.

Talvez, a seu modo, o compositor tenha percebido a regra do professor Rémy, sobre a importância histórica do número, e que ao contrário de Mandela, na África do Sul, ele e seu povo, nos EUA, se tratavam de uma minoria e, como tal, sofreriam a permanência da história. Vale a imersão na obra do artista e a busca por conclusões próprias, certamente.

E se o questionamento sobre quem, afinal, é o “número” por aqui e de que modo tem se manifestado com relação aos seus direitos e deveres civis for imprescindível?

There’s a Riot Goin’ On chegou ao primeiro lugar da Billboard, em 1972, e influenciou nada menos que o Jazz Fusion de Miles Davies. De trabalhos anteriores, o grupo deixou marcas no som de bandas como Red Hot Chili Peppers, que seriam refletidas no Funk Metal e consequentemente, no Nu Metal de Korn e System of a Down. O Sly and The Family Stone foi algo raro, singular, com característica multirracial, cuja música uniu o funk, soul, rock, blues com psicodelismo à moda hendrixiana.

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Tags: CríticaCrítica MusicalCrônicaMandelaMusic ReviewMúsicaOscarReviewSly and The Family StoneSly Stonethere's a riot goin' on

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