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Home Música

O soul na voz de Aurea

porAlejandro Mercado
24 de outubro de 2017
em Música
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É de se imaginar que a qualquer artista, quando perguntado o que imaginava na sua infância que seria ao tornar-se adulta, a resposta seja “eu queria ser cantor/cantora”. A realidade é um pouco diferente para a cantora portuguesa Aurea Isabel Ramos de Sousa, mais conhecida como Aurea. Dona de uma voz ímpar na cena musical de Portugal, a jurada do The Voice Portugal leva na bagagem três discos de estúdio, dois MTV EMA na categoria Best Portuguese Act e um Globo de Ouro de melhor intérprete individual.

Estudante de teatro na Universidade de Évora, suas recordações mais antigas de contato com a música remontam à infância, em especial às memórias do pai cantando fado ou do irmão fazendo base com sua guitarra para que Aurea e as amigas cantassem. Graças ao amigo Rui Ribeiro, que estudava composição na mesma universidade, Aurea trocou as aulas de encenação pela música.

Convidada pelo amigo a gravar uma canção, ela topou, ainda que reticente. Pois, bastou que a canção fose eleita para a trilha sonora da série juvenil portuguesa Morangos com Açúcar para que Aurea passasse, assim como o amigo já fazia, a acreditar em seu talento. Levaram ainda alguns anos para que todo o empenho virasse um disco. Em setembro de 2010 chegou ao mundo Aurea, um disco carregado de pop e soul que não apenas a levou ao primeiro lugar das paradas portuguesas como se manteve ali por oito semanas seguidas.

Se 2011 lhe traria o primeiro reconhecimento em forma de prêmio, 2010 ainda guardava a oportunidade de dividir os microfones com o Rei do Rock, Elvis Presley. Graças às novas tecnologias, Aurea fez um dueto com Elvis em “Love Me Tender“, faixa que integrou a edição portuguesa do álbum Viva Elvis, inspirado no espetáculo de mesmo nome do Cirque du Soleil, apresentado em Las Vegas.

Fruto de um caldeirão de influências como fado, pop e rock, a cantora foi somando suas próprias referências ao longo dos anos.

Fruto de um caldeirão de influências como fado, pop e rock, a cantora foi somando suas próprias referências ao longo dos anos. Entre ícones da soul music, jazz, funk e R&B, [highlight color=”yellow”]Aurea evoca nomes como James Brown, Aretha Franklin, Otis Redding, Joss Stone, Amy Winehouse[/highlight] entre outros. Com uma dicção impecável de seu inglês, língua em que interpreta suas canções (uma escolha, segundo a cantora, feita por ter mais sentido devido as origens dos ritmos), não é incomum o espanto em saber que se trata de uma artista portuguesa e não norte-americana, por exemplo.

Não tardou que ela entrasse em estúdio para trazer um novo registro. Soul Notes saiu em 2012, reafirmando o talento da cantora, que seguiu explorando as sonoridades da soul music com uma energia muito própria. Com a tour deste álbum, Aurea chegou pela primeira vez ao Brasil. Juntamente com a banda The Black Mamba, Aurea subiu ao palco Sunset no Rock in Rio de 2013. Sua vinda ao Brasil fez com que Soul Notes ganhasse uma edição especial no país, incluindo a faixa bônus “Busy (For Me)”, que fazia parte do primeiro álbum, incluída na trilha sonora da novela da Globo Amor à Vida.

Soul Notes rendeu à cantora a alcunha de “Amy de Portugal” perante a crítica brasileira, mas também dividiu opiniões. Enquanto parte da crítica achava o disco excessivamente morno, outros viam em sua voz forte, com uma grande extensão e um repertório bem organizado um disco interessante. Na balança, este é realmente um registro mediano, especialmente quando comparado com seu mais recente lançamento, Restart, de 2016.

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O disco anterior era um compêndio de fórmulas que lhe rendiam uma zona de conforto, já Restart é a tentativa de encontrar não apenas uma voz própria, mas o distanciamento das comparações, uma marca única. Restart é, ainda – e talvez bastante -, [highlight color=”yellow”]o reflexo do inconformismo na vida de um artista, que entende a importância de exigir de si sempre mais[/highlight], ainda que o ponto da perfeição seja algo inalcançável.

Para chegar a este novo estágio, Aurea foi aos Estados Unidos trabalhar com Cindy Blackman Santana e Jack Daley, músicos e compositores que trabalharam por anos com Lenny Kravitz. A presença dos dois, em especial de Cindy no projeto, deu peso e substância ao álbum. Restart não foge do soul, do jazz, do rock ou do pop que renderam à Aurea o estrelato, mas fazem deles molas propulsoras do talento da portuguesa, buscando no âmago da cantora a verve criativa que a distingue dos demais.

Resta agora saber quando Aurea proporcionará ao Brasil a possibilidade de vê-la “reinicializada”. Sua última aparição por aqui foi em 2015, juntamente com o rapper cabo-verdiano Boss AC. Novamente no palco Sunset do Rock in Rio, a dupla agitou o público brasileiro, já mais inteirado de suas canções.

Este ano, ela participou da coletânea Bowie 70, feita em homanagem ao músico David Bowie, interpretando “Starman”. Ela também lançou um single com o músico Enoque, parceiro de composição da cantora. “I Feel Love Inside” está disponível para audição no Spotify. No demais, ela pode ser conferida aos domingos como jurada do The Voice Portugal.

NO RADAR | Aurea

Onde: Lisboa, Portugal.
Quando: 2010.
Contatos: Facebook | YouTube | Instagram | Twitter | Site Oficial

Ouça ‘Restart’ na íntegra no Spotify

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Tags: Amy WinehouseAretha FranklinAureaBoss ACBowie 70cantora portuguesaCrítica MusicalJames BrownjazzJoss StoneMúsicaOtis ReddingPortugalRestartsoulsoul musicSoul NotesThe Black MambaThe Voice Portugal

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