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Poesia e música: a obra de Chacal nas canções do Sofi Tukker

porRenan Guerra
11 de dezembro de 2017
em Música
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O Sofi Tukker lançou recentemente mais uma faixa em português, a ótima “Energia”, que é uma adaptação do poema “Jeep Lunar”, do poeta carioca Chacal. A relação entre o duo formado por Sophie Hawley-Weld e Tucker Halpern e o poeta brasileiro já é longa: o maior hit do Sofi Tukker, “Drinkee”, também é uma adaptação de versos dele.

Para entender a relação do grupo com o Brasil é preciso voltar no tempo: Sophie é alemã e passou algum tempo no Brasil estudando a língua portuguesa, aqui ela se apaixonou ainda mais pela nossa cultura, o que acabou se refletindo na futura produção sonora da dupla, que hoje vive em Nova York. Além dessa vivência no Brasil, Sophie ainda cita como referência os músicos Jõao Gilberto, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Sergio Mendes, Vinícius de Moraes e Céu.

No primeiro EP lançado pelo duo, Soft Animals, duas canções são em português, baseadas em poemas de Chacal, “Drinkee” e “Matadora”. Esse ano, eles lançaram também o single “Johny”, essa baseada em um poema de Paulo Leminski. De qualquer modo, foi a faixa “Drinkee” que se tornou um hit internacional, aparecendo inclusive em um comercial da Apple.

O duo Sofi Tukker
O duo Sofi Tukker. Foto: Divulgação.

Conversei com o poeta Chacal e ele afirmou que gosta muito de “Drinkee” e que acha curioso esse sucesso comercial da faixa com os seus versos: “O mundo maravilhoso e inesperado da mercadoria. Escrevi 14 livros de poesia. Corro com meus poemas pra todo lugar. E de repente, um poema ganha o mundo na voz, no som de uma dupla de jovens ins-pirados. Acho very cool e agradeço aos envolvidos.”

O curioso é que Sophie conheceu pessoalmente o Chacal antes de criar o duo, como conta o poeta: “Conheci Sophie em Providence, Nova Inglaterra, próxima a Boston. Eu voltando de uma performance/oficina em Harvard. Ela acabando os estudos na Brown University. Ela foi pra Nova York. Conheceu o Tucker e montaram o duo. Eu vim pro Brasil. Trocamos e-mails atualmente”.

Chacal, para quem cabulou as aulas de literatura, [highlight color=”yellow”]é poeta fundamental da literatura marginal brasileira[/highlight], foi um dos primeiros a usar o mimeógrafo como forma de distribuição de seus trabalhos, no que seria a chamada “Geração Mimeógrafo”. Chacal já compôs músicas e trabalhou ao lado de outros músicos, mas agora declara: “Hoje meus poemas trabalham por mim. As pessoas gostam e compõem com eles”.

Chacal, nos anos 80
Chacal, nos anos 80. Foto: Reprodução.

Nesse sentido, é possível ver Chacal em mais um trabalho musical esse ano, dessa vez no segundo disco solo de Marcelo Callado (Banda Cê e Do Amor), Musical Porém. A faixa “Ser e não ser” conta com a participação do poeta, conforme conta Callado: “Poema lindo do mestre Chacal. Diferentemente do de Drummond [da faixa “Nasce”, do mesmo disco], fiz um exercício de composição para musicar esse. Gostei, e chamei-o para participar da faixa, coisa que ele fez com maestria, acrescentando novas palavras ao texto original”.

As relações entre poesia e música brasileira são extensas – Vinícius de Moraes, Waly Salomão, Adriana Calcanhotto, Arnaldo Antunes, entre tantos outros exemplos -, por isso é interessante ver a nossa poesia como pano para criações de apelo pop internacional, que levam a energia e a criatividade nacional para além das fronteiras, sem cair nos clichês “para gringo ver”. Então, quem ainda não ouviu o Sofi Tukker, que ouça:

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Tags: Adriana CalcanhottoArnaldo AntunescéuChacalGilberto GilJoão GilbertoMarcelo CalladoPaulo LeminskiPoesiaPopSofi TukkerVinicius de MoraesWaly Salomão

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