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Home Música

O Rei e sua corte digital

porAlejandro Mercado
12 de junho de 2015
em Música
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Trocando em Miúdos: O Rei Roberto Carlos disponibilizou sua discografia no serviço de streaming Spotify. Mais que eternizar sua carreira no ambiente digital, sua carreira ganha fôlego com as novas gerações.


A recente disponibilização da obra do músico Roberto Carlos no Spotify, talvez tenha sido o maior marco da história recente da música brasileira. Sem oferecer grandes lançamentos ao longo dos últimos anos, Roberto Carlos foi, aos poucos, tornando-se apenas mais uma peça comercial nas engrenagens do entretenimento nacional.

Nascido em Cachoeiro do Itapemirim, Espírito Santo, em 19 de abril de 1941, foi no Rio de Janeiro que Roberto descobriu o caminho para o sucesso. Se o início de seu contato com o showbusiness se deu através da bossa nova, foi com o rock que ele atingiu o status de Rei. Juntamente com Wanderléia e seu eterno parceiro, Erasmo Carlos, compôs o equivalente brasileiro para a “beatlemania”.

A Jovem Guarda começou como programa dominical de imenso sucesso e passou a movimento musical do rock no Brasil. Mais que isso, o primeiro movimento. Na esteira da fórmula dos Beatles, Roberto estrelou Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (1968), Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa (1970), Som Alucinante (1971) e Roberto Carlos a 300 por Hora (1971). Nada parecia ser capaz de deter o Rei, que ano após anos tornava-se maior.

Roberto Carlos É proibido fumar
Roberto durante gravação de “É Proibido Fumar”. Foto: Divulgação.

Roberto Carlos soube, como poucos na história de nossa música popular, se reinventar. Com a Jovem Guarda perdendo força nos anos 1970, o músico viu que era hora de repaginar-se. É dessa época o amadurecimento do cantor, que deixou as baladas do iê-iê-iê e passou as músicas românticas, direcionando sua carreira para um público mais adulto. Boa parte de suas canções mais famosas, como “Detalhes”, “Emoções” e “Força Estranha” (esta composta por Caetano Veloso) são justamente desta época.

São 61 discos em mais de 50 anos de carreira e que, desde abril, estão disponíveis para audição no Spotify para 32 países. O acordo inicial com o serviço sueco de streaming musical foi por três meses. A se valer pelo número de execuções, a expectativa é que esse acordo possa ser estendido por mais algum tempo.

Na época de lançamento da parceria, Dody Sirena, empresário de Roberto Carlos, disse que se tratava de uma aventura em um novo modelo de negócios que, ainda por cima, serviria para alavancar a penetração do cantor no mercado latino, onde o músico pretende fazer uma série de shows nos próximos meses. Contudo, uma reflexão mais aprodundada mostra como esta decisão vai muito além.

Ao entrar no mundo do Spotify, Roberto Carlos também ganha a possibilidade de eternizar sua obra no ambiente digital, dando fôlego a própria carreira. Com uma campanha consistente na internet, incluindo a própria plataforma de streaming, Roberto permite que as novas gerações de ouvintes entrem em contato com sua discografia.

“Ao entrar no mundo do Spotify, Roberto Carlos também ganha a possibilidade de eternizar sua obra no ambiente digital, dando fôlego a própria carreira.”

Ele já havia tentado movimento semelhante quando, em 2001, gravou e lançou o especial MTV Acústico. Na ocasião, a Rede Globo, com quem detém, desde 1974, contrato de exclusividade de imagem, entrou com recurso na Justiça, garantindo a não exibição televisiva. Para contornar a saia justa, a emissora paulista criou um vídeoclipe genérico para a faixa “Eles estão surdos”, que você confere abaixo.

[embedyt]http://www.youtube.com/watch?v=bKeaiAaT_64[/embedyt]

 

Por mais nocivo que este contrato com a Rede Globo pudesse parecer, ele funcionou perfeitamente durante muitos anos para a carreira do cantor. Ele impedia o desgaste da imagem de Roberto Carlos pela superexposição (apenas um programa anual) e garantia a manutenção da audiência, muito em função do valor simbólico da apresentação do artista próximo ao período do Natal.

Acontece que nos últimos 20 anos, músico e emissora viram a audiência cair em mais de 20 pontos, segundo dados do Ipobe. Roberto Carlos também acumulou uma série de acontecimentos um tanto dúbios, como processos contra os escritores Paulo César de Araújo (Roberto Carlos em Detalhes) e Maíra Zimmermann (Jovem Guarda: Moda, Música e Juventude) – em 1979 processou seu ex-mordomo, Nichollas Mariano, que havia publicado o livro O Rei e Eu. Outros casos chamam a atenção pela excentricidade, como a solicitação de retirada das cifras de suas músicas do site Cifraclub (portal com maior acervo de cifras e tablaturas do país) e o processo contra o deputado federal Tiririca e contra o presidente da Venezuela Nicolás Maduro, ambos por uso indevido de suas músicas.

Papa Roberto Carlos
Roberto Carlos com João Paulo II, durante visita do Papa ao Brasil, em 1997. Foto: O Globo.

Talvez até como forma de contornar esses escorregões com a opinião pública, o Rei – agora de forma oficial – decide surfar as ondas cibernéticas. Para os já apreciadores de suas canções, um suspiro emocionado; já para as novas gerações, a possibilidade de entrar em contato com a obra do mais importante e maior vendedor de discos da história da música brasileira. Nesta equação, ganham, literalmente, todos.

Tags: Crítica MusicalErasmo CarlosJovem GuardaMúsicaMúsica BrasileiraRoberto CarlosRocksexta

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