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Home Música

Naná Vasconcelos: “Não é sobre tocar mais rápido, é sobre fazer música”

porEscotilha
3 de fevereiro de 2016
em Música
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Naná Vasconcelos

Naná Vasconcelos é uma das atrações do Psicodália 2016. Foto: Divulgação.

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Por Cristiano Castilho*, especial para A Escotilha

“Seu Naná tá deitado”, avisa a moça lá de Recife, por telefone. “Logo vem, guente um pouco.” Viria assoviando um cool jazz? Cantando a versão de Edu Lobo para “O Trenzinho do Caipira”, de Villa-Lobos? Um rock do Talking Heads? Tudo faria sentido. No entanto, no minuto em que aguardo o início da entrevista, imagino que venha batucando com os pés em ritmo de frevo ou de marchinha, de samba ou axé. Porque é carnaval, aqui e lá. E Naná Vasconcelos é um dos convidados do Festival Psicodália 2016, que acontece entre os próximos dias 5 e 10 de fevereiro novamente na Fazenda Evaristo, em Rio Negrinho (SC). Ele toca na terça-feira (9), às 19h.

O recifense esteve em Curitiba no dia 27 de janeiro para realizar o show de encerramento da 34.ª Oficina de Música. Tocou ao lado de Yamandu Costa, símbolo da virtuose extrema do violão, para quem o instrumento é desafio, não contemplação. A frase que diz sobre o encontro é certeira para saber de que lado Naná joga. “A gente se escuta sempre, mas, com ele, eu toco mais quando eu não toco. Yamandu tem seus ‘explosismos’ e, se eu entrar na mesma, ninguém vai entender nada.”

Desde meados da década de 1960, quando começou como percussionista, o pernambucano evita a disputa musical e prefere, como diz, “escolher a beleza.” Com oito Grammys em casa, o cara que há pouco estava deitado tocou com o guitarrista Pat Metheny, com o violinista Jean-Luc Ponty, com Pierre Favre, Egberto Gismonti, e com o Talking Heads de David Byrne. Gravou com B.B King, compôs trilha sonora para o filme Down by Law, do cult Jim Jarmusch (em que atua Tom Waits), e também para Procura-se Susan Desesperadamente (com Madonna). Não há fronteiras.

“Gosto da ideia do som dos extremos, da miscigenação musical”, explica o músico. Grande parte do show que irá apresentar no Psicodália será o mesmo que pôs abaixo o Theatro Guarany no encerramento do Pelotas Jazz Festival, em novembro de 2014 (chama-se “O Bater do Coração”). Em uma apresentação quase xamânica, Naná criou uma impressionante comunicação musical com a plateia e fez dela parte de seu arsenal percussivo. Aos 71 anos – e sozinho no palco -, ele utiliza com maestria o reverb do microfone para fazer suas inserções vocais (ora guturais, ora melódicas) e construir um esqueleto contemporâneo num corpo repleto de poesia e ancestralidade.

Gosto da ideia do som dos extremos, da miscigenação musical.

“É um show que expõe minhas ideias sobre o processo musical. Me inspirei muito na potência visual do Villa-Lobos: você escuta e você vê. Não é sobre tocar mais alto ou mais rápido, é sobre fazer música.” Há grandes chances de o show de Naná Vasconcelos no Psicodália ser histórico porque é o encontro de um músico que gosta de gente com um festival que preza justamente pela confiança de seu público. “Acho que é daí, desse encontro, que sai alguma coisa”, cogita.

Mas Naná tem medo. Exímio tocador de berimbau – instrumento que carrega parte da identidade musical e cultural afro-brasileira, ele pergunta: “A tendência agora é só ficar apertando botões?”

+ Psicodália

Além de Naná Vasconcelos, o Psicodália 2016 terá shows de Elza Soares (tocando o estupendo disco A Mulher do Fim do Mundo, o melhor lançamento nacional em muitas listas), John Kay & Steppenwolf, Nação Zumbi, O Terno, Cidadão Instigado, Banda Gentileza, Tagore e mais duas dezenas de grupos. Oficinas, apresentações de teatro e mostras de cinema também fazem parte da programação. O ingresso para todos os cinco dias (lote 4) está sendo vendido a R$ 420 pelo site do Disk Ingressos.

* Cristiano Castilho é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pós-graduado pela Academia Brasileira de Jornalismo Literário (ABJL).

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Tags: Cidadão InstigadoMúsicaNação ZumbiNaná VasconcelosO TernoPsicodáliaSteppenwolf

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